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PLURALISMO

GABRIEL SCALLIONI RIBEIRO


JOÃO VICTOR MAKOTO SASSA 21036815
L U C A S M AT H E U S S I M Õ E S D . F. N A S C I M E N T O 2 1 0 1 9 8 1 5
M AT H E U S G O M E S 210 9161 5
ERICK MULLER LOBO 21062115
M AT H E U S M A R I A N O PAC H E C O
PLURALISMO
● Por definição é o reconhecimento e respeito a diversidade e a pluralidade de ideias e difusão de
conceitos

● A economia heterodoxa como a conhecemos hoje emergiu ao lado de um neoclassicismo


dominante no alto modernismo, ambiente da Guerra Fria dos anos 60. Dissidentes aspirava
derrotar uma ortodoxia arrogante em seu próprio jogo. Outros estão se movendo em direções
mais pluralistas, procurando construir comunidades mais amplas de dissidência. No entanto, em
muitos casos, os pluralistas ainda são paradigmistas, segurando firmemente a uma concepção
positiva de heterodoxo economia.
PLURALISMO - CONCEITOS
● Devido a complexidade e a constante mudança que as ciências sociais estão submetidas, se faz
necessário uma pluralidade de paradigmas.

● Nesse contexto Popper explana em favor da diversidade de ideias: “Sempre que uma teoria aparece
como a única possível, veja isso como um sinal de que você nunca entendeu a teoria ou o problema
que ela deveria resolver“

● Já Robbins defende que se deve ir fundo a cada raciocínio : “Os esforços dos economistas durante os
últimos 100 ou 50 anos resultaram no estabelecimento de um corpo de generalizações cuja precisão
e importância substancial estão abertas a questionamentos apenas pelo ignorante ou o perverso”
PLURALISMO E A COMPLEXIDADE DO FENÔMENO SOCIAL
● Realidade é diversa e caótica: Caótica pois submete o problema a visão por diferentes ângulos e
têm pouco poder para testar e comprovar teorias verdadeiras ou falsas e diversa justamente pela
abundância de diferentes conceitos.
● Os fenômenos sociais são diversos, mudam constantemente e possuem variadas peculiaridades,
o que permite e oferece tomar uma variedade de perspectivas em um dado objeto.
● Diferentes teorias são possíveis assim como mapas servem para várias tarefas servindo a
diferentes propósitos. Os mapas não são os territórios. Elas não são necessariamente
antagonistas mas complementares ou neutras entre si.
PLURALISMO - COMO O CONFLITO OCORRE?
PLURALISMO
● O pluralismo é abertura e avaliação de teorias: “O monismo de teorias pode facilmente ter como
consequência que o uso dos fatos seja feito apenas para ilustrar ou o suportar uma teoria predominante,
e interpretá-la em uma maneira condescendente”.

● Estudos recentes na história e da economia do pós-guerra destacam o impacto da Guerra Fria na teoria e
política econômica dos EUA, os autores argumentam que o pluralismo era reinante na economia
americana antes da Segunda Guerra Mundial, mas depois foi deslocado durante os anos da Guerra Fria
por um monismo metodológico e epistemológico - uma "virada técnica", em que "as possibilidades de
pluralismo persistentemente diminuíram a linguagem, a forma e as ferramentas da economia
continuaram a se estreitar e ser associado a um conjunto particular de métodos matemáticos e
Estatísticos.
INFLUÊNCIAS DA GUERRA FRIA?
● Como pode a abordagem paradigmática da economia heterodoxa ter sido moldada ou inspirado na
Guerra Fria?

● A provocativa tese de Fullbrook (2001) é que a economia heterodoxa como nós


conhecemos foi profundamente (se indiretamente) moldada pela Guerra Fria, através da retórica e
recepção do texto de referência de Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions

● Na visão de Fullbrook, economia heterodoxa hoje ainda está carregada de concepções de ciência da
Guerra Fria, levando muitos pensadores não-mainstream a erguer suas próprias cidadelas separadas
em vez de se engajar em trocas críticas e pluralistas como "cientistas reais".
OBJEÇÕES AO NOVO PARADIGMA
● Primeiro, pressupõe um inimigo monolítico ("economia neoclássica") que alguns, incluindo
Colander, afirmam que não existe mais. Como observa Davis, “a economia tradicional não é
mais“ neoclássica ”da maneira que muitos estamos acostumados a pensar nisso. ”Deste ponto
de vista, muitas críticas heterodoxas de neoclassicismo estão fora da marca "porque o
pensamento econômico mainstream mudou.
● Em segundo lugar, o paradigma radical incentiva uma preocupação obsessiva com o
singularidade e separação de sua própria abordagem teórica em relação aos outros. Alimenta
uma mentalidade de de Nós contra Eles, e uma tendência autárquica para ver uma comunidade
paradigmática própria como um universo intelectual auto-suficiente. Essa tendência
isolacionista cria uma dificuldade particular para jovens economistas heterodoxos.
OBJEÇÕES AO NOVO PARADIGMA
● Terceiro, a noção kuhniana de um único paradigma dominante (e o correlativo noção de um
único rival dominante) incentiva uma visão de tudo de que nunca será suficiente para os
Heterodoxos radicais se oporem à ortodoxia predominante. Eles devem fornecer uma
alternativa completa.inibindo o intercâmbio e a colaboração entre os líderes intelectuais cujas
energias criativas poderiam ser unidas a outras extremidades maiores.

● Em quarto lugar, uma abordagem paradigmática prejudica os compromissos dos economistas


heterodoxos com o pluralismo. Todo economista heterodoxo abraça o pluralismo em alguns
grau. Para um kuhniano radical, no entanto, o pluralismo nunca pode ser mais do que uma
questão secundária, algo a ser honrado apenas na medida em que não conflite com os
imperativos de primeira ordem da vitória científica ou ideológica.
MAIS OBJEÇÕES…
● A recente ascendência do pluralismo entre economistas heterodoxos tem provocado várias
críticas pontuais.

● Segundo Sent, os Economistas Heterodoxos, não conseguem entender os requisitos para um


pluralismo consistente, ou não estão dispostos a satisfazê-las. Ela desafia os Heterodoxos a
praticar o que pregam: prestar mais atenção aos tipos de pluralismo que eles advogam para
evitar inadvertidamente "deslizar para o monismo".
MAIS OBJEÇÕES…
● Davidson acredita que incentivar o pluralismo na economia sem uma base comum de teoria
geral apenas encoraja economistas heterodoxos a construírem uma Torre de Babel moderna,
tornando mais fácil para os economistas do mainstream ignorarem o balbuciar incompreensível
vindo dessa estrutura heterodoxa (2004). O mainstream vê os economistas heterodoxos como
pessoas que não merecem serem ouvidas em círculos acadêmicos adequados, porque eles
possuem claramente inconsistências lógicas fundamentais em suas abordagens. Até que eles
consigam colocar suas casa em ordem, por que prestar atenção? (Davidson, 2002)

● Davidson acredita que “Enquanto os economistas heterodoxos ficarem unidos em busca de uma
nova e verdadeira Teoria Geral, eles serão perdedores.”
PARA UM PLURALISMO IGUALITÁRIO...
● A contribuição única de McCloskey para esta filosofia de mercado livre a ciência está em sua
teoria retórica do intercâmbio intelectual.
● Assim como Adam Smith argumenta que a riqueza de uma nação depende da extensão de seus
mercados,
● "A nossa capacidade de envolver-se em conversas contínuas, testando uns aos outros,
descobrindo nossos pressuposições, mudando nossas mentes porque ouvimos as vozes de
nossos companheiros.
● McCloskey salienta as responsabilidades intelectuais implicadas por uma profundo pluralismo.
...PARA UM PLURALISMO IGUALITÁRIO
● Segundo Sen, as principais premissas de uma abordagem de capacidades acadêmicas /
científicas
são três:
(1) a liberdade intelectual é "o fim primário, bem como o principal meio" de progresso
intelectual (Sen, 1999, p. xii);
(2) o conhecimento não é valioso em si, mas como um meio de propósito geral para mais
liberdade para liderar o tipo de vida que temos razões para valorizar; e
(3) o desenvolvimento intelectual consiste na "remoção de vários tipos de unfreedoms
que deixam as pessoas com pouca escolha e pouca oportunidade de se exercitar sua agência
fundamentada »(Sen, 1999, p. xii).
TRÊS MAIORES RAZÕES PARA PLURALISMO EM CIÊNCIAS E ECONOMIA

● Falibilisimo (Propensão a falhar) – Certamente não há uma teoria perfeita, impassível de


aperfeiçoamento, substituição por uma melhor alternativa ou que não possa ser encontrada.

● Fenômeno social é complexo e peculiar, e pode requerer a diversidade de perspectivas para


entender adequadamente e endereçar um dado problema ou fenômeno.

● Requisitos práticos em validação de teorias: Abertura vs. Preconceito no teste de teorias. Sem
alternativas teóricas a falseação é impossível
HETERODOXIA ECONÔMICA : SURGIMENTO
PLURALISMO - ENTENDENDO A HETERODOXIA
● Padrões paradigmáticos com trajetórias dependentes em economia:

 O confronto Ortodoxia vs. Heterodoxia emerge do estado atual da economia contemporânea, que é caracterizado por
uma forte preferência pela abordagem neoclássica. A orientação a pesquisa é fomentada pelo ensino econômico e
desempenha um papel decisivo para a prospecção de carreira dentro da academia. Isso afeta de modo desequilibrado
todas as abordagens críticas não neoclássicas, o que explica e justifica a emergência da heterodoxia em economia.

● Heterodoxia como pura oposição ?

 A heterodoxia econômica pode ser definida negativamente, em oposição tanto a ortodoxia quanto ao mainstream,
baseando-se no critério intelectual (divergência de pelo menos algumas ideias ortodoxas), e depois nos critérios
sociológicos.
UMA VISÃO PRÉ-ANALITICA DA HETERODOXIA
● Mainstream : Meios escassos – Fins competitivos, Individualismo metodológico, racionalidade e
equilíbrio

Como entender melhor a Heterodoxia :

1 - Questão central – Como os indivíduos que se organizam em sociedade, organizam o


suprimento dessa ?
ENTENDENDO UM POUCO MELHOR A HETERODOXIA
2 - Propriedades – A cadeia importa como um todo:
ENTENDENDO UM POUCO MELHOR A HETERODOXIA
3 – Incorporação da economia : Sociedade e economia são interligadas e
mutuamente dependentes – o mesmo vale para as ciências econômicas

4 – Desenvolvimento econômico : é orientado por indivíduos interconectados –


Conexões podem ser entendidas como confiança, contratos, dependências e fluxos
circulares.

5 – Desigualdade : Como variável essencial, não apenas residual.


PARADIGMAS NA ECONOMIA
MECANISMO DO PLURALISMO NA ANÁLISE DE CONFLITOS TEÓRICOS:

a) Irreversibilidade da ação – Ação como conceito proeminente no pensamento austríaco, pós-keynesiano e


evolucionário.

b) Teoria do consumidor – Aparecimento da preferência do consumidor (Veblen) contra o impacto da mudança


de preferência nos ciclos de negócios (Keynes)

c) Modelo evolucionário – Aplicado por Goodwin a ideias keynesianas

d) Teoria monetária – Escola neoclássica vs. Pós-Keynesiana – Papel dos bancos centrais nas metas de juros e
oferta monetária.
PLURALISMO - CONCLUSÃO
● Abordagem pluralista leva a novas perspectivas e contribuições

 Integração de diferentes tradições -> Novas perspectiva

 Pluralismo =/= Vale tudo

● Exemplo na complexidade econômica – Modelo Keynes-Schumpeter no artigo de Giovanni Dosi


“Schumpeter meeting Keynes : A policy-friendly model of endogenous growth and business
cycles”, em que cruza as teorias keynesianas de geração de demanda e teorias schumpeterianas
de crescimento econômico guiado pela tecnologia
ECONOMIA PLURALISTA NO PRÁTICA (NOVA
HETERODOXIA ?)
● Pós-Keynesianismo + Velho Institucionalismo – Ciclo Minsky-Veblen desenvolvido por Jakob
Kapeller e Bernhard Schütz que reflete sobre o desenvolvimento da crise de 2008 sob a ótica de
consumo de Veblen em um consistente modelo de fluxo de estoques pós-keynesiano e
demonstra que sob essas condições, uma queda na renda, leva igualmente a um aumento
correspondente em um consumo financiado por crédito.
● Sociologia Economica – Papel dos modelos na formulação de políticas públicas e análise de
rendimento destas.

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