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QUALIDADE DAS TORAS PARA

SERRARIA
Qualidade das toras para serraria
 A madeira foi um dos primeiros materiais usados pelo

homem e contribuiu decisivamente nos avanços alcançados;

 Construção de sua habitação e de seus primeiros


equipamentos de transporte;

 Atualmente desempenha papel importante especialmente na

construção civil e no ramo moveleiro.


Qualidade das toras para serraria
 No período de 2000 a 2011, a produção nacional de serrados

cresceu 2,3% a.a. E nesse mesmo período houve uma


diminuição anual média de 4,4% nas exportações desse
produto, remetendo ao fato de que o mercado interno,
principalmente o da construção civil, tem sustentado o
aumento da produção desse segmento (ABRAF, 2012).
Qualidade das toras para serraria
 Exigências básicas no comércio internacionalmente de
madeiras;

 Tanto o rendimento em madeira serrada quanto a eficiência


de uma serraria são afetados pela qualidade das toras, que
também influencia na qualidade da madeira serrada. Tendo
reflexos sobre todos os sistemas de produção da serraria.
(Vital, 2008)
Qualidade das toras para serraria
 A escolha da espécie, como também a incidência de
podridões ou ataque de xilófagos tem total interferência na
qualidade da tora;

 Uso técnicas silviculturas adequadas;


Qualidade das toras para serraria
 As características que devem ser consideradas :

• Bifurcação;
• Conicidade;
• Tensões de crescimento
• Rachaduras;
• Nós;
• Bolsas de Resina.
Densidade Básica
 A densidade básica tem-se mostrado um bom índice universal

para avaliar a qualidade da madeira, sendo essa propriedade a


que mais informações fornece sobre as demais características
das madeiras.
Densidade Básica
 A densidade básica é a relação entre o peso absolutamente

seco da madeira, em gramas, e seu volume, em centímetros


cúbicos, quando em estado de completa saturação de água.
Densidade Básica
 A desrama apresenta efeitos benéficos sobre a forma das

árvores, tomando-as mais cilíndricas e aumentando a


densidade da madeira.
Densidade Básica
 Quanto à densidade básica, há evidência que mostram que a

redução do tecido fotossintético, pela poda dos ramos vivos


da copa, causa uma redução na produção de lenho inicial na
madeira formada no tronco, influenciando assim os seus
valores.
Densidade Básica
 Alguns autores utilização da densidade básica como um

indicador apropriado de qualidade da madeira para serraria,


que é melhor para adequação de uso da madeira
Tensão de crescimento
 As tensões de crescimento são forças geradas internamente

na árvore em crescimento (Kubler, 1987), ocasionando


variados defeitos na madeira, tais como rachaduras,
empenamentos e reduzida resistência da madeira na parte
mais central
Tensão de crescimento
 As tensões de crescimento originam-se no interior do tecido

da madeira, com as deposições consecutivas das novas


camadas de células a partir do câmbio, durante o
desenvolvimento da árvore
Tensão de crescimento
 Neste processo, as células da madeira passam por alterações

dimensionais, que são em parte contidas por células vizinhas


já lignificadas, resultando na distribuição desigual das tensões
Tensão de crescimento
 Assim, desenvolvem-se na madeira tensões nas direções :

 longitudinal

 tangencial

 radial
Tensão de crescimento
 As tensões de crescimento tangenciais aparecem na periferia

da árvore (câmbio) com o crescimento de novas camadas de


células.
Tensão de crescimento
 Já as tensões radiais surgem em reação às tensões tangenciais
Tensão de crescimento
 As tensões longitudinais desenvolvem-se em função do

encurtamento das fibras na periferia da árvore (tensão de


tração) e do alongamento das fibras em direção à medula
(tensão de compressão)
Tensão de crescimento
 As variações nas propriedades da madeira encontradas na

árvore podem ser importantes na sua utilização.


Tensão de crescimento
 No caso da tensão de crescimento, as toras obtidas das

regiões superiores do tronco seriam mais propensas às


rachaduras de extremidades por causa das mais altas tensões
de crescimento
Tensão de crescimento
Rachadura
 Duas investigações realizadas no Brasil:

o Avaliação em 142 árvores de Eucalyptus


saligna à idade de 9 anos – maior
intensidade de rachaduras na extremidade
superior do que na base.
Rachadura
o Realizada em toras de Eucalyptus grandis e
Eucalyptus saligna, 20 anos, revelou que na
posição topo rachava mais que quando
comparado à base.

 Aumento do índice de rachaduras no


sentido base-topo da árvore.
Rachadura
 Segundo Villiers (1973) e Hillis (1978) na

África do Sul, as rachaduras de extremidades


de toras foram usadas como critério de
seleção de árvores para serraria.
Rachadura
 Malan (1979) - 3 dias após o abate das

árvores

 Bariska (1990) - até 5 dias após o abate das

árvores

 Hillis (1978) - até 7 dias após o abate das

árvores
Rachadura
Rachadura
Rachadura
Conicidade
 Diminuição do diâmetro do tronco no sentido

base-topo da árvore

 Influência ambiental, em especial do


espaçamento

 Influencia o rendimento em madeira serrada


Conicidade
 Varia de espécie para espécie

 Diminui com a idade da planta

 Sofre pouca influência genética

 É maior na primeira tora, na base da árvore


Conicidade
 Plantas mais cônicas quando jovens

 Tornam-se mais cilíndricas com o tempo

 Segundo Grosser (1980) a conicidade só será


relevante no rendimento em madeira serrada
quando apresentar valores superiores a 1
cm/m para o diâmetro ou 3 cm/m para a
circunferência da tora.
Conicidade

 O nó é a base de um galho que está encaixado no tronco de
uma árvore ou em outro galho maior;
 Tem início na medula e cresce do centro para a periferia;
 O tamanho e a quantidade de nós na madeira serrada
dependem de sua posição na tora e das características da tora;
 As toras por sua vez, dependem de fatores genéticos da
árvore que lhe dá origem, do espaçamento da floresta e do
manejo a que foi submetida.

 Para produção de madeira serrada é recomendável o uso de
técnicas silviculturas para a obtenção de madeira de qualidade
e maior resistência mecânica;
 Desrama artificial;
 Os nós vivos quando pequenos com relação â secção da peça
serrada não prejudicam alguns usos (lambris, fornos, paredes,
móveis, etc.);
 Os nós mortos dependendo de sua posição nas tábuas têm a
tendência a soltar-se quando a madeira é seca, desvalorizando
a madeira.
Retração e inchamento

 Quando recém cortada, a madeira começa a secar,


contraindo-se.

 A secagem da madeira é fundamental no processo produtivo


e é totalmente responsável por grande parte do valor
agregado ao produto final.
Retração e inchamento
 A secagem pode ser determinante de êxito ou fracasso para
qualquer industria de produtos madeireiros.

 De uma maneira geral empenos e rachaduras são causados


por diferenças de contração da madeira ao secar .
Retração e inchamento
 A principal razão para secar ou condicionar a madeira, é para
assegurar que ela esteja dimensionalmente tão estável quanto
possível.

 Essa estabilidade dimensional está ligada com seu coeficiente


ou fator anisotrópico.
Anisotropia
Retração e inchamento

 O coeficiente ou fator anisotrópico que traz como conseqüência


diferentes valores para o inchamento e para a contração nos três
sentidos de orientação da madeira. Esta diferença se deve a
estrutura microscópica e submicroscópica da madeira.
 A mudança de volume da madeira que se verifica devido a
desorção e adsorção de água é considerada uma de suas
propriedades físicas mais importantes, afetando assim e limitando
consideravelmente o uso industrial em seus diversos ramos.
Retração e inchamento

 Madeiras que apresentarem alta Contração Volumétrica, alta


Anisotropia de Contração são madeiras com grandes dificuldades
de secagem, devendo ser empregado programas de secagem
brandos.
Obrigado !

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