INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA I PROFESSOR: Pr. JOSÉ ERIVAN LIMA DE CARVALHO
A CIDADE DE DEUS SANTO AGOSTINHO DE HIPONA
DENIS DE CASTRO OLIVEIRA
Agostinho, teólogo e filósofo cristão, viveu em um período bastante conturbado, no qual Roma experimen- tava a destruição do seu Império. Por este motivo, os cristãos ou não-cristãos, acusavam o cristianismo como sendo o responsável pelas calamidades aconte- cidas contra o império. Essa obra foi escrita com o intuito de defender-se de tais acusações. Santo Agostinho sempre foi considerado um teólogo de inspiração platônica entretanto, segundo alguns autores, em sua obra “A Cidade de Deus” o seu platonismo fica obscureci- do pela forte ênfase na teologia bíblica. Percebe-se muito bem que Agostinho conhecia Platão, porém o que domina o seu texto é a Bíblia e a aplicação de um método histórico. A filosofia, para Agostinho, como para Tomás de Aquino, é um acessório válido para confirmar a Bíblia. Se a filosofia vai mais longe do que a Bíblia permite, ela será descartada com facilidade. Neste trabalho vou apresentar um resumo do primeiro volume da obra que é composta por 3 volumes e um total de vinte e dois livros (capítulos). A ideia máster de Agostinho em sua obra é que a Cidade de Deus é oposta à Cidade dos Homens. Aqui Agostinho argumenta que a cidade dos homens vive pela carne ao longo da História, ao mesmo tempo que a Cidade Celeste é a dos homens que têm noção da sua pequenez, desprezam os bens da Terra e buscam a paz de Deus. O volume I da obra em tela, aborda a introdução e os capítulos um a oito (I a VIII). Boa parte do início do livro é dedicado à história de Roma; é nela onde Agostinho busca defender os cristãos das acusações feitas pelos pagãos de que Roma era forte enquanto cultuava os Deuses, e tornou-se fraca por causa do fortalecimento e cresci- mento do Cristianismo. Capítulo I – Defesa do cristianis- mo frente à acusação dos romanos de que os cristãos eram responsáveis pela desgraça do império. Capítulo II – Não houve guerra pagã na qual se poupassem os adoradores de um deus por amor de outro. Sto Agostinho cita Enéias Príamo e também a deusa Minerva. Capítulo III – Sto. Agostinho ironiza a força dos deuses romanos, incapazes de defender Roma. Ele usa como comparação os fatos ligados à guerra de Tróia. Capítulo IV – A cidade de Tróia foi destruída pelos gregos sem que houvesse misericórdia, apesar dos gregos adorarem os mesmos deuses dos troianos. Capítulo V – César discursa contra os senadores romanos dando os detalhes de como eles procediam para com os inimigos vencidos. Muita violência, sangue, dor e estupros. Capítulo VI – Sto. Agostinho argumenta que os romanos não poupavam os vencidos da guerra. Capítulo VII – Sto. Agostinho atribui qualquer ato de bondade ocorrido durante a invasão de Roma pelos bárbaros, á graça de Deus representada em Jesus Cristo. Capítulo VIII – A misericórdia divina se estendeu a todos os homens, assim como o sol se levanta para os bons e os maus igualmente. Uma conclusão simples que podemos chegar pelo que foi exposto é que trata-se de um livro complexo, mas pertinente para quem gosta de filosofia e teologia.