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Proteção de Sistemas Elétricos

Antônia Cruz
SISTEMA DE ENERGIA ELÉTRICA
É constituído por equipamentos e
materiais necessários para transportar a
energia elétrica desde a fonte até os
pontos em que ela é utilizada .
SISTEMA DE ENERGIA ELÉTRICA

• PERTUBAÇÕES E ANOMALIAS DE
FUNCIONAMENO  Afetam as redes
elétricas e seus órgãos de controle 
Qualidade do serviço e preservação das
instalações e equipamentos.
SISTEMA DE ENERGIA ELÉTRICA
Curto-circuito

• Trifásico;
• Bifásico;
• Bifásico-terra;
• Fase-terra
SISTEMA DE ENERGIA ELÉTRICA

• Comportamento de corrente de curto-circuito


• Transitória (assimétrica);
• Regime (simétrica)
SISTEMA DE ENERGIA ELÉTRICA
 As principais causas destas faltas são :

• Galhos de árvores que tocam os condutores;


• Falhas de isoladores (rachaduras, sujeira, maresia,etc.);
• Batidas de automóveis nas estruturas;
• Pequenos animais ao subirem nas estruturas (pássaros,
ratos , gatos, etc.);
• Descargas atmosféricas;
• Erros humanos (aterrar a linha durante uma operação de
manutenção e, depois, energiza-la sem desfazer o
aterramento);
• Outros
PROTEÇÃO DE SISTEMAS
ELÉTRICOS

• Objetivos:
- Assegurar, o melhor possível, a continuidade de
alimentação dos usuários.
- Preservar os equipamentos e instalações da rede.

Alertar operadores
Retirar de serviço a instalação
PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS
Objetivo: diminuir ou evitar risco de vida e
danos materiais, quando ocorrer situações
anormais durante a operação do mesmo.

• Geralmente, os sistemas elétricos são


protegidos contra sobrecorrentes (curtos-
circuitos), sobretensões (internas e
descargas atmosféricas) ; etc
PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS

 Funções básicas de um sistema de proteção:

• Preservar a integridade física de operadores,


usuários do sistema e animais;
• Evitar ou minimizar danos materiais;
• Retirar de serviço um equipamento ou parte do
sistema que se apresente defeituoso;
• Melhorar a continuidade do serviço;
• Diminuir despesas com manutenção corretiva;
Noções Básicas Sobre Relés
FINALIDADE:
• Medir as grandezas atuantes
• Comparar os valores medidos com valores
ajustados
• Operar (ou não) em função do resultado da
comparação
• Acionar a operação de disjuntores ou relés
auxiliares
• Sinalizar sua atuação via indicador visual ou
sonoro
Noções Básicas Sobre Relés
Definição: dispositivo cuja função é detectar nas
instalações e equipamentos perigosas ou
indesejáveis condições do sistema e iniciar
convenientes manobras de chaveamento ou dar
aviso adequado.
relé é a parte lógica do sistema de proteção,
detecta anormalidades em sistemas elétricos.
Atuar diretamente sobre um equipamento ou um
sistema, retirando de operação equipamentos e
componentes envolvidos na zona do defeito.
Noções Básicas Sobre Relés

•CARACTERISTICAS DOS RELÉS

•Quanto a forma construtiva


•Quanto ao desempenho
•Quanto as grandezas elétricas
•Quanto a temporização
•Quanto a forma de acionamento
Noções Básicas Sobre Relés

•QUANTO A FORMA CONSTRUTIVA

Relé Térmicos
Relé Eletromagnético
Relé Eletromecânicos - disco de indução
Relé Estáticos - sinais elétricos de tensão
Relé Micro processados - sinais digitais
Noções Básicas Sobre Relés
ESTRUTURA FÍSICA relés eletromecânicos
• Bobina – tensão ou corrente- TP’s ou TC’s
Analisa as grandezas medidas e transforma o resultado em
movimento dos contatos.
• Contatos - permitem a energização do circuito de alarme e
abertura de um disjuntor que isola o elemento em curto
Noções Básicas Sobre Relés
ESTRUTURA FÍSICA Relés estáticos -
Operam com base no funcionamento de circuitos
lógicos eletrônicos de estado sólido –
componentes eletrônicos utilizando
semicondutores.
Noções Básicas Sobre Relés
ESTRUTURA FÍSICA Relés Digitais
Operam com base em microcomputadores,
atuando nas funções de medição, comunicação,
proteção e controle através de programação.
Noções Básicas Sobre Relés
• QUANTO AO DESEMPENHO

• Confiabilidade: probabilidade do sistema de proteção funcionar com


segurança e corretamente, sob todas as circunstâncias.

• Seletividade : o sistema de proteção que possui esta propriedade é


capaz de reconhecer e selecionar as condições que deve operar, a fim
de evitar operações desnecessárias.

• Velocidade : um sistema de proteção deve possibilitar o desligamento


do trecho ou equipamento defeituoso no menor tempo possível.

• Sensibilidade : um sistema de proteção deve responder às


anormalidades com menor margem possível de tolerância entre a
operação e não operação dos seus equipamentos. Por exemplo, um
relé de 40 A com 1% de tolerância é mais sensível do que outro de 40
A com 2%.
Noções Básicas Sobre Relés

•QUANTO AS GRANDEZAS ELÉTRICAS


Relé de tensão
Relé de corrente
Relé de frequencia
Relé direcional de potencia
Relé de impedancia
Noções Básicas Sobre Relés
• TIPOS DE RELÉS MAIS UTILIZADOS
Código Descrição
12 Elemento de Sobrevelocidade
21 Elemento de Distância
24 Elemento Volts/Hertz
25 Elemento de Verificação de Sincronismo
27 Subtensão
32 Elemento Direcional de Potência
37 Subcorrente
38 Elemento de Sobretemperatura nos Mancais
39 Elemento de Vibração nos Mancais
40 Perda de Excitação
46 Desbalanço de Corrente ( ou sobrecorrente de Sequência Negativa)
47 Desbalanço de Tensão (ou sobretensão de Sequência Negativa)
48 Rotor Bloqueado
49 Elemento de Sobretemperatura no Estator
50 Sobrecorrente Instantâneo de Fase
51 Sobrecorrente Temporizado de Fase
51V Sobrecorrente de Fase com Restrição por Tensão
Noções Básicas Sobre Relés
50G/50N Sobrecorrente Instantâneo de Terra / Neutro
51G/51N Sobrecorrente Temporizado de Terra / Neutro
50BF Elemento de Falha do Disjuntor
59 Sobretensão
59N Sobretensão de Neutro
60 Falha do Fusível do TP
64 Falta à Terra no Estator
64R Falta à Terra no Rotor
67 Sobrecorrente Direcional de Fase
67G/67N Sobrecorrente Direcional de Terra / Neutro
74 Elemento de Alarme
68 Out-of-step (proteção de falta de sincronismo)
79 Religamento
81U Subfrequência
81O Sobrefrequência
86 Bloqueio
87 Diferencial
94 Elemento de Trip
Noções Básicas Sobre Relés

•QUANTO Á TEMPORIZAÇÃO

Relé instantâneo
Relé temporizado com tempo dependente
Relé temporizado tempo independente
Noções Básicas Sobre Relés

•QUANTO Á FORMA DE ACIONAMENTO

Relé de ação direta – Sem transformado redutor


Relé de ação indireta- com transformado redutor
PROTEÇÃO DE SISTEMAS
ELÉTRICOS
• De modo geral, a atuação de um sistema de proteção se dá
em três níveis que são conhecidos como: principal, de
retaguarda e auxiliar.

• a) Proteção principal: Em caso de falta dentro da zona


protegida, é quem deverá atuar primeiro.

• b) Proteção de retaguarda: é aquela que só deverá atuar


quando ocorrer falha da proteção principal.

c) Proteção auxiliar: é constituída por funções auxiliares


das proteções principal e de retaguarda, cujos os objetivos
são sinalização,alarme, temporização, intertravamento, etc.
Esquema de proteção de um
sistema elétrico
Esquema de proteção de um
sistema elétrico
TRANSFORMADOR DE CORRENTE
(TC’s)

• TCs de proteção

• TCs de medição.
TRANSFORMADOR DE CORRENTE
(TC’s)

Princípio de Funcionamento
Permitem que os instrumentos de medição e de proteção funcionem
adequadamente sem que seja necessário possuírem correntes nominais
de acordo com a corrente de carga do circuito ao qual estão ligados;
Em geral possuem um enrolamento primário de poucas espiras e um
enrolamento secundário cuja corrente nominal transformada é igual a 5
A
Apresentam o mesmo princípio de funcionamento dos transformadores
convencionais: Através do fenômeno da conversão eletromagnética,
transformam correntes elevadas, que circulam pelo primário, em
pequenas correntes secundárias;
TRANSFORMADOR DE CORRENTE
(TC’s)
Tipos Construtivos:
- TC tipo enrolado
• Isolação limitada – uso em circuitos de até 15 kV
• Usados quando requeridas relações de transformação
inferiores a 200:5
• Enrolamento primário (constituído de uma ou mais
espiras) envolve mecanicamente o núcleo do
transformador
Tipos Construtivos:
- TC tipo barra
Enrolamento primário é constituído por
uma barra fixa montada através do núcleo
do transformador
Transformadores de Corrente(TC’s)
Transformadores de Corrente(TC’s)
• Características
Os enrolamentos primários têm geralmente poucas espiras, às vezes, uma
única. Os enrolamentos secundários, ao contrário, têm muitas espiras. A eles
são ligados os circuitos de corrente de medidores e/ou relés.

• Valores nominais que caracterizam os TCs:

a) Corrente nominal e relação nominal;


b) Classe de tensão de isolamento;
c) Freqüência nominal;
d) Carga nominal;
e) Fator de sobrecorrente;
f) Classe de exatidão;
g) Fator térmico;
h) Limites de corrente de curta-duração para efeitos térmico e
dinâmico.
Transformadores de Corrente(TC’s)
 Corrente nominal e relação nominal
Corrente nominal secundária:normalizada em 5 A , às vezes 1 A

Correntes nominais primárias : 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50, 60,
75, 100, 125, 150, 200,250,300, 400, 500, 600, 800, 1200,
1500, 2000, 3000, 4000, 5000, 6000 e 8000 A ;

• Relações nominais: é indicado, por exemplo : 120:1 , se o TC é


600-5 A
• Se há vários enrolamentos primários, indica-se assim: 150 x
300 x 600 /5 A.
Transformadores de Corrente(TC’s)

Classe de tensão de isolamento


É definida pela tensão do circuito ao qual o TC vai ser
ligado (em geral, a tensão máxima de serviço). Os
TCs usados em circuitos de 13,8kV , por exemplo,
têm classe 15 kV.

Freqüência nominal : 50 e/ou 60 Hz.


Transformadores de Corrente(TC’s)

Fator de sobrecorrente nominal (FS)


Expressa a relação entre a máxima corrente de
curto-circuito que pode passar pelo primário do
TC e a sua corrente primária nominal, para
manter a sua classe de exatidão. Segundo a
ABNT e normas internacionais, o valor máximo
desse fator é igual a 20 vezes a corrente
primária nominal .
Icc= 20* 600= 12kA se o RTC= 600/5 A
Icc<= FS*Ip  erro menor ou igual a 10%
Transformadores de Corrente(TC’s)
 Classe de exatidão pela ASA
Define como erro do TC, pela limitação da máxima tensão
que pode aparecer no primário de TC no momento da
máxima corrente de curto circuito de acordo ao FS.
{10}
{20}
{2,5} {L} {50}
{10} {H} {100}
{200}
{400}
{800}
• TCs de medição –têm classe de exatidão 0,3 , 0,6 e 1,2 . A classe
0,3% , é obrigatória em medição de energia para faturamento. As
outras, são usadas nas medições de corrente, potência, ângulo, etc..

• TCs de proteção -têm classe de exatidão 2,5 e 10%.


Transformadores de Corrente(TC’s)
Carga nominal

É máxima carga que se pode conectar no sec do TC, de modo a não


ultrapassar a máxima tensão dada pela sua classe de exatidão.
Vmáx= Zcarga *Is

EXEMPLO: Qual a máxima carga que se pode conectar no secundário


do TC de classe 10H400 ( ASA) ?
400= Zcarga.100  Zcarga= 4 ohm
Zcarga <= 4 ohm
Transformadores de Corrente(TC’s
Classe de exatidão pela ABNT
• Define a classe de exatidão do TC, como sendo a máxima potencia aparente
(VA) consumida pela carga conectada no secundário para uma corrente nominal
no secundário de 5 A.
{12,5}
{25}
{A} {2,5} {5} { 50}
{F} {10} {C} {100}
{B} {10} {15} {200}
{20} {400}
{800}

ATC alta impedância


10 erro admissível na sua classe de exatidão (10%)
F fator de sobrecorrente
20 20*IN = 20*5= 100 A no sec.
C carga no secundário do TC em VA
50 50 VA, carga do TC
Transformadores de Corrente(TC’s)

Fator térmico nominal (FT)

É a relação entre a máxima corrente primária


admissível em regime permanente e a sua corrente
nominal, operando em condições normais, sem
exceder os limites de temperatura especificados
para a sua classe de isolamento. Segundo a ABNT,
esses fatores são: 1,0, 1,3, 1,5 ou 2,0.
Exemplo: FT= Ip max / Ip nominal
Transformadores de Corrente(TC’s)

 Limite de corrente de curta duração para efeito


térmico

• É o valor eficaz da corrente primária simétrica


que o TC pode suportar por um tempo
determinado (normalmente 1 s), com o
enrolamento secundário curto-circuitado, sem
exceder os limites de temperatura especificados
para sua classe de isolamento. Em geral, é
maior ou igual à corrente de interrupção máxima
do disjuntor associado.
Transformadores de Corrente(TC’s)

Limite de corrente de curta-duração


para efeito dinâmico
É o maior valor eficaz de corrente primária
assimétrica que o TC deve suportar durante
determinado tempo (normalmente 0,1 s), com o
enrolamento secundário curto-circuitado, sem se
danificar mecanicamente, devido às forças
eletromagnéticas resultantes. Segundo a norma
VDE, vale 2,5 vezes o limite para efeito térmico,
nas classes entre 10kV e 30 kV ; e 3 vezes, nas
classes entre 60kV e 220 kV.
Equipamentos Elétricos

• MOTOR
• GERADOR
• TRANSFORMADOR: Força, Tensão e Corrente
• DISJUNTOR
• CHAVE SECCIONADORA
• PARA RAIO
• BARRAMENTO
• BANCO DE CAPACITORES
• RELÉS E MEDIDORES
Disciplina de Sistemas de Protecção

Protecção de Motores
SUMÁRIO
• Aspectos gerais da proteção de motores

• Tipos de defeitos

• Tipos e formas de proteção

• Exemplo de um sistema de protecção completo


ASPECTOS GERAIS
Dimensão, Custo e Complexidade do Sistema de
Proteção em motores dependem:
• Condições de funcionamento do
motor
• Defeitos que possam ocorrer
• Qualidade e continuidade de serviço
pretendida
• Potência do motor
ASPECTOS GERAIS
Motores de pequena dimensão
• Normalmente controlados e comutados por
contactores
• Protegidos por fusíveis ou relés térmicos
Motores de maior dimensão
• Normalmente protegidos por diversos tipos de relés
• Relés atuam sobre disjuntores capazes de interromper
correntes elevadas
TIPOS DE DEFEITOS
• Sobrecargas

• Defeitos Entre Fases ou Fase Terra

• Troca de Fases da Alimentação

• Redução ou aumento da Tensão de Alimentação

• Assimetria de Fases

• Temperatura Elevada/Pouca Ventilação

• Perda de Carga
TIPOS DE DEFEITOS
• Origem:

Motor Falhas no isolamento dos enrolamentos,falhas de


campo em motores síncrono; falhas de mancais; outras
falhas mecânicas
Carga sobrecarga e subcarga; emperramento da
maquina acionada; elevada inércia da carga acionada.
Ambiente Elevada temperatura no local de instalação do
motor; presença de elevado nível de material particulado
ou sujeira;umidade.
Sistema de potência Falta de fase; sobretensão;
subtensão; reversão de fase; desequilíbrio o sistema.
Operação  Sincronismo, partidas freqüentes (
simultânea), reversão do sentido de rotação.
Sobrecargas
• Sobrecarga no motor  Aumento de
corrente  Prematuras falhas no isolamento
- Danos térmicos, são provenientes de :
Sobrecargas ( cíclica ou continua)
Rotor bloqueado ( falha na partida ou emperramento do
rotor durante o funcionamento
Proteção Sobrecargas
Objectivo
Garantir que os isolantes mantenham as suas características mecânicas e
dieléctricas.
Problema
Difícil acompanhar a
curva de aquecimento
de um motor com um
único relé.

Utilização de 2 Relés

Relé térmico de sobrecarga


e
Relé de Sobreintensidade
Relé Térmico de Sobrecarga

Proteção Contra Sobrecargas Pequenas, e de Média ou Longa duração.


• Realiza uma réplica da temperatura no interior do motor através da leitura da
corrente absorvida pela máquina.
• Atua em tempo fixo para uma determinada corrente de sobrecarga.
Relé de Máximo de Intensidade

Proteção Contra Sobrecargas Severas


• Situações de rotor bloqueado
• Atua em milissegundos para correntes muito superiores à nominal
• Montagem idêntica ao relé anterior
Proteção Completa Contra Sobrecargas
Proteção Total Contra Sobrecargas
• Utilizando os dois relés em simultâneo
• Ou um relé eletrónico capaz de realizar as duas funções.
Proteção Contra Defeitos à Terra

Proteção Assegurada Por


• Transformador de corrente somador que alimenta o relé de proteção.

Relé
• De máxima intensidade
• Instantâneo ou temporizado

Vantagens da Protecção
• Económica: apenas um T.I.
• Não é afetada pela corrente de arranque, nem por assimetrias.
Proteção Contra Defeitos Entre Fases
Maior Corrente Absorvida Pelo Motor?

Corrente de Arranque I start

Corrente de CC entre fases maior que I start? SIM: Icc >>Istart

Relé de Máximo de Intensidade (instantâneo)

Caso contrário
Usar uma proteção diferencial, insensível à corrente de arranque.
Proteção Contra Redução de Tensão

Consequências da Tensão Reduzida

Tensão Reduzida

No arranque No funcionamento normal


• Impede o motor de • Perda de Velocidade
atingir a velocidade
nominal de arranque.

Elevação da Corrente -> Fortes Sobrecargas


Proteção Contra Redução de Tensão

Duas Soluções:
• CONTACTORES
Atuam instantaneamente para: 50 a 70% de Vnominal.

• RELÉS TEMPORIZADOS
Previnem disparos intempestivos: queda de tensão momentâneas.
Podem ser ligados a um alarme
Proteção Contra Trocas de Fases da Tensão de
Alimentação
Problema
Motor arrancar em sentido inverso...problemas para a carga
Ib
Duas Formas de Detecção
• Relés de Detecção da Sequência de Correntes
Ia
Atuam ao detectarem uma sequência de correntes A,C,B
Desvantagem:
Necessitam que o motor seja alimentado
Ic

Vb • Relés de Detecção da Sequência de Tensões


Verificam a sequência das tensões
Va Vantagem:
Não necessitam que o motor seja alimentado
Protegem o motor no arranque e em funcionamento

Vc
Proteção Contra Desequilíbrios entre Fases
Causas
• Possibilidade de uma das fases do sistema de alimentação ser interrompida
• Zona afetada por distorção harmónica

Relés de Assimetria de Correntes


• Comparam as correntes duas as duas: Ia com Ib, e Ib com Ic
• Relé Electromecânico
Desequilíbrio mínimo detectável depende da construção do relé.
Geralmente cerca da 10 a 15%.
• Relé Digital
Consegue-se regular o nível de desequilíbrio

Proteção pode ser assegurada por relés que detectem desequilíbrios de


tensões
Proteção Direta Contra Aquecimento

Ventilação Inadequada e/ou Elevada Temperatura Ambiente

Aquecimento

Sem aumentar a corrente absorvida pelo motor!

Sensores de Temperatura
• Montados diretamente nos enrolamentos
• Sensíveis às variações de temperatura
• Usados como dispositivos auxiliares aos relés de sobrecarga
Proteção Direta Contra Aquecimento
Classificados em 2 Grandes Classes
Permitem medir e monitorizar a temperatura
• RTD
• Termopar
Apenas sensíveis a uma determinada temperatura limite
• Termóstato
• Termístor
RTD [Resistance Temperature Detectors]
Condutores Resistência
• Constituição: Fio de metal enrolado em forma
de espiral dentro de um tubo de vidro ou de
cerâmica.

• Funcionamento: a resistência elétrica do fio


varia linearmente com a temperatura.
Tubo de vidro
• Fio tipicamente de: níquel, cobre ou platina
Proteção Direta Contra Aquecimento

RTD [Resistance Temperature Detectors]

•Utilização:
Apenas como Medidores da Temperatura do Motor
Medindo R com um ohmímetro ou ponte de resistências.
Convertendo R em t através da característica do RTD.

Meio de Operação de um Relé


Informa continuamente ao relé a temperatura do motor.
Se ultrapassar o valor parametrizado, o relé atua.
Proteção Direta Contra Aquecimento
Termopar
• Constituição: Dois metais não semelhantes unidos na extremidade.

• Funcionamento: gera uma tensão que está relacionada com a temperatura


da junção.
Metal A
junção Metal B V

• Utilização: Semelhante à de uma RTD, mas a temperatura é convertida pela


medição de uma tensão.
Proteção Direta Contra Aquecimento

Termóstato
• Disco de ação de mola bimetálico
• Opera um conjunto de contatos quando se atinge uma determinada
temperatura.

• Vantagens:
•Pode ser diretamente ligado a um alarme sem utilizar nenhum relé.
•A reposição de serviço pode ser automática se a temperatura baixar.

• Desvantagens:
•A temperatura de funcionamento é fixada na fábrica e não pode ser
ajustada.
• Não permite monitorizar a temperatura.
Proteção Direta Contra Aquecimento
Termístor

• Constituição: dispositivo semi-condutor que altera a sua resistência


abruptamente a uma determinada temperatura.

• Utilização: mudança de resistência usada para ativar um alarme ou desligar


o motor.

• Vantagens:
•Atuação mais rápida que os dispositivos anteriores.
•Não sofrem desgaste mecânico.

• Desvantagem:
•Temperatura de mudança não ajustável.
ESQUEMA DE PROTEÇÃO COMPLETO
Relé Digital
• Um único relé pode proteger contra:
•Temperatura Excessiva
•Rotor Travado
•Assimetria de Correntes
•Perda de Carga DISPLAY
•Sobrecargas
•Defeito à Terra
•Tentativas de arranque

Botões de Controlo
Proteção de Transformadores
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• O transformador de potência é um dos
equipamentos mais caros numa subestação
de um sistema elétrico. A sua importância
exige que ele tenha uma alta confiabilidade
para evitar interrupções de energia elétrica.
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• Um projeto adequado e materiais de alta
qualidade utilizados na sua fabricação,
aliado a um sistema de proteção com relés
adequados são condições básicas para a
operação de um transformador.
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• A falta de manutenção e a operação fora de
suas especificações ocorrências de falhas.

Se o transformador operar sob condições de sobrecarga


ou sobre-tensão por um período prolongado, ou exposto
a um número excessivo de altas correntes em
decorrência de curtos-circuitos externos, a isolação vai
se deteriorando a tal ponto de favorecer a ocorrência de
curtos-circuitos
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• CONDIÇÕES QUE LEVAM UM TRANSFORMADOR A SOFRER
DANOS:

1- Queda da isolação  pode ser provocada por:

• sobre temperatura
• contaminação do óleo
• descarga corona na isolação
• sobre-tensões transitórias
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
2- Deterioração da isolação

• A deterioração da isolação é uma função


do tempo e da temperatura.

Evitam envelhecimento precoce da isolação:


melhorar a ventilação ou diminuir a carga
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
3- Óleo contaminado
• O óleo num transformador constitui um meio de isolação
elétrica e também um meio de resfriamento, portanto, a sua
qualidade e primordial.

• A rigidez dielétrica é a propriedade mais importante do óleo e


se ela for reduzida pelas impurezas, umidade, etc., a
deterioração da isolação ocorrerá fatalmente.

• O nível do óleo também deve ser monitorado


constantemente, pois, a sua queda causa também a redução
da isolação
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
4 - Redução da ventilação.
• O sistema de ventilação forcada deve estar
funcionando perfeitamente. Caso ocorra alguma
falha neste sistema, deve-se tomar providências
imediatas para evitar o sobre aquecimento.
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• Correntes de inrush??? se desenvolve quando
da energização do transformador e a sua
magnitude depende dos seguintes fatores:

• tamanho do transformador
• propriedades magnéticas do núcleo
• fluxo magnético remanente
• momento da energização do transformador
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• Tipos de falhas em transformadores de
potência:
• falhas nos enrolamentos
• falhas nos taps
• falhas nas buchas
• falhas nos bornes terminais
• falhas no núcleo
• falhas diversas
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• Detecção elétrica das faltas
1- Proteção por fusíveis  são bastante utilizados
para proteção de transformadores, apesar de
apresentarem certas limitações. Fusíveis são
dispositivos adequados para proteção contra curtos-
circuitos externos (correntes passantes), mas não são
adequados para curtos-circuitos internos ou sobrecargas
demoradas. Não existe uma regra rigida, mas em geral
adota-se o fusível para transformadores de potência
abaixo de 10,0 MVA.
A corrente máxima de carga não deve exceder a corrente nominal
do conjunto chave/elo fusível
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• Proteção de sobrecorrente Relés de
sobrecorrente (ou fusíveis) podem ser usados
para a proteção dos transformadores de
pequena capacidade, inclusive para faltas
internas.
Nos transformadores maiores podem atuar
como proteção de retaguarda para reles
diferenciais .
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• Proteção diferencial Relés diferenciais
possuem uma variedade grande de tipos, dependendo
do equipamento que eles protegem. O principio de
operação do relé diferencial se baseia na comparação
de modulo e ângulo entre as correntes de entrada e de
saída no equipamento.
PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
• Detecção mecânica das faltas

Existem basicamente dois métodos de detectar faltas em


transformadores de forca que não sejam por medidas elétricas.
Estes métodos são:

1. Acumulação de gases provocada pela decomposição lenta da


isolação ou do óleo;

2. Aumento na pressão do óleo do tanque ou de gás provocado por


faltas internas.

Tais reles são valiosos suplementos para reles diferenciais e podem


ser mais sensíveis para certas faltas internas do que reles que
dependem de grandezas elétricas e desta forma podem minimizar
danos.
Proteção de Transformadores
Proteção de Transformadores
Existem 2 tipos de avarias:
– Internas
• Contato à massa dos enrolamentos
• Contato entre dois enrrolamentos
• C.c. entre terminais
• C.c. entre espiras

– Externas
• Sobrecargas
• C.c. externos
Proteção de Transformadores

• Defeitos internos
Proteção de Transformadores
• Defeitos internos
- Curto-circuitos são causados por:

-avarias de isolamento com formação de arco elétrico;

-rupturas de isolamento entre chapas do núcleo;

-descargas internas;

-Nível de óleo baixo;


Proteção de Transformadores
• Conservador de óleo
o conservador de óleo é um acessório destinado a compensar
as variações de volume de óleo decorrentes das oscilações
de temperatura e da pressão.
Proteção de Transformadores
• Relé de detecção de Gás

- Utilizado em transformadores com depósito de óleo;


- Atua quando ocorre um defeito interno;
- Quando é detectado Gás aciona um alarme para evitar
uma maior deterioração do isolamento,
- A análise do Gás fornece dados qualitativos (tipo de
defeito): ex.: defeito elétrico;
- Análise do Gás fornece dados quantitativos (quantidade
de gás) ex: dependendo da quantidade de gás libertado
pode se necessário colocar o transformador fora de
serviço;
Proteção de Transformadores
• Relé de Bucholz

• É uma combinação do relé de Pressão e do de detecção de


Gás;

• É utilizado nos transformadores a óleo;

• Tem como função proteger o transformador contra defeitos


internos,
Proteções internas de
Transformadores
• Relé de gás ou Relé Buchholz
Proteção de Transformadores
• Relé de Bucholz(funcionamento/constituição)

Possui duas bóias ( com contatos de mercúrio) que estão montadas no


interior da câmara coletora de gás;

- Bóia superior :
atua quando há produção lenta de Gás (ex: falhas de isolamento entre
espiras); causando excessivo calor nos pontos ( ponto quente)- produz
volatilização do óleo ou seja transforma o óleo em gás.
ativa um alarme
verificação do estado do gás
inflamável - defeito interno;
não inflamável –ar ou umidade;
- Bóia inferior :
atua quando há grandes bolhas de Gás (ex: curto-circuito entre espiras ou
ruptura de espira formando arco eletrifico);
faz disparar uma proteção (disjuntor);
Sem qualquer tipo de defeito

Pequeno defeito no isolamento Curto-circuito entre espiras -arco eléctrico


Proteção de Transformadores
Termômetro do óleo
utilizado para indicação da temperatura do óleo. Existem
dois tipos: o termômetro com haste rígida (figura 3a), usado
com mais freqüência e termômetro com capilar (figuras 3b,
3c).
Proteção de Transformadores
• Termômetro de imagem térmica
a imagem térmica é a técnica comumente utilizada para se
medir a temperatura no enrolamento do transformador. Ela é
denominada imagem térmica por reproduzir indiretamente a
temperatura do enrolamento. temperatura do óleo acrescida da
sobre elevação da temperatura do enrolamento (t) em relação
ao óleo.
Proteção de Transformadores
• Dispositivo de alívio de pressão
os dispositivos de alívio de pressão (figuras 6a e 6b) são
instalados em transformadores imersos em líquido isolante
com a finalidade de protegê-los contra possíveis
deformações ou ruptura do tanque, em casos de defeito
interno, com aparecimento de pressão elevada
Proteção de Transformadores
Relé de Pressão

• Utilizado para responder rapidamente a um aumento da


pressão de óleo do transformador;

• Insensível às variações lentas de pressão;

• Forte aliado dos relés diferenciais ou de sobrecorrente para


os defeitos que ocorrem no interior do tanque do
transformador;
Proteção de Transformadores
• Proteção diferencial
Reles diferenciais possuem uma variedade grande de tipos,
dependendo do equipamento que eles protegem. O principio
de operação do rele diferencial se baseia na comparação de
modulo e angulo entre as correntes de entrada e de saída no
equipamento.
Proteção de Transformadores
• Proteção contra sobrecargas -(Imagem térmica nos
grandes transformadores)

Proteção do isolante dos enrolamentos contra estragos


causados pelo aquecimento inadmissível provocado por
sobrecargas prolongadas;
Normalmente existe um termômetro nos transformadores no
topo do óleo que através de um tubo capilar pode acionar os
seguintes contatos:
- contato que faz atuar o alarme;
- contato para ligar os ventiladores;
- contato para ligar as bombas de circulação de óleo;
Proteção de Transformadores
• Imagem térmica:
- indica a temperatura do ponto mais quente no
enrolamento;

o aumento da temperatura provoca a expansão de um


bulbos de mercúrio que leva ao acionamento de uma mola
que move um ponteiro, quando a temperatura atinge um
limite máximo os contatos fecham-se e caso a temperatura
seja muito elevada pode ser necessário retirar o
transformador de serviço.
Proteção contra sobrecargas
(Imagem térmica nos grandes transformadores)
Proteção contra sobrecargas
(Imagem térmica nos grandes transformadores)
Proteção de Transformadores
• Protecão de sobrecorrente
• Reles de sobrecorrente (ou fusíveis) podem ser usados
para a proteção dos transformadores de pequena
capacidade, inclusive para faltas internas. Ja nos
transformadores maiores podem atuar como proteção
de retaguarda para reles diferenciais. E bastante comum
utilizar também reles térmicos como proteção de
sobrecarga do transformador.
PROTEÇÃO DIFERENCIAL DE
TRANSFORMADORES
Principio de funcionamento

- São recomendáveis para transformadores trifásicos acima de 1000 kVA e tornam-se


economicamente viáveis acima dos 5000kVA.
- Como esta proteção apenas verifica se a corrente de entrada é igual à corrente na
saída, esta é insensível a defeitos fora desta zona. Tipicamente também não atua
para situações de sobrecarga.
Relé diferencial amperimétrico

-É um relé que atua instantaneamente, quando a corrente que o atravessa for superior a um valor
ajustável.
-Ainda é bastante utilizado mas existem erros sistemáticos inerentes ao seu funcionamento:
-diferença entre TI’s;
-erro de medida dos próprios TI’s;
-no caso da proteção de transformadores temos que ter em conta a corrente de magnetização inicial.
Relé diferencial percentual

- Assim verifica-se que na ocorrência de um defeito externo à zona de proteção a corrente na bobine
de restrição [(I1+I2)/2] é superior à da bobine de operação (I1-I2), fazendo com que a sua atuação
seja mais difícil. No caso de uma falha dentro da zona de proteção, a relação (I1-I2) sobrepõe-se a
[(I1+I2)/2], devido à inversão de I2 e assim o relé entra em operação.
Relé diferencial
• Esquema de ligação a um transformador monofásico

- De acordo com esta figura, é possível verificar que os TI’s fornecem ao circuito de
proteção uma corrente de 2A. Como esta corrente fornecida pelos TI’s é a mesma, a
corrente diferencial é nula. Logo não há corrente a atravessar a bobina do relé não
provocando a sua atuação.
Simulação do comportamento do relé para um defeito Fase-Terra

Nesta situação, é simulado um curto-circuito do lado da BT. Agora, temos o TI da


AT/MT a ler uma corrente de 120A e o TI da baixa tensão não lê nada, pois a
energia está toda a ser consumida no curto-circuito. Assim estamos a colocar na
bobina de operação do relé, uma corrente diferencial 6A.Perante uma corrente
destas, é provocada a atuação imediata do relé, protegendo assim o
transformador.
Relé diferencial
Relé diferencial
Situação normal de funcionamento.
CC bifásico
Relés de sobrecorrente (50/51)
• Definição
Conforme o próprio nome sugere, têm como
grandeza de atuação a corrente elétrica do
sistema. Isto ocorrerá quando esta atingir um
valor igual ou superior ao ajuste previamente
estabelecido (corrente mínima de atuação).
Relés de sobrecorrente – 50/51F/N
• Relés de sobrecorrente de fase devem atuar para
curtos-circuitos trifásico e bifásico
• Relé de terra deve atuar para curto-circuito
monofásico (ou fase-terra).
Eles possuem dois elementos (ou unidades):
temporizado (51)
instantâneo(50)

Nomenclaturas.
Relés de sobrecorrente
temporizado (51)
• Os elementos temporizados possuem basicamente
dois ajustes:

Tape  ajustado em função da corrente, o seu


valor determina a corrente mínima capaz de iniciar
a operação do relé, a chamada corrente de pick-
up.

Dial de tempo  é selecionado de acordo com as


temporizacão requerida para a coordenação.
Relés de sobrecorrente- Curva
caracteristicas do 51
• As características de resposta dos relés de sobrecorrente
são locadas num gráfico em funcão de múltiplo da
corrente de tape versus tempo (segundos), para cada
ajuste dial de tempo. Ha, pois, uma família de curvas,
cujas declividades mais usuais são denominadas, por
exemplo:
• Tempo Definido
• Tempo Normal Inverso
• Tempo Muito Inverso
• Tempo Extremamente Inverso
Relés de sobrecorrente - Tempo Definido

• Uma vez ajustado o tempo de atuação (ta)


e a corrente mínima de atuação (IMIN,AT),
o relé irá atuar neste tempo para qualquer
valor de corrente igual ou maior do que o
mínimo ajustado.

Curva característica de tempo definido


Relés de sobrecorrente
Curvas característica

Curvas características normalmente inversa (NI), muito inversa (MI) e extremamente


inversa (EI)
Relés de sobrecorrente – T. Normal Inverso

• O relé de sobrecorrente de tempo normal


inverso e aplicado em redes onde a faixa
de variação da corrente de curto-circuito é
larga, causa esta decorrente da mudança
da capacidade de geração. A
característica tempo vesus corrente,
relativamente plana, permite que o relé
opere com razoável rapidez para uma
faixa grande de corrente de curto-circuito.
Relés de sobrecorrente T. Muito Inverso

• O relé de sobrecorrente de tempo muito


inverso possui uma característica mais
íngreme, que faz com que ele opere
lentamente para baixos valores correntes e
opere rapidamente para altas correntes de
curto-circuito. Não e adequado para sistemas
com capacidades de geração variáveis
Relés de sobrecorrente
Tempo Extremamente Inverso

• O relé de sobrecorrente de tempo


extremamente inverso apresenta uma
característica bastante íngreme, similar a
característica de um fusível. Portanto, ele é
adequado para sistema que possuem
fusíveis como proteção, tornando a
coordenação mais eficaz.
Relés de sobrecorrente
• As curvas caractersticas dos relés de estado
solido e digital são modeladas através da
equação:

DT - Dial de Tempo,
I - corrente secundaria que passa pelo relé,
Is - o tape ajustado
ke α- constantes que dependem de cada tipo de caracterstica.

Constantes dos relés de estado solido e digital.


coordenação de relés
• A coordenação de relés é uma tarefa
fundamental, pois na ocorrência de um curto
circuito ela permite que os desligamentos dos
componentes sejam seletivos. A seletividade é
uma das características mais importantantes de
um sistema de proteção, pois restringe os
desligamentos somente na região afetada da
rede elétrica.
Aplicação Relés de sobrecorrente
• Nas saídas dos alimentadores geralmente
são utilizados disjuntores comandado por
reles de sobre corrente de fase e de terra.

Esquema de proteção de sobre corrente


PRINC IPIOS B ÁSICOS DE
OPERAÇÃO SISTEMA ELETRICO
Diagrama trilar
PRINC IPIOS B ASICOS DE
OPERAÇÃO SISTEMA ELETRICO
Diagrama unifilar
Esquema básico da proteção de
sobrecorrente
Diagrama unifilar

Qual a vantagem desse esquema?


Proteção de Transformadores

• Proteção de terra
• Proteção do regulador
• Proteção contra sobretensões
• Proteção diferencial de transformador
• Proteção contra sobreintensidades
• Proteção de Buchholz
• Imagem térmica
• Proteção integrada
Proteção contra sobreintensidades

• O que é uma sobreintensidade?


• Uma sobreintesidade é uma corrente de
intensidade superior à nominal.
• De que resultam?
• As sobreintensidades podem resultar de
sobrecargas
• Devido a curto-circuito
• •Defeitos
Proteção contra sobreintensidades
• Como realizar a proteção?
• Através de aparelhos de proteção,
este tipo de aparelho é destinado a impedir ou limitar os
efeitos perigosos ou prejudiciais da passagem de uma
corrente de intensidade superior à admissível nas
canalizações ou aparelhos de utilização, aos quais
possam estar sujeitas pessoas ou instalações.

Proteção contra curtos-circuitos deverá ser efetuada de


modo a garantir que a duração do curto-circuito seja
limitada a um tempo suficientemente curto de forma a
que as características das canalizações e dos aparelhos
não sejam afetadas.
• Exemplos de Transformador de Tensão
•Exemplos de Transformador de Corrente
PROTEÇÃO DE GERADORES
SÍNCRONOS
Tipos de defeitos
• Curtos-circuitos nos enrolamentos do estator
• Terra no enrolamento do rotor
• Operação com correntes desequilibradas
• Sobre aquecimento nos enrolamentos do estator
• Motorizarão do gerador
• Perda de excitação
• Sobretensões
• Sobrevelocidade
PROTEÇÃO DE GERADORES
SÍNCRONOS
Tipos de esquemas de proteção
• Proteção diferencial do gerador (87G)
• Proteção diferencial do conjunto gerador-transformador
(87T)
• Proteção contra terra-enrolamentos do estator (64G)
• Proteção contra defeitos entre espiras dos enrolamentos do
estator (61)
• Proteção contra terra-enrolamento do rotor (64F)
• Proteção contra correntes desequilibradas (46)
• Proteção contra sobreaquecimento nos enrolamentos do
estator (49)
• Proteção contra motorizarão do gerador (32)
• Proteção contra perda de excitação (40)
• Proteção contra sobretensoes (59)
• Proteção contra sobrevelocidade (12)
PROTEÇÃO DE GERADORES
SÍNCRONOS

Proteção diferencial do gerador


Proteção de geradores
síncronos
• As condições anormais que devem ser
consideradas na operação de geradores
síncronos são maiores do que em outros
componentes do sistema de potência, entretanto
as ocorrências de defeitos em geradores
síncronos, principalmente nos de grande porte,
são relativamente reduzidas.
Porém, deve-se considerar que na eventualidade
de alguma ocorrência as conseqüências serão
serias (custo da recuperação, indisponibilidade do
equipamento, etc.
RELES
De modo geral de atuação de um relé pode ser sintetizado em quatro etapas:

1. O relé encontra-se permanentemente recebendo informações da situação


elétrica do sistema protegido sob a forma de corrente, tensão, freqüência ou uma
combinação dessas grandezas (potência, impedância, ângulo de fase, etc.);

2. Se, em um dado momento, surgirem condições anormais de funcionamento do


sistema protegido tais que venham a sensibilizar o relé, este deverá atuar de
acordo com a maneira que lhe for própria.

3. A atuação do relé é caracterizada pelo envio de um sinal que resultará em uma


ação de sinalização (alarme), bloqueio ou abertura de um disjuntor (ou nas três
ao mesmo tempo).

4. A abertura ou disparo do disjuntor, comandada pelo relé, irá isolar a parte


defeituosa do sistema.
Relés de sobrecorrente
• Conforme o próprio nome sugere, têm como grandeza de
atuação a corrente elétrica do sistema. Isto ocorrerá
quando esta atingir um valor superior ao ajuste
previamente estabelecido (corrente mínima de atuação)

• No caso de serem de forma indireta é ligado através de


transformadores de corrente.
• Quanto ao tempo de atuação, possuem curvas
características de dois tipos: de tempo definido e de
tempo dependente
Relés de sobrecorrente
• De tempo definido
Uma vez ajustados o tempo de atuação (ta) e a corrente
mínima de atuação (IMIN,AT), o relé irá atuar neste tempo
para qualquer valor de corrente igual ou maior do que o
mínimo ajustado.
• De tempo dependente
O tempo de atuação do relé é inversamente proporcional ao
valor da corrente. Isto é, o relé irá atuar em tempos
decrescentes para valores de corrente igual ou maior do que
a corrente mínima de atuação ( corrente de partida ou
starting current)
Relés de sobrecorrente
• As curvas de tempo dependente são classificadas em três
grupos: Normalmente Inversa (NI) ,Muito Inversa (MI) e
Extremamente Inversa (EI).

Essas curvas são definidas, por norma, a


partir de equações exponenciais do tipo:
• Onde:
• k1 e k2 : constantes que, dependendo do valor recebido, irão definir os
grupos (NI, MI ou EI):
• K1 = 0,14 e K2=0,02 ⇒ CURVA NORMALMENTE INVERSA;
• K1 = 13,5 e K2=1 ⇒ CURVA MUITO INVERSA;
• K1 = 80 e K2=2 ⇒ CURVA EXTREMAMENTE INVERSA;
• I : corrente que chega ao relé através do secundário de um TC;
• IS : corrente de ajuste ou de partida (starting current);
• TMS : os valores numéricos atribuídos a TMS fazem as curvas se
deslocarem ao longo do eixo dos tempos. Estes valores geralmente
variam de 0,01 a 1, com passo de 0,01

• Comumente os catálogos dos fabricantes fornecem dez
curvas por grupo, conforme exemplo:
• Unidades instantânea (50) e temporizada (51)
Geralmente os relés de sobrecorrente são compostos por duas unidades:
instantânea e temporizada.
Esquema básico de ligação
O esquema básico tradicional de proteção de um alimentador radial, trifásico
e aterrado, na saída de subestação, utiliza três relés de fase e um de neutro
ou terra, ligados através de três transformadores de corrente, comandando
um disjuntor (52), conforme está mostrado.
• Os relés de fase irão proporcionar proteção ao
alimentador contra os curtos-circuitos que envolvam,
principalmente, as fases (trifásico e bifásico). O relé de
neutro ou terra dará proteção contra os curtos para a terra
(fase-terra e bifásico-terra).

• Atualmente, com o emprego de relés digitais, os quatro


relés do esquema são substituídos por um único que
realiza as funções 50 e 51 de fase e terra. Além disso,
desempenham outras funções tais como: medição de
corrente, registros de dados, de perturbações, etc. São
conhecidos como relés de multifunções.
• Determinação de relação de TC
Para se fazer o ajuste da corrente de atuação de um relé de sobrecorrente
indireto, é necessário, em primeiro lugar, a definição da relação do TC que
irá alimenta-lo.

• A relação do TC (RTC) que alimenta um relé deve atender ao seguintes


requisitos:
1 . A corrente nominal primária do TC deve ser maior do que a razão entre o
curto-circuito máximo (no ponto da instalação) e o fator de sobrecorrente do
TC (FS). Geralmente, FS=20 .
2. corrente nominal primária do TC deve ser maior do que a máxima
corrente de carga a ser considerada.

Ajustes de corrente mínima de atuação

Onde, a% é a taxa anual prevista para o


crescimento e n o número de anos para o qual o
estudo está sendo planejado.
• Unidade 51 de neutro

• Quando o sistema for ligado em estrela aterrado, ou delta aterrado


através de um transformador de aterramento, e não possuir cargas
ligadas entre fase e terra ou neutro, o relé de neutro deverá ter a sua
corrente mínima de atuação ajustada para um valor menor que a
corrente de curto-circuito fase-terra mínimo dentro da sua zona de
proteção. E deverá ser maior do que 10% da corrente de carga do
circuito devido erros admissíveis nos transformadores de corrente.
• A unidade instantânea do relé de fase
Não deverá ser sensível às correntes de energização do circuito.
Entretanto, poderão ser ajustadas para atuar para curtos-circuitos bifásicos
e trifásicos próximos do primeiro equipamento de proteção a jusante.

O fator de multiplicação (3 a 8) que será tomado, dependerá da característica da carga do


circuito.
Em sistema com muito transformador e motor de indução, geralmente se trabalha com fator 8.
Ajuste de curvas corrente x tempo das
unidades temporizadas
As curvas de tempo das unidades de fase e neutro deverão ser escolhidas
de modo a atender a seletividade com os equipamentos de proteção a
jusante e a montante, e também com a curva de recozimento
dos condutores.
Considere-se, por exemplo, o trecho de sistema de distribuição.
Ajuste de curvas corrente x tempo das
unidades temporizadas
Para haver seletividade entre os equipamentos de proteção empregados,
as suas curvas de tempo deverão obedecer aos coordenogramas :

Coordenograma de FASE: relé x relé e relé x elo-fusível Coordenograma de NEUTRO: relé x relé e relé x elo-fusível
Seletividade relé x relé
• Geralmente esta situação ocorre em subestações, onde um conjunto de relés funciona
como proteção principal e outro como proteção de retaguarda

• Para se obter seletividade entre esses dois conjuntos de relés, as curvas de tempo dos
relés principais (fase e neutro) deverão estar acima das curvas dos relés de retaguarda
(fase e neutro), respectivamente, no mínimo 0,4 s , no ponto mais crítico, em todo o
trecho protegido pelos relés principais, para as correntes de curtos-circuitos de fase e terra.
Seletividade relé x elo-fusível
A seletividade estará garantida, para o todo o trecho protegido pelo elo-fusível, quando as
curvas de tempo dos relés de fase e neutro estiverem, no ponto mais crítico, no mínimo
0,2s, acima da curva de tempo total de interrupção do elo, para as correntes de curtos-
circuitos de fase e terra.
EXERCICIO
• Fazer o estudo de seletividade da proteção do trecho de sistema da distribuição primária,
trifásica e aterrada na subestação .
1) Fator de crescimento de carga (k)
• Taxa de crescimento : a= 10% ao ano ;
• Horizonte de estudo : 5 anos
• K=(1+0,1) = 1,61
5

2) Dimensionamento das relações dos TCs (RTC)


a) Concessionária
I ≥ 1,61 x 245 ⇒ I N, P ≥ 394 A
N, P
I N, P ≥ 7960 / 20 ⇒ I N, P ≥ 398 A
O TC com corrente nominal primária de 400 A, satisfaz as duas
condições : 400 / 5 ou 80:1
• b) Consumidor
• Para dimensionar a RTC do consumidor, é necessário
calcular a corrente de carga. Para isso, será usado a carga
nominal do transformador: I C ,CONS. = 2000 / (13,8 x 1,732) =
84 A
• Aplicando um fator de crescimento de 1,6 (k=1,6) e os
mesmos critérios anteriores, obtêm-se: 150/5 ou 30:1
3) Dimensionamento do elo fusível
a) Elo-fusível
I N , ELO ≥ 1,61 x 22 ⇒ I N, ELO ≥ 35,4 A
Elo-fusível escolhido : 40K

4) Ajustes das correntes de atuação dos relés da concessionária


a) Unidades 51 de fases
• (1,61 x 245) / 80 ≤ I MIN, AT ≤ 1593 / 80 ⇒ 4,9 ≤ I MIN, AT ≤ 19,9 ⇒ I
MIN, AT = 5 A
• Corrente de partida que as unidades deverão ser ajustadas : 5 A
b) Unidades 50 de fases
• I AT , INST ≥ (8 x 245) / 80 ⇒ I A , INST ≥ 24,5 A
• I AT , INST ≥ 1,4 x 2900 / 80 ⇒ I A , INST ≥ 36,3 A

Para satisfazer aos critérios, ajustam-se as unidades 50 de fase para


38 A
Determinação das curvas dos
relés da concessionária
• Estas curvas deverão coordenar com as curvas do elo-fusível e dos
relés do consumidor.

• As curvas de tempo dos relés deverão coordenar com o elo-fusível


40K na faixa de correntes entre 1593 A e 2900 A.

• a) Curvas das unidades 51 de fases


Neste caso, deve-se trabalhar com as correntes de curtos-circuitos que
envolvem somente as fases (trifásico e bifásico).
• Inicialmente, acha-se os tempos de interrupção do 40K para as
correntes limites da faixa de coordenação 1593 A e 2900 A
t INT. 40K PARA A CORRENTE DE 1593 A = 0,03s
t INT. 40K PARA A CORRENTE DE 2900 A = 0,01s
Curvas corrente x tempo do elo-fusível de 40K
Pelos critérios de seletividade relé x elo, a curva escolhida deverá ser tal que:
t RELÉ ≥ 0,03 + 0,2 ⇒ t RELÉ ≥ 0,23 s , para a corrente de 1593 A
t RELÉ ≥ 0,01 + 0,2 ⇒ t RELÉ ≥ 0,21 s , para a corrente de 2900 A

Como geralmente as curvas de tempo dos relés são fornecidas em função de


múltiplo (m), então deve-se calcular os múltiplos para essas correntes.
m = I P / (RTC x I PARTIDA AJUSTADA NO RELÉ)
m1 = 1593 / (80 x 5) = 4,0
m2 = 2900 / (80 x 5) = 7,3
• A seletividade está garantida quando as duas condições seguintes são
satisfeitas conjuntamente :
a.1) Para o m1 = 4,0 , escolhe-se, dentro do grupo de curvas mais conveniente (a
NI, por exemplo) , a curva que satisfaz a primeira condição : t RELÉ ≥ 0,23 s ;
• a.2) Para o m2 = 7,3 , escolhe-se, dentro da mesma família do caso anterior, a
curva que satisfaça a segunda condição : t RELÉ ≥ 0,21 s
Curvas NI de unidades 51 de fase e neutro da concessionária
Seletividade
• De acordo com a curva característica do rele , escolhe-se,
inicialmente, a curva 0,2 (TMS = 0,2 ), para as unidades de fases,
pois satisfaz ao critério de seletividade relé x elo.

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