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I SEMINÁRIO ABERTO

travessias
Breve relato sobre a fromação da
fronteira Brasil-Uruguay
As fronteiras
e os países não existiram
sempre, bem como não
estiveram sempre onde
estão. Ambos não sãomais
que construções da história
humana, resultado e
expressão de processos
sociais.

Adelar Heinsfeld
1 A fronteira Brasil - Uruguay na
“era dos conflitos”

02
03
A fronteira Brasil - Uruguay na
“era da industrialização”

A fronteira Brasil - Uruguay na


“era da globalização”
suma
04 especificidades das seis
cidades-gêmeas
A região
Platense:
Habitantes
originários
Grupos indíginas
principais, identificados
no séc. XVI:

tupi-guarani

Jê (Kaingang)

Pampeano (Charrua)
1494
Tratado de Tordesilhas
Missões
1750

1676
Laguna

1680
Colônia do
Sacramento
1727 1777
Buenos Rio Grande
Aires

fronteiras
Tratados e
definições 1801
conflitos
Sul
marcantes no

colônia império império república


1754-1756 1825-1828 1835-1845 1893-1895

guerra guerra revolução revolução


Guaranítica Cisplatina Farroupilha Federalista
guerra de desiguais disputa pela Cisplatina revolta separatista do Sul guerra civil gaúcha

3.000 elite gaúcha, estancieios federalistas


homens armados
portugueses e espanhóis Brasil RS e SC Maragatos
x x x x
1.300 Argentina republicanos
índios com
Brasil Império
arcos e flechas
Pica-paus
Uruguay tratado de Ponche Verde
Primeira rede de
vilas no RS

‘’
N os planos e objetivos portu-
gueses, a obsessão conquista-
dora por aquele território, fazia
com que se firmassem e
desobedecessem tratados, ex-
pedindo cartas de sesmarias
além da fronteira estabelecida.
Portugal vai empurrando seus
domínios ao sul e ao oeste, o
que não fizeram os espanhóis.
Estes tinham como política co-
lonizadora a fundação de
grandes cidades, não cuidando
de pulverizar o povoamento.
Martins, 2002, p.28
Plataformas de
povoamento
cordão de CIDADES DA
FRONTEIRA SUL
INÍCIO DO
POVOAMENTO
VILA
(instalação)
CIDADE
(decreto)

cidades JAGUARÃO
HERVAL
1752
1791
1833
1883
1855
1938
DOM PEDRITO 1800 1873 1888
BAGÉ 1811 1847 1859
BARRA DO QUARAÍ 1814 1938 1995

BR
LIVRAMENTO 1818 1857 1876

A
QUARAÍ 1820 1875 1890
URUGUAIANA 1843 1847 1874
STA. VITÓRIA 1855 1874 1888
CHUÍ 1861 1940 1997
ACEGUÁ 1897 1938 2001

RIO BRANCO 1791 1853 1952


ARTIGAS 1821 1852 1915
UR

CHUY 1826 1938 1981


BELLA UNIÓN 1829 1929 2010
Y

RIVERA 1837 1862 1909


ACEGUA 1863 1941 1986
Bella U.1929
‘’
a fronteira
litoral
Aqui nesta região sul
brasileira, quando se
Barra Q.1938
compara o proesso de
ocupação do seu ter-
Livramento 1857
Artigas 1852 Rivera 1862 ritório com o das
Quaraí 1875 regiões do norte, pode-
se dizer que o “litoral foi
a fronteira”. As condi-
ções que o litoral não
Aceguá 1938
Acegua 1941
oferecia - devido as di-
ficuldades portuárias,
Jaguarão 1833
Rio Branco 1853 clima hostil -, foram
oportunizadas pelas
cidades de fronteira.
Chuy 1938
Chuí 1940
MARTINS, 2002, p.30.
1892
primeira estação
ferroviária
1909
começo da demarcação
dos 1.069 km de limites
“uti possidetis ita possideatis”

‘’
Independente da implantação
destes marcos sólidos no terre-
no, o catáter fluído da fronteira
refletia-se ainda na economia,
principalmente mantendo a vo-
cação de contrabando entre
Montevidéo e RS.
STRUMINSKI, 2015, p.42.
indústria do
charque

1937
auge
1945
declínio
fronteira
energética
A implantação de grandes
parques para aproveitamen-
to da energia éolica na zona
rural ocupa grandes áreas,
cujo impactos ainda não é
totalmente conhecido.

A presença dos geradores


eólicos tanto do lado bra-
sileiro como do lado uru-
guaio refletem uma insta-
lação futurista em meio à
bucólica paisagem local.
STRUMINSKI, 2015, p. 50.

‘’
comércio informal free shop

cassino
cenário
atual
‘’
Tanto no lado brasileiro como
no uruguaio, a fronteira é uma
região estagnada, onde os
índices de incidêncida de po-
breza são maiores, sofrendo
uma crise estrutural missecular.
Seja pela pela pouca capaci-
dade de diversificar a base pro-
dutiva, geralmente voltada para
o exteriror (gado, arroz, reflores-
tamento, ou mesmo energia),
pela restrita capacidade de in-
tegração binacional ou pelos
efeitos de crises mundiais. Ge-
rando assim abandono e de-
gradação em parte dos seus
centros urbanos, comumente
com estruturas obsoletas.
STRUMINSKI, 2015, p.57
4
R io Branco Jaguarão
16.270 hab. população 27.931 hab
17,4 hab/km2 densidade demográfica 13,6 hab/km2
933,2 Km2 área territorial 2.051,021 km²
4
Artigas Q uaraí
44.000 hab. população 23.021 hab
- hab/km2 densidade demográfica 7,31 hab/km2
11.918 Km2 área territorial 3.147,631 km²
4
S . doL ivramento R ivera
82.464 hab. população 103.493hab
11,86 hab/km2 densidade demográfica 11,2 hab/km2
6.941,613 Km2 área territorial 9.340 km²
4
Chuy Chuí
9.758 hab. população 5.917 hab
105,2 hab/km2 densidade demográfica 29,21 hab/km2
92,8 Km2 área territorial 201,169 km²
4
Acegua Aceguá
1.686 hab. população 4.394 hab
2,0 hab/km2 densidade demográfica 2,84 hab/km2
825,9 Km2 área territorial 1.547,956 km²
4
Barra doQuaraí Bella Unión
4.012 hab. população 18.406 hab
3,80 hab/km2 densidade demográfica 33,6 hab/km2
1.054,448 Km2 área territorial 547,0 km²

Informações:
BRASIL - https://cidades.ibge.gov.br
URUGUAY - http://www.otu.opp.gub.uy
“Tudo se passa na fronteira entre
as coisas e as proposições”
(DELEUZE, 1974, p. 11).

A fronteira é o lugar da comunicação


e articulação entre as coisas e as
proposições, seja na linguagem
(entre os verbos e os adjetivos), nas
artes (entre o pensamento subjetivo
e a obra), na arquitetura (entre a
criação projetual e a materialidade)
ou no próprio território de fronteira
Internacional (entre eu e os outros).

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