formação de mudas devem ser colhidas de plantas matrizes oriundas de cafezais produtivos e isentos de doenças. Construção do viveiro Feito com cobertura superior e lateral de sombrite (tela plástica), ou folhas de palmeiras ou ripado. Os recipientes (sacolas plásticas) utilizados no viveiro para mudas de seis meses são de 10 x 20 x 0,006 cm, devendo apresentar furos na sua metade inferior.
VIVEIRO Para enchimento dos recipientes recomenda-se o
substrato: 700 litros de terra (de preferência do subsolo), 300 litros de esterco de curral ou 80 litros de esterco de galinha ou 15 litros de torta de mamona, 5 kg de superfosfato simples, 0,5 kg de cloreto de potássio e 1,5 kg de calcário.
É importante tratar o substrato após a mistura
com brometo de metila para controlar pragas e doenças. Muda de semente – a semeadura pode ser direta nos recipientes ou em germinadores de areia.
A semeadura direta é a mais
usada e consiste em colocar duas sementes por vaso e após a germinação deixar apenas uma.
As mudas desbastadas
podem ser repicadas. Tratos culturais no viveiro – irrigação, tendo-se o cuidado de que não haja excesso nem falta de água;
adubação foliar nitrogenada após o
aparecimento do segundo par de folhas, em duas aplicações com intervalo de 21 dias, eliminação de ervas daninhas e controle químico de insetos e doenças quinzenalmente.
Manter as mudas a meia sombra
durante o desenvolvimento, retirando- a trinta dias antes do plantio para aclimatação. Mudas de estaca (clonal) – na formação de mudas por estaca é indispensável mantê-las em ambiente úmido principalmente no período inicial de enraizamento.
Neste sistema, as estacas são mantidas a
meia sombra em viveiros com microaspersão ou em estufins que devem ser instalados dentro de um viveiro.
As estacas podem ser enviveiradas nos
próprios recipientes plásticos. Os tratos fitossanitários, adubação e aclimatação das mudas são os mesmos dispensados para mudas a partir de sementes. Estacas – são obtidas de ramos ortotrópicos de matrizes selecionadas. Normalmente se obtém de 80 a 95% de pegamento no café conilon.
Na formação de mudas por
estaca recomenda-se a orientação de um técnico ou obtenção de mudas certificadas de viveiristas credenciados. PLANTIO Escolha da área – deve ser plana ou suavemente ondulada. Não é aconselhável o uso de terrenos com declividade acima de 18%. Preparo da área – a depender da cobertura vegetal da área (capoeira, culturas permanentes, pastagens ou culturas anuais)pode ser manual, mecânica ou mista. Em solos compactos a aração deve ser feita à profundidade de 20 a 30 cm. Espaçamento – depende de uma série de fatores: cultivar a ser plantada, equipamentos a serem utilizados, topografia da área e fertilidade do solo, entre outros. Os espaçamentos convencionais (abaixo de 2500 plantas/ha) variam de 1.5 a 2,5 m entre plantas e 3,0 a 4,0 m entre linhas. Coveamento – deve ser feito manual ou mecanicamente nas dimensões de 40 x 40 x 40cm, separando-se a terra mais fértil retirada da cova para misturar com adubo no momento do plantio das mudas.
Plantio das mudas – deve ser
realizado no período chuvoso com mudas de quatro a seis pares de folhas aclimatadas ao sol. É importante o uso de cobertura morta em volta da muda para manter a umidade do solo e reduzir a competição com ervas daninhas. CULTURAS INTERCALARES E ARBORIZAÇÃO
A cultura intercalar é importante como fonte
adicional de rendas durante os dois primeiros anos de formação ou de renovação do cafezal.
Culturas intercalares mais indicadas: feijão, milho,
soja, amendoim, arroz, abacaxi, batata doce e hortaliças. O número de linhas de culturas intercalares por rua de café depende da cultura a ser feita e do espaçamento do cafezal.
É imprescindível a adubação tanto da cultura
intercalar quanto do cafezal. A arborização ou sombreamento tem a função de atenuar os extremos climáticos no cafezal. O excesso de sombra reduz drasticamente a produção, por isso o sombreamento deve ser ralo visando cobrir no máximo 1/3 da superfície do terreno.
Para árvore de grande porte os
espaçamentos devem ser aproximadamente de 30 x 30 m. A consorciação de café com outras culturas perenes como no caso da seringueira, coco e abacateiro tem trazido benefícios no aumento da renda total do produtor quando realizada tecnicamente. TRATOS CULTURAIS Controle de ervas daninhas – pode ser feito através de capinas manuais, mecânicas, químicas (herbicidas) ou uma associação entre estas. O método de controle vai depender da topografia, tipo de solo, tamanho da lavoura, espaçamento, custos dos herbicidas, entre outros. Adubação - tanto no plantio como nos anos subsequentes deverá ser realizada de acordo com análise química de solo para orientar adequadamente a calagem e a adubação. Entretanto, informações obtidas durante anos em solos de baixa fertilidade sugerem as seguintes recomendações práticas: Adubação na cova – 150 a 200 g de superfosfato simples, 200 a 300 g de calcário dolomítico, 25 g cloreto de potássio, 5 a 10 litros de esterco de curral ou 3 a 5 litros de esterco de galinha. Adubação de cobertura – realizar no período chuvoso. O intervalo entre uma adubação e outra deve ser de 45 a 60 dias. Aplicar anualmente as seguintes doses por cova de plantio. 1º ano - 5 g N – 3 vezes, aos 2, 4 e 6 meses do plantio. - 10 g N e 10 g K2O – 2 vezes, aos 9 e 12 meses após o plantio. 2º ano - 15 g N, 4 g P2O5 e 15 g K2O – 4 vezes (junho/julho – setembro – novembro - janeiro/ fevereiro). 3º ano - 30 g N e 35 g de K2O – 4 vezes (junho a fevereiro). - 45 g de P2O5 – 1 vez, junto com a primeira aplicação de N e K2O.
Adubação Foliar – realizar duas a três vezes ao ano para corrigir
deficiências de micronutrientes. Deverá ser, sempre, realizada de acordo os resultados anuais de análises de solo e folha. Poda – é uma prática que requer muitos cuidados. É utilizada para corrigir o fechamento do cafezal, o qual provoca queda de produção, dificulta os tratos culturais e colheita. É também importante na eliminação de ramos pouco produtivos. A poda pode ser: de formação (2º a 3º ano), produção (a partir dos 3 anos) e poda de renovação (recepa da parte aérea da planta a uma altura de 20 a 40 cm do solo). COLHEITA E BENEFICIAMENTO Colheita – deve ser iniciada quando a maior parte dos frutos estiverem maduros. Em geral, quando se tem 70% dos mesmos na fase denominada de cereja. O café verde causa prejuízo quanto ao tipo e qualidade da bebida e interfere no valor do produto. A colheita no país é feita praticamente por derriça no pano ou no chão. Produção – rendimento do café Conilon (sacos beneficiados/ha) em lavouras bem conduzidas: 2º ano - 8 scs 3º ano - 25 scs 4º ano – 40 scs 5º ano – 60 scs. Beneficiamento – a secagem pode ser feita em terreiros ou com auxílio de secadores. A massa de café durante a secagem não deve alcançar temperatura superior a 45º C. A umidade ideal para armazenamento é de 13%. CLASSIFICAÇÃO DO CAFÉ