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DIREITO CIVIL PARTE GERAL

Do nome, do estado e do direito de personalidade

04/10/2018
Mossoró/RN, Lígia Silva de França Brilhante

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PARTE GERAL
Do nome, do estado e do direito de
personalidade

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DO NOME
• Conceito: meio pelo qual é identificado familiar e
socialmente - nome é a identificação da pessoa
humana ou elemento identificador por
excelência.

• Todos tem direito ao nome.

• Natureza Jurídica: Direito da personalidade de


cada indivíduo, recebendo o mesmo proteção
constitucional.

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DO NOME
Prenome: Identifica um membro da família.
– Pode ser escolhido livremente
– Irmão não pode ter o mesmo prenome a não ser que seja
duplo.
– Pode ser simples ou composto.

Sobrenome: É o sinal que identifica a procedência da pessoa,


indicando a sua filiação ou estirpe (Família).
– É imutável e adquire-se com o nascimento. Portanto não é
escolhido
– São os apelidos de família, pode ser do pai ou da mãe ou de
ambos.
– Em regra, é formado pelo patronímico materno e paterno,
sucessivamente.

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DO NOME
CÓDIGO CIVIL
• “Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por
outrem em publicações ou representações que a exponham
ao desprezo público, ainda quando não haja intenção
difamatória”
• Tutela da respeitabilidade, boa fama e honra do titular.
• “Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em
propaganda comercial”.

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DO NOME
CÓDIGO CIVIL
• “Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza
da proteção que se dá ao nome”.

• Pseudônimo - mesma proteção que se dá ao nome - art. 19 -


se adotado para fins lícitos terá a mesma proteção que se dá
ao nome - muito comum entre artistas, cantores, atores.

• Perdas e danos - os arts. 17, 18 e 19, quando violados,


acarretam o direito a perdas e danos, morais ou patrimoniais.

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Prenomes ridículos
• Art. 55, parágrafo único, Lei nº 6.015/73 - os oficiais
do registro civil não podem registrar prenomes
ridículos - se os pais não se conformarem com a
recusa do oficial, este submeterá o caso à decisão do
juiz competente, por escrito e independentemente
da cobrança de quaisquer emolumentos.

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Lei nº 6.015 – Lei de Registros Públicos

• Retificação do nome por erro de grafia - onde se


processa - petição - art. 110, Lei nº 6.015/73 -
evidentemente, se o nome contém erro gráfico ele
poderá ser corrigido - essa providência se dará no
próprio cartório onde se encontrar o assentamento e
se fará mediante petição assinada pelo interessado,
ou procurador - não haverá pagamento de selos e
taxas.

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Da imutabilidade do nome
• Em regra o nome é imutável.

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Exceções à regra da definitividade do nome -
arts. 56, 57 e parágrafos, e 58 da Lei nº
6.015/73:
• a) o interessado, no primeiro ano após ter
atingido a maioridade civil - alteração do
nome, desde que não prejudique os apelidos
de família, permitindo-se alteração do
prenome e acréscimo de sobrenomes de
antecedentes, como avós, bisavós.

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Exceções à regra da definitividade do
nome
• b) decisão judicial que reconheça motivo
fundamentado e excepcional para a alteração,
como o caso dos transexuais, submetidos à
cirurgia para mudança de sexo;
• c) substituição do prenome por apelido
notório ou seu acréscimo - o exemplo, notório
é o de Maria das Graças XUXA Meneghel;

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Exceções à regra da definitividade do
nome
• d) a alteração de nome em razão de fundada
coação ou ameaça decorrente de colaboração
com a apuração de crime, dificultando alguma
vingança por parte do condenado;
• e) adição ao nome do sobrenome do cônjuge,
no caso de casamento;
• f) adoção;

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Exceções à regra da definitividade do
nome
• g) mudança do nome da mulher divorciada no caso de haver
sido condenada ou tiver renunciado ao uso dos apelidos do
marido;
• h) união estável,
• i) retorno ao nome de solteira em virtude de falecimento do
marido (o STJ, em decisão inédita, entendeu ser juridicamente
possível uma viúva retornar ao nome de solteira, por analogia
com a dissolução do casamento, que dá esse direito à
mulher);
• m) quando houver embaraço no setor comercial ou
profissional
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Estado
• Conceito: atributo da personalidade,
constituindo-se na soma das qualificações da
pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos
jurídicos. É o seu modo particular de existir.

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Classificação
• A) Familiar:
• - Em relação ao matrimônio: solteiros, casados,
companheiros, separados, divorciados e viúvos.
• - Em relação ao parentesco: pai, filho, irmão...
• B) Individual: Preocupa-se com a situação jurídica da
pessoa oriunda de suas próprias peculiaridades.
• - Idade, sexo, cor, altura, saúde (são ou insano
e incapaz)...
• C) Político:
• - nacional (nato ou naturalizado), estrangeiro,
apátrida.
• D) Profissional: Trabalho e profissão que a pessoa exerce.

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Caracteres
• a) Indivisibilidade: Apesar de muitas designações
não pode ser considerado a não ser em conjunto.
• b) Indisponibilidade: Não se pode renunciar e
nem transferir.
• c) Imprescritibilidade: Os direitos relativos ao
estado podem ser exercidos por prado
indeterminado.
• Além disso é pessoal (identifica com própria
pessoa) e de ordem pública (são impostas por
lei).

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Ações do estado
• O Estado é protegido por ações que são
próprias.
• São chamadas ações de Estado ou prejudiciais.
• As ações de Estado tem dois objetivos.
- Primeiro: o de reconhecer ou negar a
existência de um estado. Ex.: Investigação de
Paternidade.
- Segundo: o de modificar um determinado
estado. Ex.: Divórcio

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Direitos de personalidade
• Conceito: "... são aqueles para cujo exercício é
suficiente a titularidade da personalidade, entendida
em seu sentido de aptidão para ter direitos e
obrigações" (De Cupis, cf. Fábio Ulhôa Coelho).

• Direitos fundamentais do ser humano, também


denominados direitos naturais, que garantem e
defendem o atributo mais essencial do ser humano,
que é a sua dignidade, em torno da qual gravitam -
destinam-se, pois, à defesa da integridade total do ser
humano, seja física, psíquica, intelectual, moral, social,
cultural ou espiritual.

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Direitos de personalidade
• Os direitos de personalidade são direitos
absolutos. O que for verdadeiramente emanação
da personalidade humana tem de ser
reconhecido por todos, porque a personalidade é
a própria base comum do diálogo social.
• Objetivo: Os direitos da personalidade foram
criados para dotar o direito de mecanismos
eficientes para tutelar três princípios básicos
constitucionais: o princípio da dignidade da
pessoa humana, da igualdade e da solidariedade.

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Direitos de personalidade
• Aqueles que têm por objeto os atributos
físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e
suas projeções sociais.
• Esfera extrapatrimonial do indivíduo.
• Valores não redutíveis pecuniariamente.
• Aplicam-se ao nascituro, embora não
detenham personalidade jurídica – art. 2º do
CC/02.

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Direitos de personalidade
• Vejamos o disposto no Art. 5º, incisos V e X da CF/88:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou
à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

• Art. 52, CC/02: Aplica-se as pessoas jurídicas, no que


couber, a proteção dos direitos da personalidade.

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Direitos de personalidade

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Natureza e fundamento
• Fundamento constitucional dos direitos da
personalidade - art. 1º, III, CF - a dignidade da
pessoa humana.

• Natureza dos direitos da personalidade ou


personalíssimos - são atributos inatos ao homem
- são essenciais, inseparáveis da natureza
humana e da sua dignidade congênita.
• Constituem o conteúdo mínimo da própria
pessoa.

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Direitos de personalidade

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Natureza e fundamento
• Características
• a) absolutos (oponíveis contra todos ou erga
omnes).
• b) extrapatrimoniais (insuscetíveis de
valorização econômica).
• c) indisponíveis em sua grande maioria.
• d) intransmissíveis à esfera jurídica de
outrem.
• e) irrenunciáveis na sua maioria.
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Natureza e fundamento
• Características
• f) impenhoráveis não são objeto de penhora para
a satisfação de dívidas.
• g) imprescritíveis - não estão sujeitos ao decurso
do tempo.
• h) vitalícios, perenes ou perpétuos - as pessoas
são titulares deles por toda a vida.
• i) ilimitados - impossibilidade de taxar o rol de
direitos da personalidade.
• j) inatos ou originários - sua aquisição se dá com
o nascimento com vida, independente da
vontade de quem quer que seja.
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• Características previstas pelo CC –

• Art. 11 Com exceção dos casos previstos em


lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo
o seu exercício sofrer limitação voluntária.

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CLASSIFICAÇÃO
• DIREITOS DA PERSONALIDADE:

A) VIDA E INTEGRIDADE FÍSICA (corpo vivo, voz,


cadáver)
• direito à integridade física diz respeito à
proteção jurídica do corpo humano, isto é, sua
incolumidade corporal, incluída a tutela do corpo
vivo e do corpo morto, além dos tecidos, órgãos e
partes suscetíveis de separação e individuação
(Orlando Gomes).

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LESÃO APÓS O ÓBITO
• Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão,
a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos,
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
• Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá
legitimação para requerer a medida prevista neste
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em
linha reta, ou colateral até o quarto grau.

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LESÃO APÓS O ÓBITO

• NÃO ESQUEÇA!
Reconhece-se, como direito da personalidade da
pessoa viva, a proteção dos direitos da
personalidade de alguém que já morreu.
Art. 12, parágrafo único: São os chamados
lesados indiretos.

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DIREITO AO PRÓPRIO CORPO
• Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o
ato de disposição do próprio corpo, quando
importar diminuição permanente da
integridade física, ou contrariar os bons
costumes.
• Parágrafo único. O ato previsto neste artigo
será admitido para fins de transplante, na
forma estabelecida em lei especial.

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DIREITO AO PRÓPRIO CORPO
• OBS.:
O art. 13 do CC, em momento algum veda que
se possa realizar cirurgias estéticas ou até
mesmo cirurgias de mudança de sexo, o que se
veda é a comercialização de órgãos.

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DIREITO AO PRÓPRIO CORPO
A questão da mudança de sexo e mudança no registro
• As cirurgias de mudança de sexo, também
denominadas como transgenitalização ou
de redesignação sexual, são assuntos muito comuns
em nosso cotidiano, e , por este motivo, tornaram-se
motivo de debate.
• O conselho federal de medicina, fixa rígidos critérios
para que o procedimento possa ocorrer.
• A cirurgia, que pode ser realizada tanto em hospitais
particulares, como também em hospitais públicos, não
depende de autorização judicial.

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DIREITO AO PRÓPRIO CORPO
A questão da mudança de sexo e mudança no
registro:
• O enunciado nº 276 das Jornadas de Direito Civil, disciplina
que: “ o art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do
próprio corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de
transgenitalização, em conformidade com os procedimento
estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina e a
consequente alteração do prenome e sexo no Registro Civil”.
• O enunciado nº 6 já apontava que “a expressão “exigência
médica” contida no art. 13 do Código Civil refere-se tanto ao
bem-estar físico quanto ao bem-estar psíquico do agente”.
• Atenção: Admite-se não só a mudança do nome, quanto a
mudança do próprio gênero no Registro Civil, no entanto, essa
mudança só é possível para quem realizou a cirurgia de
redesignação sexual.

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DIREITO AO CADÁVER
• Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou
altruístico, a disposição gratuita do próprio
corpo, no todo ou em parte, para depois da
morte.
• Parágrafo único. O ato de disposição pode ser
livremente revogado a qualquer tempo.

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DIREITO AO CADÁVER
• Em relação ao corpo morto, trata-se de um
ato necessariamente gratuito e revogável a
qualquer tempo. Ressalta-se que, que a
vontade do doador prevalece sobre a dos
familiares.
• A doação de órgãos duplos ou regeneráveis
pode ocorrer ainda em vida.

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TRATAMENTO MÉDICO DE RISCO
• Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a
submeter-se, com risco de vida, a tratamento
médico ou a intervenção cirúrgica.

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CLASSIFICAÇÃO
• DIREITOS DA PERSONALIDADE:

B) INTEGRIDADE PSÍQUICA E CRIAÇÕES


INTELECTUAIS
B.1 Liberdade: faculdade de agir conforme sua
consciência, observando-se os limites da liberdade
alheia. Liberdade civil, política, sexual, religiosa.

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CLASSIFICAÇÃO
• DIREITOS DA PERSONALIDADE:
B) INTEGRIDADE PSÍQUICA E CRIAÇÕES INTELECTUAIS
B.2 Privacidade:
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o
juiz, a requerimento do interessado, adotará as
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato
contrário a esta norma.
- DIREITO DE ESTAR SÓ

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CLASSIFICAÇÃO
• DIREITOS DA PERSONALIDADE:
B) INTEGRIDADE PSÍQUICA E CRIAÇÕES INTELECTUAIS
B.3 Segredo: doméstico, profissional
• Proteção contra a indiscrição

C) INTEGRIDADE MORAL (honra, imagem, identidade


pessoal)

C.1 Honra Objetiva x Honra Subjetiva

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CLASSIFICAÇÃO
C) INTEGRIDADE MORAL (honra, imagem, identidade
pessoal)
C.2 Proteção à Palavra e à Imagem
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à
administração da justiça ou à manutenção da ordem
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da
palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu
requerimento e sem prejuízo da indenização que couber,
se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

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DIREITO À IMAGEM

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DIREITO À IMAGEM

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CLASSIFICAÇÃO
C) INTEGRIDADE MORAL (honra, imagem, identidade
pessoal)

C.3 Identidade Pessoal


Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele
compreendidos o prenome e o sobrenome.

Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado


por outrem em publicações ou representações que a
exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória.
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CLASSIFICAÇÃO
C) INTEGRIDADE MORAL (honra, imagem,
identidade pessoal)

C.3 Identidade Pessoal

Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o


nome alheio em propaganda comercial.

Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades


lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

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O NOME E A MULTIPARENTALIDADE
• O STF, em 2016, decidiu no RE 898.060, ser possível a
chamada multiparentalidade. O que significa dizer que
uma pessoa pode ter, eventualmente, mais de uma pai
ou mais de uma mãe.
• O STF frisou ainda que essa constatação deverá
produzir todos os “efeitos jurídicos próprios”.
• Havendo a multiparentalidade reconhecida
judicialmente, o filho poderá ostentar o nome de todos
os pais, na medida em que mantém relação de
parentesco (paterno-filial) com todos eles.
• http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento
/informativo840.htm

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O NOME E A MULTIPARENTALIDADE
Paternidade socioafetiva não exime de responsabilidade o pai
biológico
A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público,
não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante
baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios.
Ex: Lucas foi registrado e criado como filho por João; vários anos
depois, Lucas descobre que seu pai biológico é Pedro; Lucas poderá
buscar o reconhecimento da paternidade biológica de Pedro sem que
tenha que perder a filiação socioafetiva que construiu com João; ele
terá dois pais; será um caso de pluriparentalidade; o filho terá
direitos decorrentes de ambos os vínculos, inclusive no campo
sucessório.
(STF. Plenário. RE 898060/SC, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21 e
22/09/2016 (Info 840)).
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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
ANÁLISE DE CASO CONCRETO E
QUESTÃO OBJETIVA
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CASO CONCRETO 1
Júlia Cibilis é uma famosa atriz que foi
violentamente assassinada no ano de 2000,
deixando como herdeira apenas sua mãe, Maria
Cibilis. Um ano depois do falecimento, jornal de
grande circulação publica fotos do corpo de Júlia
que foram tiradas durante a perícia, no local do
crime, totalmente desfigurada e parcialmente
nua. Pergunta-se: Maria pode pleitear dano
moral? Em caso positivo, a que título? Em caso
negativo, por quê? Justifique sua resposta.
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CASO CONCRETO 2
Após um dia normal de trabalho em seu escritório, JOÃO DE DEUS
HONÓRIO DOS SANTOS, advogado bem sucedido no ramo do direito
empresarial, 40 anos, chega em casa avisando a mulher e aos filhos
que estava muito feliz, pois sua escola de samba ganhou o
campeonato depois de 16 anos de espera e que ia à padaria comprar
umas cervejas para comemorarem juntos. João saiu e nunca mais
voltou, já faz nove anos, oito meses e quinze longos dias. Sendo certo
que não deixou representante ou procurador. Pergunta-se:
a) O caso de João se trata de ausência ou morte presumida?
b) Após todo esse tempo desaparecido, é correto afirmar que a
propriedade dos bens de João poderá ser definitivamente entregue
aos seus herdeiros?
c) E se João Batista aparecer nove anos e onze meses depois alegando
que fora abduzido por alienígenas, terá direito a ter seus bens de
volta?
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QUESTÃO OBJETIVA 1
Assinale a opção correta:
A) Tanto o Código Civil de 1916 como o novo Código Civil
disciplinam os direitos da personalidade.
B) O caráter extrapatrimonial dos direitos da personalidade
significa que é juridicamente impossível requerer
indenização em face de sua violação.
C) De acordo com o novo Código Civil, salvo o caso de exceções
legais, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
D) Conforme disciplina do novo Código Civil, o pseudônimo,
mesmo adotado para atividades lícitas, não goza da proteção
que se dá ao nome.
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QUESTÃO OBJETIVA 2
Quanto aos direitos da personalidade no Código Civil Brasileiro, é
CORRETO afirmar que:
a) Os direitos da personalidade, sem exceção, são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária.
b) A lei do país de nacionalidade da pessoa natural determina as
regras sobre o começo e o fim da sua personalidade.
c) É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita
do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
d) O pseudônimo adotado para atividade de qualquer natureza goza
da mesma proteção que se dá ao nome.
e) A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, de ofício,
adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato
contrário a esta norma.
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13/12/2018 57
Obrigada!

13/12/2018 58

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