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POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Material Particulado
Amostragem e Controle

Maria Angélica Martins Costa


maria.am.costa@unesp.br
• O que é POLUIÇÃO DO AR? (RESOLUÇÃO/Conama/N.º 003 de 28 de junho de 1990)

Qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade,


concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos,
e que tornem ou possam tornar o ar:

I - impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;

II - inconveniente ao bem-estar público;

III - danoso aos materiais, à fauna e flora.

IV - prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da


comunidade.
Fontes de poluição
Naturais: Aquelas independentes da ação humana.
Cinzas e gases de emissões vulcânicas;
Tempestades de areia e poeira;
Decomposição de animais e vegetais;
Partículas e gases de incêndios florestais;
Poeira cósmica;
Evaporação natural;
Odores e gases da decomposição de matéria orgânica;
Maresia dos mares e oceanos.

Antropogênicas: Fontes de emissão geradas pela ação do Homem.


Fontes industriais;
Fontes móveis (veículos a gasolina, álcool, diesel e gnv);
Queima de lixo a céu aberto e incineração de lixo;
Comercialização e armazenamento de produtos voláteis;
Queima de combustíveis na indústria e termoelétricas;
Emissões de processos químicos.
Fontes de poluição
Fontes fixas: As indústrias são as fontes mais significativas
ou de maior potencial poluidor, no entanto, devemos ainda
destacar a crescente demanda por usinas termoelétricas,
utilizadoras de carvão ou óleo combustível, bem como de
incineradores de resíduos, os quais também se destacam por
seu elevado potencial poluidor.

Fontes móveis: Os veículos automotores, trens, aviões e


embarcações marítimas, constitui-se conjuntamente nas chamadas
fontes móveis de poluição do ar. Os veículos se destacam como as
principais fontes, e podem ser divididos em leves, que utilizam
gasolina ou álcool como combustível, e pesados que utilizam óleo
diesel.
Fontes de poluição
Pontuais: Quando o lançamento da carga poluidora é feito de forma
concentrada, em determinado local.

- Chaminé de uma empresa

Difusas: Quando os poluentes alcançam a atmosfera de modo disperso, não se


determinando um ponto específico de introdução.
- Queimadas
Poluentes
• Primários: São aqueles emitidos diretamente da fonte
à atmosfera.
• - Material Particulado

• Secundários: São aqueles formados na atmosfera por


meio de reações químicas entre poluentes primários
e/ou constituintes naturais da atmosfera
• - Ozônio
Definições de poluição atmosférica

Emissão
Emissão
É processo de “saída” do poluente da fonte geradora.
Processo de poluição atmosférica:

Transporte
No transporte destes poluentes através das correntes de ar, pode ocorrer a
diluição dos poluentes, bem como modificações físico-químicas na
atmosfera.
Definições importantes

Imissão
Fenômeno de “chegada” dos poluentes a um receptor, onde pode ocorrer
danos à saúde, propriedade ou de maneira geral ao meio ambiente.
Poluentes Indicadores de poluição atmosférica

Poluentes padrões – são os poluentes que ocorrem em


grande freqüência
São controlados através dos padrões
da qualidade do ar
GÁS CARBÔNICO (CO2):

-Não possui cheiro.

-Não é considerado tóxico por ser um constituinte natural na atmosfera.

-O aumento da temperatura global (= Efeito estufa) está associado ao


aumento das concentrações de CO na atmosfera.
Poluentes Indicadores de poluição atmosférica

MONÓXIDO DE CARBONO (CO):

-Produto intermediário de combustão de carbono para dióxido de carbono (CO 2).

-Originam-se de processos de combustão industrial ou veículos automotores, sendo


estes os maiores geradores.

-Em ambientes fechados, o CO em altas concentrações é um dos mais perigosos


agentes tóxicos respiratórios devido à sua afinidade com a hemoglobina do sangue,
formando a carboxihemoglobina, dificultando o transporte do oxigênio, podendo
causar a morte por asfixia.

- Não possui cheiro, nem odor.


Poluentes Indicadores de poluição atmosférica

ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOx):

-Formados durante o processo de combustão a altas temperaturas, através da oxidação


do N2 do arde combustão ou do N2 contido na combustível.

- Pode estar principalmnente na forma de:


* NO: Óxido de nitrogênio
- Gás incolor e insípido
- Formado predominantemente em fontes antropogênicas
* NO2: Dióxido de nitrogênio ou Azoto
- Gás amarelo-alaranjado, odor irritante.
Poluentes Indicadores de poluição atmosférica
ÓXIDOS DE ENXOFRE (SOx):
- São compostos constituídos de enxofre e moléculas de oxigênio.
* SO2: Dióxido de enxofre
- Gás incolor
- Detectável pelo paladar e olfato na faixa de 1 à 3 µg/m3.
- Dissolve-se rapidamente na água presente na atmosfera, formando o ácido sulfuroso
( H2SO3).
- É formado durante a combustão de combustíveis fósseis (carvão mineral,óleo mineral).
* SO3: Trióxido de enxofre
- Produzido através da oxidação do SO2.
- Pode ser rapidamente convertido a ácido sulfúrico (H2SO4).
- Provoca irritação nos olhos, nariz e garganta.
- Podem causar impactos adversos à vegetação, incluindo florestas e
Poluentes Indicadores de poluição atmosférica

O Material Particulado

• MP, ou aerossol atmosférico são as partículas sólidas ou líquidas em


suspensão na atmosfera.

•Dentre os aerossóis, as partículas sólidas ditas inaláveis são aquelas


com mais relevância de estudo, já que podem penetrar no trato
respiratório
O Material Particulado

• Estas partículas de aerossóis possuem tamanhos que variam de


nanômetros (nm) a dezenas de micrometros (m) de diâmetro.

MP10 ou PM10: Partículas inaláveis: menores que 10m de diâmetro


aerodinâmico. Geralmente são partículas primárias, formadas a partir de
processos mecânicos, como ressuspensão de poeira de solo por
ventos, sal marinho, cinzas de combustão, emissões industriais e
emissões biogênicas naturais.

MP2,5 ou PM2,5: Partículas finas, menores que 2,5 m de diâmetro


aerodinâmico. Contém partículas primárias formadas por processos de
combustão por indústrias, veículos e partículas secundárias,
provenientes da formação de partículas na atmosfera
Os principais objetivos do monitoramento da
qualidade do ar são:

Fornecer dados para ativar ações de emergência durante


períodos de estagnação atmosférica, quando os níveis de
poluentes na atmosfera possam representar risco à saúde pública.

Avaliar a qualidade do ar em relação aos limites estabelecidos


para proteger a saúde e o bem estar das pessoas.

Acompanhar as tendências e mudanças na qualidade do ar


devidas às alterações nas emissões dos poluentes.
Medição de Poluentes Atmosféricos

•Emissões: Controle do processo poluidor; Controle dos padrões de


emissão; eficiência de um equipamento; testar a conseqüência causada
pela mudança de um processo.
LEGISLAÇÃO

•Imissões: Calcular a trajetória dos poluentes na atmosfera; estudar a


formação e degradação de poluentes na atmosfera; calcular o fluxo dos
componentes; Determinar a exposição dos poluentes; Determinar a
instalação de alarmes para determinados poluentes; Determinar a
deposição de poluentes na flora e fauna; Gerar relatórios sobre a
qualidade do ar; estudar o impacto de novas fontes de emissão.
•CONAMA 03/90
Medição de Poluentes Atmosféricos
Medidores de Emissões

•Escala de Ringelmann
É uma escala gráfica para avaliação colorimétrica de densidade de
fumaça, constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidade
entre o branco e o preto. Os padrões da escala são numerados de 0 a 5.
Medição de Poluentes Atmosféricos

Para descobrir se o veículo ou a chaminé está emitindo


fumaça acima do permitido:

Utiliza-se a Escala de Ringelmann e compara-se com padrões


estabelecidos pela legislação ambiental.
A exemplo do CONAMA 08/90 para áreas Classe II e III define:
- “Densidade Colorimétrica: Máximo de 20 %, equivalente a
Escala de Ringelmann nº1, exceto na operação de partida do
equipamento”.
Nos EUA...
É possível conhecer o Índice de Qualidade do Ar e a concentração de cada
poluente no ar ambiente (O3 e PM2.5)
http://aqicn.org/map/china
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3986672/How-
clean-air-Real-time-interactive-map-shows-pollution-engulfing-
Earth-real-time.html
Real time map of air quality in Europe
https://www.eea.europa.eu/data-and-maps/dashboards/emissions-
trading-viewer-1
http://ec.europa.eu/environment/air/cleaner_air/index.html#introduction
QUALIDADE DO AR Previsão e Saúde
“I want to let you know how wonderful this service is. My husband has stage
IV lung/brain cancer. It never occurred to me that the air quality could be so
dangerous in the winter (I only knew about the cold and dry). Because of
your e-mails we were able to plan his appointments and time outside around
those bad days.

Now, the other interesting part of this is that I have asthma and, truthfully, I
haven't been taking very good care of myself. I haven't been taking my meds
like I should. During that alert time, I should have increased my inhalers too
but forgot. By this past Sunday, I was in a little trouble with my breathing--I
actually thought I was coming down with a cold but then I realized your
messages were meant for me also. I upped my meds (like I'm supposed to
when I'm in trouble) and today I'm much better.

Thanks for providing this service.” -- Kathy Barney


Moscovo, 6 Agosto 2010

Os médicos aconselharam os moscovitas a permanecer em casa, pois o


Departamento de Protecção da Natureza e de Gestão do Ambiente avisou que
o monóxido de carbono no ar estava 5 vezes acima dos níveis aceitáveis.

Muitos dos que se aventuraram a sair usaram máscaras ou lenços na cara.


"It's unbearable, God knows what it's doing to our health," dizia Yulia
Novikova, 25, …"I was just reading about the Great Smog of London in 1952.
This looks a lot worse."
(Guardian, Tom Parfitt in Moscow)
O conceito de que o ar respirado influencia a
saúde das pessoas, tem centenas de anos!!!

Em 1273, o Rei Eduardo I de Inglaterra legislou a restrição do


uso do fogo em Londres

 A Rainha Isabel I (1558-1603), de Inglaterra e Escócia, proibiu


a queima de carvão durante as Sessões do Parlamento por ser
alérgica aos fumos que libertava. De acordo com a tradição, um
homem foi executado porque infringiu a lei que proibia a queima
de carvão mineral no Parlamento!
De acordo com a Organização Mundial de Saúde
(OMS) morrem anualmente 3 milhões de pessoas
devido à poluição atmosférica

Poluição atmosférica
e efeitos na saúde

Manifestantes contra a poluição atmosférica,


frente à “Câmara Municipal” de Ohio, Cleveland, a 20 de Janeiro de 1970
Diminuição da espectativa de vida devido às
partículas finas no ar ambiente (em meses)
350.000 mortes prematuras por ano

(CAFE, 2000)
O estudo conclui o que já se suspeitava: longa exposição a uma poluição crônica, especialmente
a de partículas, impacta dramaticamente a expectativa de vida de uma população. A cada 100
microgramas adicionais de matéria particulada por metro cúbico de ar na atmosfera, a expectativa
de vida de um bebê nascido nessa atmosfera poluída diminui três anos.

Na China, entre 1981 e 2001, os níveis estavam em mais de 400 microgramas por metro cúbico, o
que reduziria a expectativa de vida da população em até 12 anos. Cidades como Pequim
chegaram a registrar mais de 700 microgramas de partículas por metro cúbico. Para efeitos de
comparação, nos anos 90, os EUA tinham uma média de 45 microgramas de partículas suspensas
de poluição por metro cúbico.

De acordo com a OMS, o limite saudável para essas partículas suspensas é de 25 microgramas
por metro cúbico de ar.
Um teste informal feito em 2009 em São Paulo pela revista VejaSP, em conjunto com o Labor
atório de Poluição Atmosférica Experimental da USP
, identificou níveis acima desse número em 56 pontos da capital - antes da lei Antifumo vigorar na
capital, muitos lugares fechados, como casas noturnas, apresentam níveis de partículas
suspensas de mais de 3 mil microgramas por metro cúbico.
Alberto González Ortiz o relatório de 2016 destaca o fato das concentrações de poluição do ar em
toda a Europa continuarem a melhorar lentamente. Contudo, ainda assistimos a efeitos
significativos na saúde. A poluição do ar continua a ter como resultado uma diminuição da
qualidade de vida devido a doenças. O nosso relatório atualizado também apresenta uma nova
estimativa dos impactos dos poluentes atmosféricos mais nocivos na saúde, por exemplo, a
exposição a PM2.5 foi responsável por cerca de 467 000 mortes prematuras em 41 países
europeus, em 2013.
As informações estão contidas em um novo estudo publicado na revista
Proceedings of the National Academy of Sciences e são baseadas em
estatísticas de 1981 a 2001.
Como pode ser definida a poluição do ar no local de trabalho?

A poluição do ar no local de trabalho pode ser definida como qualquer alteração na composição
natural do ar que desequilibre o ambiente, difícil de ser detectada, mas responsável pelas alergias
e doenças, além da baixa qualidade de vida, podendo se transformar em um problema real de
saúde ao trabalhador.

Como ocorre geralmente a poluição do ar no local de trabalho na indústria?

A poluição do ar no local de trabalho pode ocorrer através do processo produtivo, de onde


resultam perdas por fragmentação de substancias sólidas, gerando resíduos
particulados(diminutas partículas sólidas carregadas pelo ar), e são emitidas ao ar respirável do
trabalhador; ou através de combustão, com o escape de produtos gasosos para o local de
trabalho, ocorrendo a sua absorção pelo organismo do trabalhador.
Como são classificados os poluentes físicos do ar?

Os poluentes físicos do ar podem ser classificados em Particulados (poeira, fuligem,


cinza, etc.), que podem ser facilmente retirados por filtros comuns, enquanto os Bio-
aerosóis e micróbios (seres vivos e resíduos de seres vivos) e os Gases (gases
orgânicos voláteis – VOCs, são mais difíceis de ser controlados.

Obs.: 1 Micra (µ) = 1/1000 mm


Produtos como detergentes, cera, tintas, conservantes de madeira, cosméticos,
além dos carpetes, impressores, fotocopiadoras, matéria primas, etc., geram um
tipo de poluição do ar imperceptível ao trabalhador, mas, dependendo do tempo
de exposição, podem causar consequências graves a sua saúde.

Como atuam as fontes industriais de poluição atmosférica?

A quantidade e qualidade dos poluentes emitidos pelas fontes industriais dependem


de vários fatores relacionados ao processo de fabricação, os quais influem
diretamente no tipo e concentração do poluente emitido, como:

Matérias-primas;
Combustíveis envolvidos no processo;
Eficiência do processo;
Produto fabricado;
O grau de medidas de controle de emissões.
Quais são os mecanismos (as vias) de penetração no organismo humano?

Os mecanismos de penetração no organismo humano são:


1. Absorção (via pele);
2. Inalação (via respiratória);
3. Ingestão (via oral).

•Absorção via pele: O poluente ocupacional ao entrar em contato com a pele,


órgão de maior superfície do corpo humano, pode ser absorvido causando diversas
formas de alergias, ulcerações, dermatoses e outras doenças ocupacionais que
atingem este tecido.

•Inalação (via respiratória):A via respiratória é a via mais importante pela qual os
agentes químicos entram no organismo. A grande maioria das intoxicações
ocupacionais é ocasionada por se respirarem substâncias contidas no ar, as quais
podem ficar retidas nos pulmões ou outras partes do sistema respiratório, afetando-
o, ou passando através dos pulmões a outras partes do organismo, levadas pelas
células fagocitárias (células do sistema de imunidade do corpo que nasce com a
pessoa, sem precisar de substâncias ou estruturas exteriores).

•Ingestão (via oral): A ingestão pode ocorrer através dos agentes tóxicos
depositados nas mãos, alimentos e cigarros. Substâncias altamente tóxicas como o
chumbo, o arsênico e o mercúrio podem causar preocupações neste sentido.
Quais são os métodos de controle da poluição do ar?

Os métodos de controle de poluição do ar constituem em Medidas Diretas, Indiretas e nos


Equipamentos de Controle de Poluição do Ar (ECP).

Medidas Indiretas de controle de poluição do ar são:


•Impedir a geração do poluente;
•Diminuir a quantidade de poluentes gerados;
•Diluição através de chaminés elevadas;
•Adequada construção (layout);
•Manutenção dos edifícios industriais;
•Planejamento territorial.

Medidas diretas de controle da poluição do ar são:


•Concentração dos poluentes na fonte para tratamento efetivo antes do lançamento na
atmosfera;
•Retenção do poluente após geração através de equipamentos de controle de poluição do
ar (ECP).

Equipamentos de Controle de Poluição do Ar (ECP)


Os Equipamentos de Controle de Poluição do Ar (ECP) são classificados em:

•Equipamentos de controle de material particulado (coletores secos e mecânicos, precipitadores


dinâmicos e eletrostáticos secos e filtro de tecido);
•Coletores úmidos (pulverizadores e lavadores) e
•Equipamentos de controle para gases e vapores (adsorventes, absorventes, incineradores,
tratamento biológico).
Que normas estão relacionadas à poluição do ar no local de trabalho?

A NR-9 (NR 9 - NORMA REGULAMENTADORA-PROGRAMA DE


PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS) estabelece a obrigatoriedade da PPRA,
e especificamente a 9.1.5.2 refere-se aos agentes químicos.

9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do
trabalhador.
9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o ultrassom.
9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários, vírus, entre outros.

A NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES


A NR-25 os resíduos gasosos que devem ser eliminados dos
locais de trabalho.

25.2 A empresa deve buscar a redução da geração de resíduos por meio da adoção
das melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis.

25.3 Os resíduos industriais devem ter destino adequado sendo proibido o


lançamento ou a liberação no ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes que
possam comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores.

25.3 Os resíduos industriais devem ser eliminados dos locais de trabalho através de
métodos, equipamentos ou medidas adequados, sendo proibido o lançamento ou a
liberação no ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes que possam
comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores, sob a forma de matéria ou
energia, direta ou indiretamente. (Redação alterada pela Portaria SIT 253/2011.)

25.3.1 As medidas, métodos, equipamentos ou dispositivos de controle do


lançamento ou liberação dos contaminantes gasosos, líquidos e sólidos devem ser
submetidos ao exame e à aprovação dos órgãos competentes.
Efeitos da Poluição Atmosférica na Saúde :

da fonte à dose

Fontes Efeitos na
Qualidade do Ar Exposição Dose
Emissões Saúde
Que poluentes? Que fontes?
Poluentes Atmosféricos - Efeitos

 Conc. baixas – afeta indivíduos com doenças coração


CO  Conc. altas – pode causar dores de cabeça, reflexos
lentos, fadiga
 Reduz a capacidade de transporte de oxigénio no
sangue.

 Irritação do nariz e sistema respiratório superior


SO2  Pode ser absorvido pelo sangue.

NOX  Maior susceptibilidade para infecções respiratórias


 Diminuição de funcionamento do pulmão.

Metais  Provocam cancer


 Causam problemas digestivos
pesados  Afetam o sistema nervoso.
Poluentes Atmosféricos - Efeitos

 Provoca cancer
Benzeno  Afeta o sistema nervoso central.

 Tóxico acumulativo
Pb  Anemia e destruição de tecido cerebral.

 Inflamação e irritação do pulmão


O3  Irritação do sistema respiratório - incapacidade de
respirar profundamente.

 Contribui para problemas relacionados com


PM2.5
visibilidade e atinge os alvéolos pulmonares

PM  Efeitos significativos na saúde a longo prazo


PM10  Aumento de doenças respiratórias e
destruição do pulmão
 Possibilidade de morte prematura.
Que poluentes? Que fontes?
7 - Transporte rodoviário
8 – Outras fontes móveis

1 – Combustão para produção de energia e indústrias transformadoras;


2 – Combustão residencial; 3 – Combustão na indústria de manufactura;
4 – Processos de produção;
5 – Extracção e distribuição de combustíveis fósseis;
6 – Solventes e utilização de outros produtos;
Europa
7 – Transporte rodoviário; 8 – Outras fontes móveis;
9 – Tratamento e deposição de resíduos; 10 – Agricultura e floresta, uso do solo;
11- Natureza
10 – Agricultura e
floresta, uso do solo
11 - Natureza

1 – Combustão para produção de energia e indústrias transformadoras;


2 – Combustão residencial; 3 – Combustão na indústria de manufactura;
4 – Processos de produção;
5 – Extracção e distribuição de combustíveis fósseis; Europa
6 – Solventes e utilização de outros produtos;
7 – Transporte rodoviário; 8 – Outras fontes móveis;
9 – Tratamento e deposição de resíduos; 10 – Agricultura e floresta, uso do solo;
11- Natureza
Emissões per capita
CORINAIR 94EMEP/CORINAIR Emission Inventory Guidebook
Emissões com base em peritos
(usadas no modelo EMEP)
EU27, todos os sectores de atividade
Emissões com base em peritos
(usadas no modelo EMEP)
EU27, todos os sectores de actividade
Air quality maps of Europe
The maps are derived from the measurement data at the stations in AirBase (EEA air quality database) in
combination with modelled output from EMEP and with other parameters. These maps are assessment
tools for use at the European scale. They may show results which differ from assessments made at
national scale. The example shows the interpolated map of annual averages for particulate matter (PM10)
in 2005.
Efeitos da Poluição Atmosférica na Saúde :

da fonte à dose

Fontes Efeitos na
Qualidade do Ar Exposição Dose
Emissões Saúde
O que é a Qualidade do Ar?

Qualidade Ar

Dispersão/ Transformação
transporte química

Emissões
Como obter dados Deposição
de qualidade do
ar?
Qualidade do ar
como obter dados?

Redes de monitorização da qualidade do ar…

Sabem algo sobre as


 medições das concentrações de poluentes ao longo do tempo

redes de
monitorização em locais pontuais

monitorização em S.
Paulo ou no Brasil?
qualidade do ar
como obter dados?

Redes de monitorização da qualidade do ar…


 medições das concentrações de poluentes ao longo do tempo
 monitorização em locais pontuais

Dependendo da localização e da dimensão da região, os dados da


monitorização poderão não ser suficientes para a caracterização da
qualidade do ar da área e/ou para estimar a exposição humana a poluentes.

Modelação numérica  uma ferramenta complementar

… a falta de informação completa, no


tempo e no espaço, sobre o fenômeno de
interesse, leva à necessidade de modelação.
Modelação da qualidade do ar
Modelos numéricos

… recorre a técnicas matemáticas e numéricas para simular os


processos físico-químicos que afetam os poluentes à medida
que sofrem dispersão e transporte e reagem na atmosfera.

... simulam
• transporte
• transformação química
• deposição de poluentes
modelação da qualidade do ar
a complexidade a modelar…

química gasosa
gaseous chemistry
advecção
absorção NO2 COV
química O3
difusão aquosa NO
COSV

condensação activação
partículas nucleação química
primária heterogénea
s evaporação

difusão coagulação deposição partículas


turbulenta húmida primárias
COV COV
NO2
NO2
COV
poeira

deposição
seca
modelação da qualidade do ar aplicações

Modelos escala Modelos escala


regional/mesoescala urbana/local
aplicação CHIMERE aplicação FLUENT
Resultados simulação PM10

Parte da Europa

Resultados simulação PM10


para uma avenida no centro
de Lisboa
Paris
modelação da qualidade do ar aplicações

Modelos escala
regional/mesoescala

Previsão Qualidade Prevenção de efeitos na


do Ar saúde

AIR QUALITY
INDEX

VERY POOR
POOR
MEDIUM
GOOD
VERY GOOD

Previsão de PM10 para 3-dias


sobre Portugal
modelação da exposição

Modelos Modelos escala Modelos


escala local urbana mesoescala

Modelação
Qualidade
do Ar
Fontes Qualidade do Ar Efeitos
Exposição Dose
Emissões concentrações saúde
Campos
concentração
(por Modelação
microambiente) exposição
Avaliação da
exposição Em que consiste?

 Estimativa do número de indivíduos expostos a níveis


de poluentes.

E   P j  C i  T ij 
tempo que o grupo i
exposição concentração passa no ambiente i
população
no ambiente i
do grupo j
Análise de Risco

Exposição por inalação


Factores a considerar:

Distinção dia/noite

Ao longo do dia os indivíduos estão expostos a diferentes concentrações


Efeitos
pois estas variam nasepessoas
temporal espacialmente e os indivíduos deslocam-se.
Nas principais zonas metropolitanas as pessoas estão sujeitas a três modos
Diferenças
de exposição distintos: deovulnerabilidade
durante dia, no trabalho dos diferentes
e nos transportes, e à
grupos (idosos, crianças, doentes, ...)
noite, nas suas residências.

Atividades de particular exposição (taxistas numa


grande cidade, trabalhadores próximo de zonas
congestionadas)
poluição atmosférica exposição outdoor
exposição indoor

ventilação natural
fontes indoor poluição atmosférica
outdoor
Modelação da Exposição da
População
Dados estatísticos de população
residente por idade, Estimativa do nº médio
empregados, nº de escolas e horário de pessoas em
universidades,
+ cada microambiente
interior e exterior e nº de
Contagens de tráfego
pessoas no interior de
(carros e ônibus)
veículos
Residential Office Outdoor School Traffic
9000 27 Durante o dia, o nº
8000 24
7000 21
total de pessoas
6000 18 presentes na área
Nr People

5000 15
4000 12
de estudo duplica
3000 9 devido à
2000 6 concentração de
1000 3
0 0 escritórios e
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 edifícios comerciais
Time

Nº de pessoas por dia, para cada microambiente, evolução


Modelação da Exposição da
População
Cálculo da exposição 1000

900

PM 10
800 [µ g .m - 3 ]

700 160

150

+ +
600
S o u th /N o rth (m )

140

500 130

120
400
110

300 100

90
200
80

100 70

0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
W e s t/E a s t ( m )

Campos horários de Distribuição por Nº de pessoas em


concentração de microambientes cada célula por
PM10 hora

Exposição
Concentração do

E i   C j t ij
Exposição total da poluente no
pessoa i para um microambiente j
dado período de Tempo de residência da
j pessoa i no
tempo
Relações empíricas para as concentrações
outdoor/indoor em diferentes microambientes
Residências

C indoor (day)  48  0.52 C outdoor C indoor (night)  20  0.51C outdoor


Escritórios (Burke et al., 2001)

C indoor (day)  48  (1  0.14)  0.52C outdoor C indoor (night)  20  (1  0.1 4)  0.51C outdoor

Em veículos rodoviários

C c ar  13 . 1  0 . 83C outdoor (Gulliver and Briggs, 2004)


Efeitos  Exposição

Exposição inclui efeitos como irritação dos


de curta olhos, náuseas ou dificuldades
Os poluentes duração de respiração.
atmosféricos afectam
a saúde humana
Exposição destruição do sistema respiratório
de longa ou nervoso, malformações à
dependendo duração nascença, efeitos na reprodução.

 quantidade a que a pessoa está exposta,


 duração e frequência da exposição,
 nível tóxico do poluente,
 saúde global da pessoa,
 nível de resistência ou susceptibilidade.
Efeitos da Poluição Atmosférica na Saúde :

da fonte à dose

Fontes Efeitos na
Qualidade do Ar Exposição Dose
Emissões Saúde
Avaliação
Dose-Resposta
Permanece
no pulmão
É exalado
Um poluente inalação,
Vai do pulmão, do
entra no corpo ingestão ou sistema digestivo ou
humano por
absorção da pele da pele para o sangue

Chega a todas as
partes do corpo
Podendo interferir com o
funcionamento normal do
organismo
Relações Dose-Resposta

Variam com:
 o poluente,
 a sensibilidade individual
 o tipo de efeito na saúde

A relação Dose-Resposta para um dado poluente


descreve a associação entre exposição e a resposta
observada (efeito na saúde).
Estima como é que diferentes níveis de exposição a um
poluente alteram a intensidade do efeito na saúde.
Relações Dose-Respota

Para efeitos cancerígenos Para efeitos não cancerígenos

Para doses
baixas, o
organismo
repara os
pequenos
males
causados pelo
poluente

A EPA assume que não há A EPA assume que a exposição a


exposição a um poluente doses baixas não resulta em
com “risco nulo” efeitos de doença
Análise de Risco
Como é que os investigadores estimam o risco?
Risco para
Perigo Exposição
a saúde

Probabilidade de com animais e com • Aquisição de dados


Estudos
a exposiçãohumanos
a um permitem obter através de equipamento
informações sobre a
dado poluente de medição instalados
perigosidade
provocar uma de cada poluente. em diferentes locais
doença
Os resultados são usados para • Modelos matemáticos
estimar a probabilidade de que estimam a
ocorrência de doença para exposição com base em
diferentes níveis de exposição dados de emissões
Análise de Risco
Risco para a Saúde
– informação usada na tomada de decisão

Muitos poluentes são Não é certo que as


identificados como mesmas conclusões
perigosos em estudos sejam aplicáveis aos
com animais humanos
Incertezas?!

 Falta de conhecimento científico completo sobre como um


poluente perigoso provoca doença, e como ele se desloca entre
os vários compartimentos ambientais (água, solo e ar).
 Poucos estudos em animais e humanos sobre o efeito na saúde
de poluentes individualizados ou misturas de compostos.
 Variabilidade de padrões meteorológicos que afectam a
exposição.
Análise de Risco

Temos níveis de
Níveis de exposiçãoqualidade do ar de
que não produzem
efeitos de doença referência?
Análise de Risco
Usamo-los?
compara
Níveis de
Estimativas
referência
de saúdeComo? de exposição

Quantas pessoas estão expostas


a concentrações superiores a
esses níveis de referência
Brasil
Table 2 – Criteria f or critical air pollution episodes - Resolução CONAMA nº 3, de 28/06/90
Levels
Parameters Atention Alert Emergency
TSP (µ g/m3) - 24 h. 375 625 875
Smoke (µ g/m3) - 24 h. 250 420 500
PM10 (µ g/m3) - 24 h. 250 420 500
SO2 (µ g/m3) - 24 h. 800 1600 2100
CO (ppm) - 8 h. 15 30 40
O3 (µ g/m3) - 1 h. 400 800 1000
NO2 (µ g/m3) - 1 h. 1130 2260 3000
SO2 X TSP (µ g/m3)x(µ g/m3) -
24 h. 65000 261.000 393000
Exposição – alguns números
Relação das concentrações de PM10 com
indicadores de diferentes efeitos na saúde

Fonte: Organização Mundial de Saúde


E a exposição
individual?

(Miranda et al., Environment International, 2010)


MATERIAL PARTICULADO
MATERIAL PARTICULADO
DESCRIÇÃO DE TERMOS PARA PARTÍCULAS ATMOSFÉRICAS

Termos Significado
Suspensão de partículas
Aerossóis atmosféricas de formato
coloidal
Termo denominado para
Fog
altos níveis de vapor de água
Denota a diminuição da
Neblina visibilidade devido a
presença de partículas
Partículas formadas pela
Fumaça combustão incompleta de
combustíveis
Névoa Partículas líquidas
MATERIAL PARTICULADO
Material particulado é o poluente atmosférico mais associado a efeitos
adversos a saúde humana.
Composição básica: um núcleo de carbono elementar –
Núcleo de carbono elementar – estão agregados
gases, compostos orgânicos, sulfatos, nitratos e metais.

No seu núcleo de carbono estão adsorvidos inúmeros poluentes


presentes no ar, cuja ação irritante, tóxica ou cancerígena é facilitada pelo
transporte destes compostos para dentro do organismo pela inalação do
material particulado.

As partículas inaláveis se mantém por longo tempo junto as células do


tecido pulmonar, permitindo que pequenas quantidades de tóxicos
causem danos devido a sua prolongada permanência.
PM10: retidas no
nariz e na garganta,
causando irritação
nas vias
respiratórias e
facilitando a
propagação de
infecções virais e
bacterianas;

PM2,5: atingem o
pulmão e podem
causar alergias,
asma e bronquite,
aumentando as
doenças
pulmonares e
cardíacas.

Fonte: Naneos – particle solutions gmbh


FONTE: MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR – NEYVAL C.R. JR.
O grau de toxicidade das partículas se dá pela quantidade absorvida e retida
nos alvéolos pulmonares

Representação esquemática da absorção de


compostos tóxicos contidas nas partículas
depositadas nos alvéolos
Fonte: Conpet (2006)
- Padrões Finais (PF) -
Padrões determinados
pelo melhor
conhecimento científico
para que a saúde da
pulação seja preservada
ao máximo em relação
aos danos causados pela
poluição atmosférica
MATERIAL PARTICULADO - EFEITOS NA SAÚDE
Considerando a relação entre o diâmetro das partículas e sua precipitação no alvéolo
pulmonar, sabe-se que as partículas grandes são incapazes de penetrar nas vias
estreitas da garganta, mas as partículas pequenas facilmente atingem o alvéolo
pulmonar.
Emissão de pó e a saúde humana.
Causas de efeitos adversos do pó:
Capacidade do sistema respiratório de
remover as partículas no ar inalado, retendo-
as nos pulmões;

Presença, nas partículas, de substâncias


minerais que possuam propriedades tóxicas;

Presença de partículas de compostos


orgânicos, que possuem propriedades
carcinogênicas;

Capacidade das partículas finas de aumentar


os efeitos fisiológicos de gases irritantes
também presentes no ar, ou de catalisar e
transformar quimicamente estes gases,
criando espécies mais nocivas.
CONVENÇÃO DA ISO, 1994 (International Standards Organization)
FRAÇÃO INALÁVEL: fração mássica do MPS que é inalado através do nariz ou
boca e afeta todo sistema respiratório;

FRAÇÃO TORÁCICA: fração mássica do MPS que penetra no sistema


respiratório além da laringe; tais partículas afetam a região traqueobronquial e
alveolar.

FRAÇÃO RESPIRÁVEL: fração mássica do MPS que penetra nas vias


pulmonares, tais partículas afetam a região alveolar.

FRAÇÃO RESPIRÁVEL DE ALTO RISCO: fração mássica do MPS que tem


efeitos mais danosos aos enfermos e doentes.
FONTES DE PARTICULADOS
Aspecto da partícula de coque

Aglomerado de fuligem
EFEITO NA VISIBILIDADE

Fonte: Air Pollution Control Engineering. (Nevers,n. 1995)


EFEITO NA VISIBILIDADE

Ji-Paraná – Rondônia

Dia limpo Dia poluído


AS PROPRIEDADES FÍSICAS,
QUÍMICAS E ÓPTICAS DOS
AEROSSÓIS
Um grande número de propriedades dos aerossóis é importantes para descrever o seu
papel nos processos atmosféricos,

E NO MONITORAMENTO DAS INDUSTRIAS PARA CONTROLE AMBIENTAL


E APLICAÇÃO DO GERENCIAMENTO AMBIENTAL, NO PLANO DE
GESTÃO AMBIENTAL DE UMA EMPRESA.

• Concentração,
• Massa,
• Tamanho,
• Composição química
• e Propriedades ópticas.
DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO

O estudo da distribuição de tamanho dos aerossóis é importante pois…

• Tempo de residência atmosférico, efeitos ambientais (formação de nuvens,


efeitos na saúde, degradação da visibilidade).

• Identificação das propriedades químicas e ópticas, fontes de origem e danos a


saúde humana.

• As variações na distribuição de tamanho dos aerossóis fortemente influenciam as


propriedades radiativas dos aerossóis.

• O tamanho do particulado é um parâmetro importante no projeto de


equipamentos de limpeza industrial
DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DOS PARTICULADOS E EQUIPAMENTOS DE
LIMPEZA
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS AEROSSÓIS
Composição química Fontes
elementar
Material carbonáceo Partículas de fuligem primárias emitidas durante os processos de combustão e
material orgânico secundário formado na atmosfera. Queima de combustíveis
fósseis em motores de combustão interna e queima da biomassa. Partículas
emitidas: carbono orgânico e principalmente carbono elementar (black carbon).

Sulfato Aerossol secundário formado pela conversão do vapor do ácido sulfúrico,


devido à oxidação atmosférica do SO2 e seus precursores (sulfato dimetil) para
sulfato.

Nitrato Aerossol secundário formado pela conversão do vapor de ácido nítrico, devido à
oxidação atmosférica do N2 para nitrato.

Amônia Aerossol secundário proveniente das emissões de amônia, principalmente na


agricultura, que reage na atmosfera com ácidos sulfúricos e nitratos. Está
presente na atmosfera principalmente como sulfato amônia e nitrato amônia.

Magnésio e compostos de sódio Proveniente do sal removido do gelo de rodovias e principalmente do spray
marinho.
Potássio e compostos de cálcio Associados com rochas e solos e entram na atmosfera principalmente por
processos de re-suspensão e erosão.
Cloro As principais fontes são o sódio e o sal-marinho. Pode também ser originado
durante a queima de carvão e processos de incineração.
Material biogênico Emitido de fontes biológicas. A vegetação florestal é a principal fonte. Composta
de diferentes partículas: polens, bactérias, esporos, fungos, algas, etc.
Limites permitidos para partículas suspensas

ATÉ A DÉCADA DE 60

PST (particulado suspenso total)


< 240 µg/m3 para 24 horas
< 80 µg/m3 – média anual
Técnica de medida: filtração simples + gravimétrica

A PARTIR DA DÉCADA DE 70

Partículas Respiráveis – MP10


< 150 µg/m3 para 24 horas
< 50 µg/m3 – média anual
Técnica de medida: filtração seletiva + gravimétrica.

CONSEQUÊNCIAS DIRETAS

Desenvolvimento acelerado de técnicas e equipamentos para limpeza


secundária de gases →aqueles capazes de remover partículas com dp < 10
µm. Desenvolvimento de equipamentos para medida de tamanho de partículas
entre 30 e 0,5 µm.
A PARTIR DE 2000

Partículas Respiráveis de Alto Risco – MP2,5


< 50 µg/m3 p/ 24 horas
< 15 µg/m3 – média anual

Técnica de medida: separação seletiva +


gravimétrica?

CONSEQUÊNCIAS DIRETAS

Limpeza terciária de gases?

Desenvolvimento de equipamentos para medida de


tamanho de partículas para a faixa de tamanho
abaixo de 1,0 µm?
PADRÕES DA QUALIDADE DO AR
Os padrões de qualidade do ar definem legalmente o limite máximo para a
concentração de um poluente na atmosfera, que garanta a proteção da saúde e do meio
ambiente.
Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos
produzidos por poluentes específicos e são fixados em níveis que possam propiciar uma
margem de segurança adequada.

Os padrões nacionais foram estabelecidos pelo IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio


Ambiente e aprovados pelo CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente, por meio
da Resolução CONAMA 03/90.

São estabelecidos dois tipos de padrões de qualidade do ar: Os primários e Os


secundários.
São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de poluentes que,
ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Podem ser entendidos como
níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se
em metas de curto e médio prazo.
São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações de poluentes
atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da
população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio
ambiente em geral. Podem ser entendidos como níveis desejados de concentração de
poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo.
Os Padrões de Qualidade do ar serão o objetivo a ser atingido mediante a estratégia
de controle fixada pelos padrões de emissão e deverão orientar a elaboração de
projetos de controle de poluição.

A lei número 8490 CONAMA (1990) estabelece os seguintes padrões de qualidade do


ar para poluentes particulados:

I - Partículas Totais em Suspensão


a - Padrão Primário
concentração média geométrica anual de 80 m/m3 de ar:
concentração média de 24 horas de 240 m/m3 de ar:

b - Padrão Secundário
1 - concentração média geométrica anual de 60 m/m3 de ar:
concentração média de 24 horas de 150 m/m3 de ar, que não deve ser excedida mais
de uma vez por ano.

II - Partículas Inaláveis
a - Padrão Primário e Secundário
1 - concentração média aritmética anual de 50 m/m3 de ar:
2 - concentração média de 24 horas de 150 m/m3 de ar, que não deve ser excedida
mais de uma vez por ano.
Tabela - Padrões de qualidade do ar para material particulado emitido por fontes fixas
segundo Resolução CONAMA nº 382 de 26/12/06

Fonte fixa de emissão Particulado (mg.(Nm-3))


Geração de calor a partir da combustão externa de óleo combustível
Menor 10 MW 300
Entre 10 e 70 MW 250
Maior que 70 MW 100
Geração de calor a partir da combustão externa de bagaço de cana de
açúcar
Menor 10 MW 280
Entre 10 e 75 MW 230
Maior que 75 MW 200
Geração de calor a partir da combustão externa de derivados da madeira
Menor 10 MW 730
Entre 10 e 30 MW 520
Entre 30 e 70 MW 260
Maior que 70 MW 130
Processos de fabricação de celulose
Fonte: Dias (2008)
Caldeira de recuperação e forno de cal 100
Indústria de cimento
Fornos, resfriadores, ensacadeiras e moinhos 50
• Recentemente, em 25 de maio de 2011 o órgão CONSEMA – Conselho
Estadual do Meio Ambiente, aprovou um novo relatório para padrões de
qualidade do ar, até então regulamentada por legislações ambientais do Estado
e da União, respectivamente, de 1976 e de 1990, neste documento fica
estabelecido que os dados gerados na avaliação de poluentes provenientes de
estações de monitoramento deverão considerar as características da região em
que estão estabelecidos.

• Juntamente seguindo as normas da CETESB, essas estações deverão coletar


dados com uma escala de representatividade espacial de uma ou mais
categorias: microescala, média-escala, bairro e urbana.
BIOMASSA – ENERGIA- POLUIÇÃO

• A queima de biomassa emite uma mistura complexa de gases e particulados na atmosfera.

• Pode-se destacar que outros gases CO, CO 2, N2O e CH3Cl também emitidos contribuem para o agravamento do
problema do efeito estufa.

• O maior percentual de aerossóis produzidos pela queima de biomassa é de partículas com dp  2,0m, em proporção de
aproximadamente 90% (EPA, 1998)

• A queima de biomassa emite uma vasta variedade de compostos gasosos e particulados com significativa implicação
nos ciclos atmosféricos.

• Logo, a quantificação desta emissão é essencial para predizer impactos ambientais.

• Apesar de vários estudos científicos nesta área nas últimas décadas, emissões globais e regionais de alguns desses
compostos ainda não são bem conhecidas.
MÉTODOS DE AMOSTRAGEM DE MATERIAL PARTICULADO
Amostragem do ar ambiente para monitoração da qualidade do ar

O objetivo é a determinação da concentração do ar público, ou monitoração


ambiental, geralmente para verificar se a concentração dos poluentes encontram-
se dentro de padrão primário e secundário.

Amostragem na fonte

O objetivo é a determinação de taxas de emissão de uma fonte poluidora.

No caso de processos que envolvem, por exemplo combustão, a taxa de


emissão de partículas na atmosfera pode ser feita com medidas em loco em
chaminés, determinando a concentração das partículas no gás efluente e
vazão do mesmo:

A partir da taxa de emissão é possível verificar se o processo apresenta fator de


emissão compatível com o programa de controle para atender os padrões
estabelecidos para qualidade do ar.
Quando se realiza uma amostragem de partículas na atmosfera três tipos de
informações são requeridas: a concentração mássica, o tamanho e composição
das partículas
Cálculo da Concentração de Material
Particulado (mg/Nm³)
m particulado
C (1)
Vcoletado

Sendo:
C – Concentração de material particulado, mg/Nm³
mparticulado – massa do material particulado coletado, mg
Vcoletado – Volume de gás coletado na amostragem nas condições padrão,
Nm³

149
Cálculo da Taxa de Emissão (Kg/h)

TE = C . QNBS (2)

Sendo:
TE – Taxa de Emissão de Material Particulado, Kg/h;
C – Concentração de material particulado no fluxo gasoso,
mg/Nm³;
QNBS – Vazão do fluxo gasoso no estado padrão, Nm³/h.
Medição de Poluentes Atmosféricos
Para planejamento deste tipo de
amostragens são necessárias várias
informações

Onde será executada a medição;

Onde será localizado os orifícios na


seção transversal da chaminé para
introdução da sonda;

Onde construir uma plataforma com


cobertura, eletricidade e segurança no
ponto de medição.
AMOSTRAGEM DO AR EM DUTOS

A amostragem em fonte estacionária (chaminé ou duto) consiste num


trabalho experimental utilizado para avaliar as características dos fluxos
gasosos emitidos por um processo qualquer.

Quando falamos sobre "uma amostragem" temos intrinsecamente a idéia


de uma fração representativa do fluxo gasoso, portanto, constituindo-se de
uma maneira geral, na coleta de parte do material particulado e/ou gasoso
sob condições específicas.

A realização destas amostragens é regida por uma série de normas


regulamentadas que atendem tanto as exigências dos órgãos de
fiscalização com vistas ao controle da poluição como também, um estudo
para avaliação de processo.
AMOSTRAGEM DO AR EM DUTOS

•A amostragem em si é um elo de uma cadeia que reúne passos


importantíssimos antes e depois da mesma.

•A técnica de escolha do local de amostragem,


•Periodicidade da amostragem,
•O número de pontos a serem amostrados,
•A determinação do equipamento a ser empregado,
•O procedimento de coleta,
•A caracterização do fluxo gasoso da chaminé,
•Técnicas de laboratório de análise a serem empregadas constituem
outros elos desta cadeia.
OBJETIVO DA AMOSTRAGEM
Procedimentos preliminares da amostragem
Sistemas de amostragem: equipamentos menos sofisticados que os analisadores,
tem a finalidade específica de retirar a amostra do processo ou da chaminé que,
após um beneficiamento, é levada para análise;

Tem o papel de transformar o fluxo gasoso impróprio para a análise em uma


amostra representativa e mensurável; sem o sistema de amostragem as análises de
concentração de poluentes não poderiam ser realizadas.
Analisadores: instrumentos que operam na maioria dos casos de forma automática
e que tem a finalidade de amostrar e analisar a concentração de um ou mais
poluentes a partir de uma amostra; são equipamentos sofisticados e normalmente
caros.
A aplicação incorreta de um sistema de amostragem irá repercutir
negativamente na análise da amostra, visto que existe uma infinidade de
gases, materiais e processos diferentes para as quais apenas determinados
sistemas de amostragem são recomendados (Passos et al,1999)

Um sistema de amostragem deve realizar as seguintes funções mínimas:

· retirar uma amostra representativa;

· transportar de forma segura e rápida a amostra até a analisador;

· ter um acondicionamento seguro da amostra;

· permitir a entrada de gases padrão para aferição;

· transportar a amostra do analisador até o ponto de descarga.


 A captação da amostra representativa é fundamental pois dentro da
chaminé ou de um processo podem ocorrer heterogeneidades espaciais
da concentração do elemento que se está querendo analisar.

•Isto se dá principalmente pela estratificação do gás junto às paredes do


duto em função de velocidades baixas de fluxo (camada limite laminar)

•É por esta razão que se recomenda empregar o sistema de amostragem


múltiplo (em vários pontos) e repetido normalmente por três vezes.
OPACÍMETRO PARA MONITORAMENTO CONTÍNUO DE PARTÍCULAS.
SISTEMA DINÂMICO AVANÇADO COM CONTROLE MICROPROCESSADO
Estes monitores são sistemas de medição
ópticos, microprocessados, que usam uma
técnica dinâmica de sensoriamento para medir a
taxa de mudança da luz (opacidade dinâmica)
das partículas que passam por um feixe de luz.

Esta técnica comprovada praticamente superam


os problemas de sujeira nas lentes associados
com os opacímetro tradicionais. Atende aos
requisitos europeus de monitoramento e permite
o monitoramento contínuo em grandes chaminés
de processos de combustão, precipitadores
eletrostáticos e outros tipos de filtros.
Alguns equipamentos de uso industrial para a
amostragem de material particulado encontrados
comercialmente.

ANALISADOR DE PARTÍCULAS
Combina, no monitor, a unidade de
controle e o sistema de registro.

Monitoramento QUANTITATIVO
contínuo em mg/m³ com registro das
tendências de acordo com os
requisitos da EPA (1990).

Permite conexão com PC ou


impressora para transferência dos
dados e geração de relatórios.
Esquema do Trem de Amostragem

168
COLETOR ISOCINÉTICO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS
PARA DUTOS E CHAMINÉS

Para amostragem, em dutos e chaminés, de


material particulado, SO2, névoa de ácido
sulfúrico, fluoretos, amônia e outros.

Atende às normas em vigor no país (ABNT,


FEEMA, CETESB) e nos EUA (US EPA).

Em caixa de aço inox polido.


A sonda é aquecida e fornecida com 5
boquilhas. Com um tubo pitot e termopar
acoplados. Com comprimento de até 3,5 m,
pode ser fornecida com extensão flexível com
comprimento padrão de 5,0 m.

A caixa quente, com isolação térmica, permite


aquecimento de até 180 °
Projetado para a coleta de partículas no
interior de duto e/ou chaminé de fontes
estacionárias.
Atende aos Métodos 17 da US EPA e
Método NBR 12827 da ABNT.

A forma de dedal permite uma área


máxima de coleta para um furo mínimo
na chaminé.

De inox 316 e com o-ring de borracha,


é próprio para coletas em temperaturas
de até 250 °C.

Utiliza filtros dedal de fibra de vidro, de


quartzo e de celulose.
EQUIPAMENTO E ACESSÓRIOS

• Tubo de Pitot “S” (Stausscheibe)


• Boquilha
• Sonda
• Termopar
• Extensão Flexível
• Caixa Quente
• Caixa Fria
• Bomba de Vácuo
• Caixa de Controle
boquilha – ponto de tomada da amostra que proporciona a igualação entre a
velocidade do fluxo do gás na chaminé e a velocidade da amostra;
· sonda de amostragem – parte introduzida na chaminé onde é afixada a
boquilha;

· tubo “pitot” – medidor do fluxo de vazão do gás;

· caixa porta filtro – também chamada de “caixa quente” onde é afixado o


elemento filtrante da amostra;

· sistema de suporte da caixa porta-filtro e da sonda – sistema na maioria das


vezes monotrilho ou de duplo cavalete e anteparo, que serve para empurrar o
conjunto sonda caixa porta filtro em direção à chaminé;

· caixa fria ou balde de vidraria – coletores dedicados a absorção, condensação


e reações químicas;

· cordão umbilical – conjunto de fiações, tubos e mangueiras atados uns ao outro;


· caixa de controle – centro do sistema de amostragem, contendo uma bomba de
vácuo, orifício calibrador, gasômetro e um manômetro;
· coletor da amostra – sistema de filtros para partículas (filtros de cerâmica, papel
ou fibra
Tubo de Pitot “S”
O pitot "S" é um medidor secundário e deve ser calibrado contra um pitot
padrão. Desta forma este pitot terá sempre um fator de correção para as
medidas de pressão (Cp = coeficiente do pitot).

Tubo de Pitot “S” e Manômetro Inclinado


Boquilha – Bocal de parede fina

Componente intercambiável da sonda, por onde é captado uma alíquota do


fluído gasoso contendo o material particulado e/ou gases a serem
analisados.

A escolha ou especificação da boquilha, também, deve ser


definida em função das características dos gases e da fonte a ser
amostrada.

As boquilhas, ou em alguns casos bicos, podem ser de


metal (aço inox 316) ou de vidro, possuindo diâmetros variados,
normalmente oferecidos nas dimensões de 4 a 12 mm.
Escolha dos Pontos de Amostragem
AMOSTRAGEM ISOCINÉTICA
Material Particulado - Na amostragem do material particulado presente nos
gases de exaustão das chaminés emprega-se a amostragem isocinética,
conforme já mencionado.

A velocidade da amostra tem que corresponder exatamente à velocidade do


fluxo de gás dentro da chaminé. Caso contrário a amostra não será
representativa. Na amostra, é introduzida uma sonda de aspiração em um
local previamente determinado provido de bocais em uma plataforma de
amostragem.

O aparelho que faz este tipo de amostragem é o trem de amostragem para


partículas e é provido de um medidor de vazão, um regulador de vazão e um
filtro.

No Brasil existem dois procedimentos de referência para a monitoração de emissões


aéreas por fontes estacionárias de combustão: o método FEEMA e o método
CETESB.

O método FEEMA de amostragem, bem como o método CETESB de são bastante


semelhantes e baseiam-se no conjunto de métodos da Agência de Proteção Ambiental
dos Estados Unidos – EPA.
Infra-Estrutura Básica Requerida

· Locação dos pontos de amostragem (furos);


· Construção ou fixação de plataforma para amostragem;
· Instalações elétricas, 110V, 15A;
· Instalação de dispositivos de proteção e segurança para o
pessoal e equipamentos a serem utilizados;
· Gelo, fita de vedação, estopa, ferramentas, dentre outros.

Metodologia de Análise
– Definição da Locação dos pontos para Coleta
– Definição do Número de Pontos a ser Amostrado
– Determinação da Velocidade e Vazão dos Gases
– Determinação da Massa Molecular e do Excesso de Ar
– Determinação da Umidade do Gás Efluente
– Coleta de Material Particulado e Gases
O método FEEMA é aqui resumido e envolve os seguintes aspectos:

· Instalações necessárias para amostragem em chaminé

A distância vertical entre a plataforma e os orifícios deve ser de 1,5 metros.

A plataforma de amostragem deve ter 1 m de guarda corpo e pelo menos 2 m de


distância horizontal da parede da chaminé. Devem existir fontes elétricas na
plataforma e na base da chaminé (115 V, 20 A, monofásico, 60hz de corrente
alternada).

Aspectos de Segurança
Todo o trabalho deverá ser submetido a uma análise de
risco.

A utilização de andaimes, plataformas ou similar para a


instalação dos equipamentos e pessoal deverá seguir
normas e procedimentos de segurança
Parâmetros a Serem Avaliados

• Os parâmetros a serem amostrados e/ou medidos, tais como: material


particulado, gases, vapores, temperatura, pressão, vazão, velocidade,
umidade, dentre outros, deverão estar em conformidade com as normas e/ou
metodologias aprovadas.

• Uma vez definida a viabilidade da amostragem, e conhecendo-se as condições


operacionais definimos então o procedimento analítico.

• A amostra a ser coletada deverá ser representativa e estável para os devidos


tratamentos no laboratório.

• A representatividade da amostra e da análise estão atreladas, sendo de igual


importância.
Definição da Locação dos Pontos para Coleta

A norma CETESB L 9.211 fixa as condições para


a determinação dos pontos de amostragem numa seção
transversal de um duto ou chaminé. As condições de
aplicação são:

· Conhecimento do fluxo dos gases;


· Fluxo não ciclonado (escoamento laminar);

· Diâmetro interno (Di) da fonte inferior superior ou


igual a 0,30 m ou área da seção transversal (Ac) maior
ou igual a 0,070 m2;

· Locação dos pontos de amostragens entre 2D a jusante


da última alteração do fluxo e a 0,5D a montante da
próxima modificação da seção reta.
Definição da Locação dos Pontos para Coleta (continuação)

Para seções retangulares utiliza-se o diâmetro equivalente segundo a


fórmula:

2xCxL
Deq = -------------- onde, C = Comprimento
C+L L = Largura

Fluxo ciclônico ou ciclonado é aquele que não possui um vetor velocidade


definido. As linhas do fluxo não são paralelas ao eixo longitudinal do duto
na chaminé.
Definição do Número de Pontos a serem Amostrados
Na condição ideal onde a
locação do ponto encontra-se Condição Ideal Condição Crítica

entre os 8Di a jusante e 2Di a D i D i

montante das modificações


numa seção reta, adota-se o 4"
4" 2D 0,5D
seguinte: i i

- 8 (oito) pontos para diâmetro


interno (Di) entre 0,30 a 0,60 m;
2,0D i

8D i

-12 (doze) pontos para


diâmetro interno (Di) maior 0,60
m;

- Fora das condições ideais

4"
e dentro das condições limite
mede-se as distâncias 90º
4"

posterior e inferior (na seção


D i >= 0,30 m
reta) da locação dos pontos e
Seção Transversal
converte-se estas distâncias
em número de diâmetros
Para BS 3405 (1983) a amostragem pode ser efetuada com 4 ou 8 pontos
de amostragem localizados em 2 ou 4 linhas de amostragem e os pontos
vão do centro de 4 ou 8 áreas iguais.
Se a área do duto exceder 2,5 m2 no plano de amostragem ou se a razão
do mais alto valor para o mais baixo valor da medida de Pitot estático no
duto exceder 4:1 (ou a razão da velocidade do gás exceder 2:1), oito
pontos de amostragem devem ser usados.
A localização dos pontos de amostragem pode ser determinada a partir
das dimensões internas do duto.

Pontos de Distancia da
Amostragem parede
a 0.065 D
b 0.250 D
c 0.750 D
d 0.935 D
Na seção circular uma vez definido o
número de pontos eles devem ser
dispostos sobre dois diâmetros
perpendiculares (metade em cada
diâmetro).

As disposições dos pontos dentro da


seção circular é calculada baseando-
se na tabela 1 que considera a
porcentagem do diâmetro da fonte a
ser amostrada.

Obs.: A distância mínima entre um •Caso o diâmetro da boquilha seja


ponto e a parede do duto deve ser: maior que a distância mínima passa a
D > 0,60 m ser no mínimo igual ao diâmetro da
distância >= 2,5 cm boquilha.

0,30 < D < 0,60 m •Na seção retangular uma vez definido
distância >= 1,5 cm o número de pontos da seção
transversal, firma-se da tabela 1 a 2 a
matriz para a configuração da malha.
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE
As normas encontadas para a realização destes testes podem ser:
NBR 9547/86 - Material particulado em suspensão no ar ambiente - Determinação
da concentração total pelo método do amostrador de grande volume - Método de
ensaio,

NBR 10736/89 - Material particulado em suspensão na atmosfera - Determinação


da concentração de fumaça pelo método da refletâcia da luz Método de ensaio.

NBR 12065/91 - Atmosfera - Determinação da taxa de poeira sedimentável total -


Método de ensaio.

NBR 13412/95 - Material particulado em suspensão na atmosfera -


Determinação da concentração de partículas inaláveis pelo método do amostrador
de grande volume acoplado a um separador inércia de partículas - Método de
ensaio

Os principais equipamentos utilizados para amostragem de particulados na atmosfera são:

1-Amostradores de grande volumes AGV - 1000 lpm


2 -Amostradores de pequenos volumes APV 10 -20 lpm
3 -Amostrador tipo "dichotomous”
4 -Impactador de cascata
5- Contadores de partículas
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE

Amostradores de grande volumes AGV - 1000 lpm

Este equipamento consistem de um


motor-aspirador, que suga o ar através
de um meio filtrante no qual o
material particulado é retido, com
uma vazão aproximada de 1000 litros
por minuto. Este equipamento de
coleta PST é considerado método de
referencia da legislação brasileira,
norte americana o qual atende as
normas de outras instituições como a
ABNT, CETESB, FEEMA.
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE

Amostradores de grande volumes AGV - 1000 lpm

Após 1987 com a promulgação do


novo padrão de qualidade do ar
PM10 estes equipamentos ganharam
um implemento que consiste de
entradas de ar que fracionam o
material particulado no diâmetro de
corte determinado
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE
Amostradores de pequenos volumes APV 10 -20 lpm

Consistem de bombas de vácuo de baixa vazão, que conseguem manter uma vazão média de
16,7 litros por minuto durante o período de amostragem de 24 horas, mesmo com perdas de
carga significantes.

Possuem a capacidade de coletar partículas finas e grossas separadamente, sendo assim


preferencialmente utilizados em estudos de modelagens de receptores, porque a separação
discrimina as partículas que possuem diferentes tempos de residências.

Adequado para a verificação de


padrões de higiene industrial e de
possíveis fontes poluidoras;
Para faixa de vazão em torno de
0,2 m³/min;
Utiliza filtros circulares de fibra
de vidro com 10 cm de diâmetro
(com opção para filtros
retangulares de 20 x 25 cm);
HAND VOL
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE

Amostrador tipo "dichotomous"

Este equipamento contém bombas a vácuo e


manômetros e no segundo plano a armação de
amostragem. Na parte superior da armação nota-se
a entrada para a amostragem, que possui um
impactador inercial que separa o PM10 e TSP.
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE
Impactador de Cascata
Estes equipamentos consistem de câmaras de impactação inercial multiestágio. Cada estágio
seqüencial o fluxo é impedido sobre as placas de impactação onde o material particulado com
um diametro de corte determinado é coletado.
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE

IMPACTADO DE CASCATA
As partículas em suspensão entram no impactador através de fendas paralelas no primeiro
estágio, onde as partículas com diâmetro maior que o ponto de corte deste (7,2 µm) impactam
no substrato de coleta.
O fluxo de ar passa então através das fendas do substrato de coleta, acelerando ao
atravessarem as fendas mais estreitas do segundo estágio.
Enquanto isso, as partículas que não ficaram retidas no primeiro estágio e com diâmetro maior
do que o ponto de corte do segundo estágio (3,0 µm) impactam no segundo substrato de coleta.
E assim por diante.
A largura das fendas é constante para cada estágio de impactação e vai se reduzindo para cada
estágio sucessivo, de modo que as partículas com diâmetros decrescentes, eventualmente
adquirem inércia suficiente para impactar nos sucessivos substratos de coleta.
Após o último estágio de impactação, as partículas finas restantes são coletadas no filtro de
back-up do amostrador de grande volume.
Os substratos de coleta e o filtro de back-up são pesados antes e após a amostragem, tendo em
vista a determinação da distribuição dos tamanhos das partículas.
Visto que todas as partículas são coletadas, o impactador também fornece a concentração
mássica total das partículas.
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE
FILTROS

O meio filtrante (filtros) é também muito importante na amostragem ambiental. Este devem
possuir:

•estabilidade mecânica e química,


eficiência de coleta,
capacidade de carga,
serem resistentes ao escoamento,
ter compatibilidade com os métodos analíticos pós coleta.
Os filtros podem ser:

•fibrosos, com membranas porosas e poros definidos.

Gravimetria: A obtenção da concentração de material particulado suspenso é obtido pela


vazão de amostragem do equipamento e o tempo de operação, assim tem-se o volume.

A subtração das massas do filtro pós e pré-coleta resulta na massa de material


particulado amostrado que dividido pelo volume total amostrado determina a
concentração médio no período de amostragem em micrasgrama/metro cubico.
MATERIAL PARTICULADO - AMOSTRAGEM DO AR AMBIENTE
ANÁLISE E MEDIDAS DE POLUENTES PARTICULADOS

Com a amostra do material coletado no equipamento coletor pode-se determinar o tamanho, a


concentração e a composição química do material particulado disperso no ar.

Se o coletor é do tipo filtro, o material particulado coletado sobre a superfície do filtro pode ser
análisado em termos de sua distribuição de tamanhos, usando se técnica específica: pipeta de
Andreasen, sedígrafo, microscopia, medidores a laiser - Galay, Malver Mastersize...

Entretanto, esse procedimento de analisar material coletado sobre filtro pode levar a alguns erros
na distribuição obtida principalmente se o material é aglomerável

Muitas vezes o equipamento coletor é tal que possibilita que as partículas sejam coletadas e ao
mesmo tempo classificadas em diversas faixas de tamanho, permitindo dessa forma obter a
concentração de partículas para diversos tamanhos de sua distribuição. Exemplo disto é o uso de
impactadores de multiestágio, cada estágio remove partículas de faixa de diâmetros
progressivamente menores.

Na amostragem do ar industrial ou ar ambiente além dos impactadores de cascata ou multiestágio


é muito comum a utilização de instrumento de análise direta que detecta partículas transportadas
pelo ar “in situ - contadores de partículas instrumentos a laser é de grande importância dentro
dessa categoria, apesar destes necessitarem de “suspensões diluídas”
CONTROLE AMBIENTAL APLICADO A
INDÚSTRIA

PROF. DRª. MARIA ANGÉLICA MARTINS COSTA


maria.am.costa@unesp.br
DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DOS PARTICULADOS
E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA
Geankoplis, J. G. Transport Process and Unit Operations, 1993.
Gomide, R. Operações unitárias, 1980. Mc Cabe. Unit operations, 1985.
Profa. Gisela Fátima Moraes Nunes
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php
EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA DE MATERIAL PARTÍCULADO

A limpeza de gás pode ser um processo caro, particularmente se desejarmos a


remoção completa de toda poeira, e um grande cuidado deve ser tomado na
seleção do equipamento mais econômico para o processo.

Os equipamentos de controle são classificados primeiramente em função do


estado físico do poluente a ser considerado. Em seguida a classificação
envolve diversos parâmetros como mecanismo de controle, uso ou não de água
ou outro líquido, etc.
Equipamentos de controle de material particulado:

Coletores secos
Coletores úmidos:
Coletores mecânicos inerciais e gravitacionais
torre de spray (pulverizadores)
Coletores mecânicos centrífugos (ciclones)
lavador ciclônico
Filtro de tecido (filtro-manga)
lavador venturi
Precipitador eletrostático seco
TABELA COMPARATIVA PARA O TIPO DE EQUIPAMENTO E A
EFICIENCIA

Tipo de equipamento Eficiência em %


Pó grosso Pó fino Pó superfino
Ciclone convencional 84,6 65,3 22,14
Ciclone de alta 93,9 84,3 52,3
eficiencia
Lavador venturi de 99,94 99,8 99,6
média eficiencia
Lavador Venturi de 99,97 99,9 99,3
alta eficiencia
Filtros de manga 99,97 99,92 99,6
com limpeza por
sacudimento
Filtro de manga com 99,98 99,95 99,8
limpeza por jato
pulsante
Precipitador 99,98 99,95 99,8
eletrostático
MECANISMOS DE COLETA
IMPACTAÇÃO INERCIAL: A impactação é um importante mecanismo de coleta
de partículas. A impactação representa a "batida" da partícula contra um obstáculo
que faz com que a partícula que estava em movimento diminua a sua energia e se
separe do fluxo gasoso que a transportava .

O controle de partículas por impactação é geralmente conseguido através de


pequenos obstáculos secos ou úmidos. O obstáculo úmido, em geral, são as gotas do
líquido de lavagem. Os obstáculos secos são de várias formas, como por exemplo,
cilíndricos, esféricos, chatos, elipsóidicos, etc.

INTERCEPÇÃO: A intercepção é um mecanismo de coleta que pode ser


considerado como um caso limite da impactação, pois representa o mecanismo de
coleta para as partículas que ao atingir o coletor (obstáculo) estejam a uma distância
igual ao seu diâmetro, ou seja, aquelas partículas que "raspam" o coletor

DIFUSÃO: O mecanismo de difusão torna-se mais importante a medida que o


tamanho das partículas diminui. Esse mecanismo de coleta não apresenta importância
para as partículas maiores que 1 µm em diâmetro. As partículas menores, em função
da sua energia térmica, estão em constante movimento, similarmente ao que ocorre
com as moléculas de um gás, fenômeno este chamado de Browniano
A CAMARA DE
SEDIMENTAÇÃO contém uma
câmara na qual a velocidade
do gás é reduzido e assim
aumentando o tempo de
residência das partículas
dentro da câmara e pela ação
da gravidade elas acabam
sendo coletadas.

As câmaras de sedimentação
usualmente apresentam
eficiência de 100 % na
A velocidade do gás na câmara deve ser remoção de partículas de
pequena para evitar a redispersão das diâmetros aproximados ou
maiores de 100 micras. Para
partículas deve ficar na faixa de 0,02- partículas finas a eficiência é
0,6 m/s até 1,5-3,0 m / s. muito baixa.
CICLONES são usados como pré-separadores e na remoção de partículas de
aproximadamente 20 micras.

Os ciclones são equipamentos clássicos de separação gás-sólido. São


constituídos por uma região cilíndrica acoplada a uma região cônica, e tem
como principais vantagens o baixo custo de construção e manutenção.

Nele o gás carregado de partículas entra tangencialmente numa câmara cilíndrica


e sai por uma abertura superior central denominada "overflow" As partículas
devido sua inércia, tendem a mover-se para as paredes do separador de onde são
conduzidas a base do equipamento

No ciclone, o gás carregado de pó entra tangencialmente na


câmara cilíndrica ou cônica em alta velocidade (6-20 m/s), por
um ou mais de um ponto e sai por uma abertura central.
Dentro do ciclone as partículas experimentam na direção radial
dois tipos de forças opostas: a força centrífuga e de arraste. A
força centrífuga tende a empurrar partículas para as paredes
do ciclone enquanto a força de arraste age no sentido de
carregar as partículas junto com o gás na saída do ciclone.
Essas forças dependem do raio de rotação e do tamanho das
partículas; partículas com tamanhos diferentes giram em raios
CICLONES

A separação das partículas no interior do ciclone é


efetuada pela ação do campo centrífugo resultante da
configuração do equipamento.

Os ciclones oferecem um dos meios mais baratos de


coleta de poeira do ponto de vista da operação e do
investimento, sendo amplamente utilizados nas industrias
químicas, metalúrgicas, farmacêuticas, industrias
madeireiras, ... são equipamentos sem partes móveis, de
fácil inspeção e adaptáveis a uma larga faixa de
condições de operação.

Sua maior desvantagem é sua ineficiência de coleta


para partículas finas.

Eficiência quer dizer sua capacidade de retirar a maior


quantidade possível de partículas sólidas que entram no
equipamento dispersas na corrente de gás.

A eficiência de coleta de um ciclone é influenciada pelas


condições de operações, propriedades físicas do material
Estudos mostraram que um aumento na velocidade do gás, do diâmetro e
densidade da partícula levam a um aumento na eficiência de coleta.

Existem várias famílias de ciclones bem estudadas na literatura como: Laplle,


Stairmand, Niigas, Barth...

Para estes tipos de ciclones existe um equacionamento já estabelecido para


o projeto e análise do desempenho.

Os separadores podem ser classificados de acordo com


suas geometrias em:

-ciclone com entrada tangencial


e descarga axial

- ciclone com entrada axial


e descarga axial
Geralmente, as dimensões geométricas dos ciclones são colocadas em
formas de razões entre uma das dimensões (B, Z, L, H, Ds e J) e o
diâmetro da parte cilíndrica do ciclone Dc.

L = 2Dc ;
z = 2Dc;
Ds = Dc / 2 ;
J = Dc/4 ;
B = Dc/ 4 ;
H = Dc / 2

Quando o gás entra no ciclone, a sua


velocidade sofre uma distribuição, de
modo que a componente tangencial da
velocidade (vtR) aumenta com a
diminuição do raio, de acordo com a
equação:

.
A queda de pressão num ciclone e também a perda de carga são expressas de forma
mais conveniente em termos da pressão cinética nas vizinhanças da área de entrada
do ciclone.

As perdas estão associadas aos seguintes fatores:

-Atrito no duto de entrada;


-Contração / expansão na entrada;
-Atrito nas paredes;
-Perdas cinéticas no ciclone;
-Perdas na entrada do tubo de saída;
-Perdas de pressão estática entre a entrada e a saída.

Para dimensionar o ciclone podemos utilizar a relação empírica de Rosin, Rammler e


Intelmann, na qual o diâmetro de corte é calculado pela relação:
Na prática, o que se especifica no projeto é a eficiência de separação desejada para
partículas de um determinado tamanho. O diâmetro de corte de um ciclone depende
das propriedades do sólido, das propriedades do gás, do tamanho do ciclone e das
condições operacionais.

Em uma curva típica de eficiência para ciclones observa-se que a eficiência aumenta
rapidamente com o aumento do tamanho da partícula.
O diâmetro de corte (D’= Dcorte) especificado é o diâmetro no qual a metade da
massa das partículas alimentadas é retida.
Para o dimensionamento do ciclone é considerada a relação entre o diâmetro igual a
quatro vezes a largura da entrada (B=Dc/4) e um número de voltas da partícula (N)
igual a 5. Da equação proposta por Rosin e colaboradores, temos :
20m
FILTROS DE MANGA

A filtração é um dos métodos mais antigos e comuns usados para remover partículas
em fluxos gasoso.

O mecanismo básico da filtração consiste na passagem do gás sujo através de um


meio filtrante (tecido), onde as partículas vão se depositando e aderindo sobre a
superfície, permitindo somente a penetração pelos gases. Na passagem do gás através
do tecido cria-se uma queda de pressão.

O filtro é na verdade um simples obstáculo ao pó pois os poros do tecido são, em geral,


várias vezes maiores que as partículas coletadas.

O processo consiste de uma combinação de mecanismos de coleta .

No início da filtração, as partículas vão penetrando o meio filtrante e revestindo de pó


as fibras do tecido, formando um cake, ou torta, que constitui o meio filtrante definitivo
(tecido + cake). Esta deposição inicial de poeira ocorre em virtude de uma combinação
de mecanismos de coleta: - Separação inercial; Interceptação direta; Gravitacional;
Atração eletrostática; Difusão Browniana
Eficiência e queda de pressão versus vazão são importantes na filtração propriamente
dita. Ao atuar como um coletor de pó, o tecido promove uma inevitável queda de
pressão na linha.

Para uma dada velocidade do gás, a medida que a espessura da torta cresce, a
eficiência do filtro aumenta, como também aumenta a queda de pressão através dele,
sendo deste ponto de vista, indesejável a formação de uma torta muito grossa.

A operação ótima de uma filtração de pó é, um compromisso entre máxima eficiência de


coleta e mínima queda de pressão, para uma determinada velocidade do gás.
PROPRIEDADES DO FILTRO (tecido)
Para um bom funcionamento do filtro este deve ter:

Permeabilidade = o filtro deve ser suficientemente poroso para permitir uma


satisfatória vazão de ar a uma queda de pressão compatível com o processo.
Resistência mecânica = os filtros devem resistir as forças de tensão
causadas pela pressão diferencial nas salas de operação, por perturbações
mecânicas e por pulsação durante os processos de limpeza.
Resistência a corrosão = o filtro deve resistir ao ataque e a ação química
entre as fibras e o material filtrado, especialmente se houver umidade.
Resistência ao calor = em alguns processos o filtro deve resistir a altas
temperaturas da exaustão dos gases. Cada filtro tem uma temperatura limite
definida.
Resistência a capacidade de limpeza = o filtro deve Ter uma textura de
superfície que favoreça uma rápida liberação da torta durante a limpeza.
Os filtros podem ser
classificados:
Atendendo a forma de
limpeza
De acordo com a direção do
fluxo de gás( do interior para
fora e vice versa)
Atendendo a localização do
ventilador.

FORMAÇÃO DA TORTA
O parâmetro mais importante do projeto é a relação
gás pano (relação ar pano) – é a relação entre o fluxo
volumétrico de gás e a área de pano nas mangas.
Gás/pano= Q/Afiltro = m/s
Existem 3 tipos de filtros de manga definidos conforme seu sistema de limpeza,
através de fluxo reverso, sacudimento e jato pulsante.

1 - LIMPEZA POR FLUXO REVERSO

Através de válvulas interrompe-se o fluxo de gás sujo e se faz passar um fluxo de ar em


sentido inverso. Este fluxo causa o colapso das mangas e separa o cake de pó do
interior das mesmas, que cai nos silos. O compartimento é então gradativamente
repressurizado, para as mangas retornarem a sua forma original.

As vantagens são:

Não sobretensiona os panos de fibra de vidro, simplicidade operacional e fácil


isolamento dos compartimentos.

Ar reverso: neste caso, as partículas se


desprendem do tecido pela inversão no
sentido do fluxo do ar. É mais utilizado
quando operado com baixas vazões
2-LIMPEZA POR SACUDIMENTO MECANICO
O pó depositado na superfície interna das mangas é retirado por
sacudimento mecânico. Recomenda-se para panos capazes de resistir as
tensões mecânicas.
Vantagem = Necessita menos energia para limpeza.
3 - LIMPEZA POR JATO PULSANTE

Neste caso o pó é retirado pela parte externa das mangas, pelo que estas são
reforçadas na parte interior com uma estrutura de arame. A limpeza realiza-se por
meio de um golpe (pulso) de ar a alta pressão, que expande violentamente a manga.
Este pulso pode ser obtido diretamente do tubo de distribuição de ar comprimido ou
acelerador por meio de tubos Venturi localizados na seção inicial das mangas ou
válvulas solenóides.

As vantagens são:

As mangas podem ser limpas on line, o que resulta em menor consumo de gás
comprimido, maior tempo de vida útil da manga e maior eficiência.

Este tipo de filtro é o equipamento que demanda o menor tempo de limpeza


sendo bastante utilizado na atualidade.

Os filtros de manga apresentam eficiência entre 90 a 99% de retenção de


pequenas partículas.
O precipitador eletrostático é um
equipamento para o controle de
particulados, que utiliza forças
elétricas para movimentar as
partículas desde o fluxo de gases
até os eletrodos coletores.

É o único no qual as forças de


remoção atuam somente sobre as
partículas e não sobre todo o
fluxo. Isto garante alta eficiência
de separação (99,5%) com uma
pequena queda de pressão no
gás (1,24 KPa)
Princípio de Operação –
Dá-se uma carga elétrica sobre as partículas, forçando-as a passar através de
uma corona (região de ionização do gás). O efeito corona é produzido pelos
eletrodos de descarga, mantidos com alta voltagem no centro do fluxo do gás.
Deposição das partículas nos eletrodos coletores e remoção dos mesmos por
sacudimento dos eletrodos ou lavagem com água.
Os tipos de
precipitadores são:
Precipitador de placa
de arame
Precipitador placas
planas
Precipitador úmido
PRECIPITADOR DE PLACA E ARAME
Esta configuração é utilizada numa ampla variedade de aplicações
industriais: caldeiras, para carvão, fornos de cimento, incineradores de
resíduos sólidos, caldeiras recuperativas de plantas de papel...

Neste precipitador e fluxo de gás passa entre as placas metálicas


paralelas. Os arames suspensos entre as placas constituem os
eletrodos de descarga de alta voltagem.
Os eletrodos recebem uma voltagem negativa (uma corona negativa
suporta uma voltagem maior do que a positiva antes que aconteça a
descarga).
Os íons gerados na corona seguem as linhas de campo elétrico desde
os arames até as placas coletoras.
Cada arame estabelece uma zona de carga através da qual passam as
partículas, absorvendo parte dos íon.
Precipitador placas planas
LAVADORES DE GÁS
O lavador de gás ou scrubber é um dispositivo no qual utiliza-se a separação de um
conjunto de partículas, ou um poluente gasoso, de um gás, por meio da lavagem do
mesmo com água, que na maioria dos casos é nebulizada para formar pequenas
gotas.
Os lavadores de gases podem se classificar em três grandes grupos:
Torres de nebulização
Instalação de leito empacotado
Lavadores Venturi
Os parâmetros principais são:
Relação líquido gás,Diâmetro de corte,Velocidade do gás, Queda de
Pressão e Consumo específico de eletricidade

Diâmetro de corte (dpc): Diâmetro das partículas que são separadas com 50 % de eficiência,
ou seja Efi = 0,5.
LAVADORES GASES ou Scrubber são dispositivos no qual se realiza a separação
de um conjunto de partículas, ou de gases poluentes do ar a ser liberado para a
atmosfera.
Os lavadores Venturi apresentam excelente desempenho na remoção de gases e
partículas, sendo amplamente usados em processos que envolvem partículas finas.

Lavadores de gases tipo Venturi são especialmente requeridos em situações onde a


eficiência de coleta para partículas de 1 m de diâmetro ou menor seja ao menos de
90%.
Ele consiste de 3 partes distintas:
Seção Convergente,
Garganta
Seção divergente
Exigido para eficiências
superiores a 90% para
partículas de 1 m;

-Velocidade do gás na
garganta entre 30 e
150m/s;

-Gotas variam entre 10 a


500m;
O gás com o contaminante ao fluir pela seção convergente é inicialmente acelerado
devido ao estreitamento da seção, atinge a velocidade máxima na garganta (45 a 80
m/s) e finalmente sofre uma desaceleração na seção divergente.

Dentre várias maneiras de injeção de líquido de lavagem no lavador Venturi, a forma


mais usual é por meio de bocais e orifícios fixados na garganta.

O líquido injetado nos bocais, ao passar pelos orifícios, assumem a forma de jatos.
Este jato líquido em contato com a corrente de gás a alta velocidade é atomizado, em
um fino “spray” com tamanhos de gotas variados.

Desta forma a área superficial do líquido aumenta, somado a alta velocidade do gás e o
escoamento turbulento, favorece a transferência de massa entre as fases gasosa e
líquida, e também a coleta de particulados pelas gotas.

O líquido injetado, seja na forma de jato na garganta ou próximo ao topo da seção


convergente na forma de um filme líquido, é atomizado pela alta velocidade do gás na
garganta do Venturi.
O lavador Venturi comparado com outros lavadores de gases e outros
equipamentos de limpeza apresenta certas vantagens e desvantagens. Algumas
vantagens seriam:

-Alta eficiência de coleta de partículas na faixa respirável (0,5 a 5,0 m). Nesta faixa
de diâmetro de partículas o lavador Venturi é tão ou mais eficiente do que outros
equipamentos de coleta.

-É um equipamento de estrutura compacta, ocupando um espaço menor na


instalação industrial.

-O líquido de lavagem pode ser reutilizado.

-Os contaminantes particulados e gasosos podem ser removidos simultaneamente.


Essa vantagem resulta em economia de recursos.

-A possibilidade de remover material explosivo, inflamável, pegajoso e aderente.


Tratando esse tipo de material com lavador Venturi o risco de operação é menor.

-Materiais corrosivos podem ser neutralizados selecionando apropriadamente o


líquido de lavagem.
As principais desvantagens seriam:

-Apresentam alto custo operacional.


-Requer o tratamento do efluente líquido, dependendo do contaminante.

-PARAMETROS DE PROJETO

-Para os lavadores Venturi os principais parâmetros de desempenho a se


considerar num projeto são a perda de carga total e eficiência de coleta.

-Estes parâmetros são expressos em função de variáveis de projeto, incluindo:

- a vazão de líquido,
-diâmetro das partículas a serem coletadas,
-dimensões físicas do equipamento, e
-também algumas características dos fluídos como a densidade, viscosidade.

-A eficiência de coleta é o principal parâmetro a ser estudado


experimentalmente.
Os fenômenos que influenciam a eficiência são:
a fração de líquido atomizada,
a distribuição inicial de tamanho,
concentração e velocidade das gotas dependem da geometria e das condições
operacionais dos lavadores Venturi,
Os sistema de injeção líquido.
A fração de filme e sua espessura são parâmetros importantes que afetam o
desempenho do lavador.

Perda de carga é um importante parâmetro relacionado a performance em lavadores


Venturi.
O custo com o consumo de energia decorrente da queda de pressão do gás é uma
desvantagem dos lavadores Venturi, e este parâmetro pode determinar as melhores
condições operacionais.
O conhecimento deste parâmetro é fundamental na otimização de lavadores Venturi, e
devido a sua importância a eficiência do lavador é freqüentemente apresentada na
forma de eficiência de coleta dividida pela perda de carga
Os principais mecanismos responsáveis pela
queda de pressão em lavadores Venturi:

Aceleração do gás: Na seção convergente o gás é acelerado, este


aumento de velocidade acarreta uma queda na pressão. Na seção
divergente ocorre a recuperação da pressão e a diminuição da velocidade.
Todavia, a pressão não é recuperada totalmente, devido a turbulência do
gás e o crescimento e separação da camada limite.

Aceleração das gotas: uma fração do líquido injetado no Venturi escoa


na forma de gotas mas uma parte deste adere as paredes formando um
filme líquido. As gotas possuem no início uma velocidade baixa em relação
ao gás, o que gera uma força de arraste, ou seja as gotas serão
aceleradas

Aceleração do filme: O filme líquido também é acelerado pelo gás, esse


consumo de energia também resulta em perda de pressão.

Atrito: O filme líquido possui uma superfície rugosa e ondulada o que


aumenta o atrito entre os fluidos.
10 a - Total
b - Aceleração das gotas
c - Aceleração do gás
8 d - Atrito
P (KPa)

6 a

4
A equação para a queda
b
de pressão, mostrada
2 c na Equação
d
0
2 Ql
0 0,4 0,8 1,2 1,6  P  1000 Vg th
Distância ao longo do Venturi (m) Qg

Os lavadores Venturi são usualmente divididos em três tipos


dependendo da queda de pressão:

Baixa energia, com p < 250 mm H2O (2,42 kPa)

Média energia, com 250 < p <500 mm H2O (2,42 a 4,49 kPa)
Alta energia, com p > 500 mm H2O (4,49 kPa).
1.3 –Eficiência de coleta
- Johnstone et al (1949) – teoria da Impactação Inercial:
 p .d 2 p .VG .C  1,65.10 7 
QL   C  1  
E  1  exp .(k . . ) 18.G .D
 d
 p


QG
0,5 0 , 45 1,5
58600     L   Q 
D .   597.  .1000. L 
VG   L    
 L   QG 

-Calvert et al (1977) – introduziu o fator empírico:


 2.QL .VG . L .D 
E  1  exp  F  , f  
 55.QG . G 
1   2f  0,7   0,49 
F  , f   . 0,7  2  1,4 ln    
2   0, 7   0,7  2f 
1.3 –Eficiência de coleta
- Leith e Cooper (1980)

 f  
2 C. p .d 2 p .PG
E  1  exp  0,124  N  N
18. 2 G
    

Estudos mais recentes como Viswanathan, (1998),


Azzopard (2000) e Gonçalves (2000) consideraram em
seus estudos experimentais: distribuição do fluxo de
gotas,
gotas penetração do jato líquido e tamanho das gotas
formadas,
formadas os quais são parâmetros que estão
relacionados com razão líquido-gás, velocidade do gás
na garganta e eficiência de coleta.
1.4 – Variáveis de processo

- Razão líquido-gás (L/G);


- Velocidade do gás na garganta (VG);
- Comprimento da garganta do lavador (LG);
- Penetração do jato líquido (l**).

L e G = densidades do líquido e do gás


 LV J
l * *  0,1145 .Dor VJ = velocidade do jato
 G VG
VG = velocidade do gás na garganta
Dor = diâmetro do orifício
Ilustração: Penetração do jato
líquido (l**).

Fonte: Martins Costa (2002)


RESULTADOS E DISCUSSÕES
- Eficiência Fracionária

Fig.4.11a. Eficiência Fracionária Fig.4.11a. Eficiência Fracionária


para velocidade do gás de 20 m/s para velocidade do gás de 24 m/s
e Lg= 117 mm e Lg= 117 mm
CASOS DE ESTUDO
Amostragem da Emissão de Material
Particulado em Ambientes Externos

BRUNO DE ARAÚJO LIMA


PROF. Drª MARIA ANGÉLICA MARTINS COSTA
brunolima@grad.itapeva.unesp.br
Materiais e Métodos
• Equipamentos
- DataRam4

 Nefelômetria;

 Range de diâmetro: 0 a 4,13μm;

 Range de concentração: 0 a 400mg/m³.


Materiais e Métodos
• Equipamentos
- Impactador de Andersen

 Gravimetria;

 Impactação inercial das partículas;

 Range de diâmetro: 0 a 10μm.


Materiais e Métodos
• Amostragens

Indústria;

Carvoaria Convencional;

Área Urbana;

Incêndio florestal.
Materiais e Métodos
• Amostragens
- Indústria

4
1
3
Materiais e Métodos
• Amostragens
- Indústria
Materiais e Métodos
• Amostragens
- Carvoaria Convencional
4
3
1

2
Materiais e Métodos
• Amostragens
- Carvoaria Convencional
Materiais e Métodos
• Amostragens
- Área Urbana
Materiais e Métodos
• Amostragens
- Incêndio Florestal
Resultados
• Carvoaria Convencional
- Dia 2
Resultados
• Carvoaria Convencional
- Dia 3
Resultados
• Área Urbana
- DataRam4
Resultados
• Área Urbana
- Impactador de Andersen
Real time sampling of particulate matter
smaller than 2.5 µm emitted by burning
biomass from the Amazon forest
Maria Angélica Martins Costa
João Andrade Carvalho Jr.
Edson Anselmo
Turíbio G. Soares Neto
Bruno Araújo Lima
Leonardo T.U.Kura
José Carlos Santos
Renato V. Rezende

Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA 2011 303
1. Introduction

Burning is a common practice and a low-cost procedure. It is used to prepare land


for cultivation and pasture throughout Brazil, including the Amazon region

Air pollution due to burning within the Amazon and without has caused many
problems, from serious damage to human health to negative impact on local and
global environments.

Monitoring the pollutants emitted into the atmosphere is an


important activity to assess the viability of a depollution project and
to establish the current status of parameters which define the
environmental pollution in a region, such as air quality (Silva, R.G.,
2006).

Those emissions are a regular source of several greenhouse304


Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011
gases, such as CO2, CH4, N2O, CO e NO2, and other
It is internationally accepted that we need to limit emissions and monitor pollutants
released into the atmosphere in order to minimize the negative effects of air pollutants.

Several researchers have been working on sampling pollutants present in the air during
burning activities.

Strand et al. (2010), carried out PM2.5 measurements in smoke clouds emitted in four
forest fires in United States using portable equipment such as DR4000 and compared
the data obtained in field and laboratory. The results showed that the equipment was
suitable and showed good agreement of the size distribution obtained in field and lab.

Hays, et al. (2005) and Hosseine et al. (2010) assessed the size distribution of particles
emitted in the process of biomass burning in controlled laboratory experiments. They
found out that diameter distribution of those particles, compared with the combustion
stage, ranged from 25 to 80 nm (flaming) and from 10 to 50 nm (smoldering).

Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 305


2. Objective

The goal of this study was the real-time


sampling of particulate matter smaller than
2.5 µm emitted in the process of forest
biomass burning in the Amazon.

Sampling was carried out in situ, 13 meters


above the flames.

Three sampling devices were used: 2


DataRAM 4 (DR-4000 model) and a Cascade
Impactor.

Three combustion stages were investigated:


ignition, flaming and smoldering. Image 1 – Geographic location of
burning land. Cruzeiro do Sul, a town in
Acre State in the Amazon Forest region, at
Sítio Belo Desejo.
306
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011
3. Procedure

This work is part of a theme Image 2


project authorized in:
Combustion of Tropical Forest
Biomass.

In this project several


researchers carried out their
experiments.

Stage 1 – Survey of meteorological data (humidity, rainfall,


wind direction, temperature, wind velocity,…).

These data were collected on site at a weather station for a


year.

Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 307


Stage 2 – Forest clearing - two hectares of burning land for the proper observation
of combustion efficiency

1 hectare = 10.000 m2
Image 3 – Biomass in dry process
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 308
Stage 3 – Biomass description – 5 months after clearing, humidity and biomass were
measured and the land was mapped and gridded.

Image 4 -Biomass characterization and estimation of biomass stock for


burning. Biomass around sampling tower
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 309
Stage 4 – Tower construction, installation of equipment and insulating boxes.

Image 5 – Sampling devices 13m above ground


level. Tower in burning land(left)
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 310
Stage 5 – Sampling of air prior to burning and assessment of air quality.

Image 6 – Tower and sampling equipments: ominidirectional probe, a cyclone dust pre-
collector and a temperature conditioning heater.
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 311
Stage 6 - Sampling of particulate matter emitted during burning in the Amazon to the
stages of combustion analysis – flaming and smoldering.

Image 7

Sampling of
pollutants
during stages
of flaming
and
smoldering

Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 312


The following devices were installed:
Two DR4000 units – DR4 is a dual- wavelength nephelometer which incorporates a
660nm-peak and an 800-nm peak lighting source. The system provides active air
sampling. Additionally, other accessories were used, such as an ominidirectional
probe, a cyclone dust pre-collector and a temperature conditioning heater.

That apparatus helped sample particulate matter smaller than 2.5 µm and free of
superficial water, eliminating the possibility of interference with size distribution.
Andersen Cascade Impactor - The impactor
comprises of 8 classification discs stacked one on top
of each other, consisting of nozzles and impact plates.
Sampling flow was 28.3 L/min; particle fractioning was
10.0 to 0.4 μm in diameter.

The excessively fine particles which did not reach the


last disc (flow chamber) were collected in the backup
filter.
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 313
4.Results This figure shows
particles ranging between
0.161 and 0.30 µm.

The two different graphs


for the DRs are due to
their position 2 meters
apart.

Air flow may fluctuate


from one position to the
other given that the
particulate matter follows
the streams of gaseous
flows.
Image 8 – Size distribution of particles. Sampled on 7 Sept
2010 using both DR4s
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 314
This figure compares
concentration of particulate
matter and sampling time.

The increase in concentration


along the time line indicates
an increase in the number of
burnings in the region.

It is important to emphasize
that those levels of
concentration are quite
harmful to human health,
given the particle diameter.

Image 9– Average concentration of particles smaller than Also, they affect particle
2.5 µm. Sampled on 07 Sept 2010 using both DR4s. optical properties.

Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 315


This figure shows that the
highest levels of
concentration are
associated with the
smallest particle diameters,
under 0.13 µm; and that the
sampled diameters are
smaller than 0.25 µm.

The numbers for diameter


and concentration agree
with current literature.
It is important to
underscore that the
numbers are high due the
Image 10- Comparison between particle concentration and intense burning activities in
diameters smaller than 2.5 µm. Sampled with DR1 on 7 Sept. that region on that day.

Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 316


Before burning starts, it is
possible to see that the
distribution of sampled diameters
is similar to that registered on 7
Sept.

Although the burning started


some distance away from the
tower, measuring started
immediately due to wind
direction.

When the flames reached the


biomass around the foot of the
tower, in the flaming stage, the
diameters registered were the
Image11 - Diameter distribution of particles in environmental smallest, 0.0398 to 0.0897 µm.
sampling with DR1 and DR2 on 09 Sept.
In the smoldering stage, there
was slight increase, between
0.19 and 0.23 µm
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 317
Considering that the
prevalent sampled diameters
observed were below 2.5 µm,
those concentration levels
registered during burning
activities are high and their
damage, evident.

In the flaming stage, after 175


minutes of sampling , the
concentration reached very
high levels, above
400,000µg/m3.

Image 12 - Concentration of particulate matter smaller The concentration of


than 2.5, sampled before burning activities with DR1. particulates drops along the
combustion process.

Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 318


The highest concentrations
registered are associated
with the smallest particle
diameters. A large amount
of ultrafine particulate
matter is released into the
atmosphere with the burning
of Amazon biomass.

Particles between 0.0347


and 0.1130 µm in diameter,
with concentration ranging
from 350,000 a
130,000µg/m3, were emitted.
Image 13– Concentration of particulate matter sampled The impact on health and
during burning activities compared with diameters of climate is significant within
particles emitted. Measurements from DR1 and DR2. that range.
Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 319
Stage F, which refers to the
range of diameters, was the
most influential when the
amount of particulate matter
collected was considered.

Actually, that is the back-up


stage, where the smallest
particles, ranging between 0.0
and 0.4 µm, are collected.

The gravimetric measurements


show a higher concentration of
fine particles, below 0.4 µm,
Image 14- Mass of particulate matter collected at each stage supporting the data collected by
of the cascade impactor. the researchers.

Pollution and Environment - Treatment of Air - 1. Word Conference PETrA2011 320


Biblioteca Pública Municipal
Profª Josina Vasques Ferrari

Localizada no município de
Itapeva-SP, a biblioteca está
instalada na Estação Cultura
Newton de Moura Muzel (figura
16 e 17).

Possui uma área total de 548 m²,


divididos entre o piso e dois
mezaninos, recebe em média 120
pessoas por dia.
Obrigado!

www.itapeva.unesp.br
mangelica@.itapeva.unesp.br
(15) 3524 9100

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