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EFEITO DO SISTEMA DE FICHAS SOBRE O

COMPORTAMENTO DE INGERIR ÁGUA

Vanessa Aparecida da Silva


Psicologia Experimental III
Sujeito

 Sexo feminino, 20 anos


 Natural de Nazareno
 Mora em São João del-Rei
 4º período de Psicologia – UFSJ
 Estagiária no Programa Roda Vida
Posição do Problema
 Baixa quantidade de água ingerida

 Apenas a sensação de sede extrema levava o sujeito a tomar um


pouco de água por dia

 Em 2012 -> problemas renais

 Orientação médica

 Tentativas de solucionar o problema -> copo 500 mL


A ÁGUA
Fundamental à vida e
exerce várias funções
orgânicas.

Atua no controle da
temperatura do corpo, age
no transporte de
nutrientes e na
eliminação de substâncias
não utilizadas pelo
organismo, e ainda
participa ativamente dos
processos digestório,
respiratório,
cardiovascular e renal.
A
ÁGUA
“Sem dúvidas, a
sede motiva a
ingestão de água.
Mas, na verdade, é
mais o
comportamento, e
não a sede, que
determina o
consumo de água
diariamente.”
(Carvalho &
Zanardo, 2010)
Objetivo

Verificar a eficácia do Sistema de Fichas sobre o


comportamento de ingerir água.
HIPÓTESES
HIPÓTESE 1: Na Fase B, 0 Sistema de Fichas
aumentará a quantidade de água ingerida pelo
sujeito diariamente.

VI: Sistema de Fichas.


VD: Quantidade de água ingerida, medida em mL.

 A fim de demonstrar os dados desta hipótese será


utilizado um gráfico de evolução temporal.
HIPÓTESE 2: Na Fase B, devido à maior quantidade de
água ingerida pelo sujeito, o número de micções
diárias será maior do que na Fase A.

VI: Quantidade de água ingerida, medida em mL.


VD: Números de micções, medido em frequência diária.

 Os dados desta hipótese serão apresentados em um


gráfico de evolução temporal.
HIPÓTESE 3: Na Fase A, quanto maior a duração da
caminhada realizada pelo sujeito, maior será a
quantidade de água ingerida por ele.

VI: Duração da caminhada, medida em minutos.


VD: Quantidade de água ingerida, medida em mL.

 Os dados da hipótese acima serão mostrados em um


gráfico de dispersão.
HIPÓTESE 4: Na Fase A, quanto maior o grau de salinidade dos
alimentos ingeridos pelo sujeito, maior será a quantidade de água
ingerida por ele.

VI: Grau de salinidade dos alimentos, medido em uma escala


subjetiva do tipo Likert, com a seguinte variação:
0 – nada salgado; 1 – pouco salgado; 2 – salgado; 3 – muito salgado.

VD: Quantidade de água ingerida, medida em mL.

 Um gráfico de dispersão será utilizado para apresentar os dados


da hipótese acima.
HIPÓTESE 5: Na Fase B, quanto maior a quantidade de água
ingerida, maior será o grau de satisfação do sujeito com a sua
pele.

VI: Quantidade de água ingerida, medida em mL.

VD: Grau de satisfação com a pele, medido em uma escala subjetiva


do tipo Likert, com a seguinte gradação:
0 – nada satisfeito; 1 – pouco satisfeito; 2 – satisfeito; 3 – muito
satisfeito.

 Os dados desta hipótese serão representados em um gráfico de


dispersão.
HIPÓTESE 6: Na Fase B, devido à maior quantidade de água
ingerida pelo sujeito, menor será o grau de sua dor renal.

VI: Quantidade de água ingerida, medida em mL.

VD: Grau de dor renal, medido em uma escala subjetiva do tipo


Likert, variando de:
0– nenhuma dor; 1 – pouca dor; 2 – muita dor; 3 – dor excessiva.

 A fim de apresentar os dados da hipótese acima será utilizado um


gráfico de dispersão.
HIPÓTESE 7: Na Fase A, a quantidade de água ingerida
pelo sujeito será maior em sua casa do que na
universidade.

VI: Local (categorias: casa e universidade).

VD: Quantidade de água ingerida, medida em mL.

 Os dados da hipótese acima serão exibidos em um


gráfico de barras.
HIPÓTESE 8: Na Fase A, a quantidade de água ingerida
pelo sujeito será maior durante o período diurno do
que durante o período noturno.

VI: Períodos do dia (categorias: diurno e noturno).

VD: Quantidade de água ingerida, medida em mL.

 Para demonstrar os dados desta hipótese será utilizado


um gráfico de barras.
Variáveis Constantes
 Experimentador
 Copo de 400 mL
 Garrafa de 500 mL
 Folha de registro
 Horário
 Notebook
Comportamento-Alvo

 Alcançar, por dia, a ingestão de dois litros de água.


MATERIAL
 Folhas de registro semanal.

 Papel milimetrado.

 Tablado de fichas.

 Fichas.

 Folhas de papel A4.

 Softwares: Microsoft Word 2010, Microsoft Excel 2010 e


Microsoft PowerPoint 2010.
Delineamento
 Os delineamentos de pesquisa tentam provar
cientificamente o efeito de uma intervenção.

 Delineamento A-B.

 Duas fases:
Fase A (nível de base) – 14 dias
Fase B (intervenção) – 21 dias
Delineamento (cont.)
 Vantagens:
 Inclui medidas objetivas, sistemáticas e padronizadas
do comportamento.
 Indica se houve mudanças, em que direção e que grau elas
ocorreram.

 Desvantagens:
 Não permite verificar se a mudança ocorrida na Fase B foi
devido à intervenção ou a outro fator que tenha ocorrido
simultaneamente (viés).
 Não estabelece uma relação causal entre a VI e a VD.
Descrição dos vieses
 Variáveis estranhas -> intervenção -> causa.

 Tipos:
História
Maturação
Testagem
Instrumentação
Procedimento
 Foram definidos: objetivo, comportamento-alvo, hipóteses,
delineamento experimental, intervenção, reforços diários e
semanais.

 Duração total do autoexperimento: 35 dias.

Fase A: 14 dias (13/01/13 ao dia 26/01/13).


Fase B: 21 dias (27/01/13 ao dia 16/02/13).
Reforços diários
Quantidade de água Fichas recebidas Reforços diários
ingerida (mL)
0 – 500 0 Sem reforços
501 - 1000 1 Comer um chocolate após
o almoço
1001 - 1500 2 Acessar o Tumblr por um
período de 20 min.
1501 - 1800 3 Acessar o Facebook por
período de 30 min.
1801 – 2000 ou mais 4 Ligar para o namorado
Reforços Semanais
Número de Fichas acumuladas Reforços Semanais

7 - 10 Assistir TV por 30 min.

11 – 17 Assistir a um episódio de uma série

18 – 21 Assistir a um filme

22 - 28 Comer um hambúrguer
Hipóteses Aceitas
Hipótese 1
Hipótese 2
Hipótese 3
Hipótese 4
Hipótese 5
Hipótese 7
Hipótese 8
Hipótese Refutada
Hipótese 6
Conclusões
 O Sistema de Fichas foi eficaz sobre o comportamento de
ingerir água.

 Das hipóteses elaboradas pelo sujeito, sete foram aceitas


 e uma foi refutada.

 A quantidade de água ingerida influencia no grau de


satisfação com a pele.

 O comportamento foi influenciado pelo local e pelo


período do dia.
Conclusões (cont.)
 A duração da caminhada realizada pelo sujeito e o grau
de salinidade dos alimentos ingeridos por ele
influenciam na quantidade de água a ser ingerida.

 A quantidade de água ingerida parece não ter efeito


sobre o grau de dor renal do sujeito.

 O comportamento-alvo de ingerir dois litros de água


diariamente foi atingido com sucesso.
Sugestões
 Realizar delineamento A-B-A-B.

 Outras hipóteses a serem testadas:

 quanto mais elevada à temperatura maior o consumo de


água;

 quanto maior o consumo de água, menor o consumo de


sucos e refrigerantes.
Referências
 Ayllon, T. & Azrin, N. H. (1974). O emprego de fichas-vale em hospitais
psiquiátricos: Um sistema motivacional para terapia e reabilitação. São
Paulo: E.P.U.
 Bandeira, M. B. (1994a). Aplicação do Condicionamento Operante ao Estudo do
Comportamento Humano: Sistema de Fichas. São João del-Rei: UFSJ.
 Bandeira, M. B. (1994b). Metodologia Científica e Prática Clínica: parte I. São
João del-Rei:UFSJ.
 Bandeira, M. B. (1994c). Metodologia Científica e Prática Clínica: parte III. São
João del-Rei:UFSJ.
 Bandeira, M. B. (1996). Vieses que ameaçam a validade dos delineamentos.
Procedimentos para controlá-los. São João del-Rei: UFSJ.
 Campbell, D. T. & Stanley, J. C. (1979). Delineamentos experimentais e quase-
experimentais de pesquisa. São Paulo: EDUSP.
 Carvalho, A. P. L., & Zanardo, V. P. S. (2010). Consumo de água e outros líquidos
em adultos e idosos residentes no município de Erechim - Rio Grande do
Sul. Perspectiva, 20, 117-126. Recuperado em 31 de dezembro de 2012, de
http://www.uricer.edu.br/new/site/pdfs/perspectiva/125_79.pdf.
Referências (cont.)
 Cozby, P. C. (2006). Métodos de pesquisa em Ciências do
Comportamento. São Paulo: Editora Atlas.
 Lima, D. S. (1985). Nutrição Orientada e os Remédios da Natureza. Cap.
20, (pp. 171-173) São Paulo: Editora Casa Publicada.
 Machado, L. M. C. M., Germano, A. C., Kobayashi C., & Rodrigues, L.
M. S. (1992). Auto-Experimentação: Fazendo Ciência no Cotidiano.
Instituto de Psicologia da USP.
 Patterson, R. L. (1996). A Economia de fichas. In: V. E. Caballo, Manual
de Técnicas de Terapia e Modificação do Comportamento, (pp. 297-313).
São Paulo: Santos Livraria Editora.
 Philippi, S. T. (2008). Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da
nutrição. Barueri: Manole.
 Serafim, A. L.; Vieira, E. L.; Lindemann, I. L.(2004). Importância da
água no organismo humano. Revista Vidya, Santa Maria: 24(41), 147-
157.
OBRIGADA
PELA
ATENÇÃO!

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