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Identificando

As Crenças
Centrais
Teorias e Práticas Psicoterápicas
Frederico M R Pinheiro
Características das Crenças Centrais
 Crenças centrais são as crenças mais profundas do indivíduo, são elas que
edificam o seu sistema de crenças e definem sua personalidade, as
crenças centrais são responsáveis pelo viés geral que perpassa
processamento de informações cotidiano do indivíduo.
 As crenças centrais geralmente são fortemente influenciadas pelas
primeiras experiências do indivíduo na infância e adolescência, porém
experiências significativas podem modificá-las ou construí-las.
 O texto da Judith Beck foca fortemente sobre as crenças centrais a
respeito do self, porém costumeiramete também são consideradas para
a conceituação cognitiva as crenças a respeitos dos outros e do mundo e
também as crenças a respeito do futuro.
 As pessoas costumam possuir crenças positivas e negativas.
 A modificação de crenças centrais de pacientes com transtorno de
personalidade é usualmente mais árdua.
Categorizando as Crenças Centrais
 As crenças centrais negativas sobre o self podem ser divididas em
crenças de desamor e crenças de desamparo.
 As crenças de desamparo referem-se à
incapacidade/capacidade do individuo operar no ambiente.
Geralmente pessoas com crenças de desamparo se acham
vuneráveis, impotetes, incapazes, fracos e sem controle.
 As crenças de desarmor referem-se a incapacidade/capacidade
do indivíduo pertencer a grupos e se filiar a pessoas. Com
freqüência as pessoas com crenças de desamor se acham mal
queridas, estranhas, feias, rejeitadas, mau e inferior.
 “Eu não sou bom o suficiente” Em qual se enquadra ?
Identificando Crenças Centrais
 Para identificar crenças centrais são usadas as mesmas técnicas
aplicadas as crenças intermediárias?
 1.Reconhecendo quando uma crença é expressa como PA
 2. Organizando a primeira parte da suposição
 3. Obtendo diretamente uma regra ou atitude
 4.Usando a técnica da flecha descendente
 5. Examinando os pensamentos automáticos do paciente a procura de
temas comuns
 6. Revisando o questionário de crença preenchido pelo paciente
Modificando Crenças Centrais

 As crenças centrais geralmente são difíceis de serem modificadas. O


terapeuta deve avaliar o grau de insight do paciente, seu nível de
sofrimento emocional e a qualidade da aliança terapêutica para decidir
o melhor momento para introduzi-lo as suas crenças centrais.
 Tendo identificado a crença central negativa, o terapeuta mentalmente
projeta uma nova crença central mais realista e funcional e orienta o
paciente em sua direção.
 Uma crença relativamente positiva muitas vezes é mais fácil de adotar
do que uma crença extrema.
Educando o paciente sobre Crenças
Centrais

 É importante salientar:
 Que a crença central é uma idéia, uma visão particular, uma
interpretação e não a verdade.O paciente muitas vezes vai acreditar
nela com convicção e até sentir que ela é verdade, mesmo sendo falsa.
 Que a crença é enraizada em eventos da infância ou adolescência e que
pode ou não ter sido verdade nesse período. Que a crença continua a
ser mantida por mecanismos de auto-confirmação.
 Que, trabalhando juntos, ele e o terapeuta podem modificar a crença
através de diversas estratégias, flexibilizando as antigas crenças centrais
e fortalecendo as novas.
Minuta da Crença Central
Usando outra pessoa como ponto de
referência
 Considerar a crença como de outra pessoa permite
criar um distanciamento psicológico .

 Método:
 Citar pessoa com uma crença diferente
 Identificar alguém com a mesma crença
 Role-play em que o paciente deve convencer outra
pessoa
 Imaginar alguém próximo (filhos)
Auto Revelação

 Terapeuta usa exemplo pessoal.


 A auto-revelação apropriada e judiciosa pelo
terapeuta pode ajudar os pacientes a verem seus
problemas e crenças de uma forma diferente
Comparação com extremos

 Use um exemplo, real o imaginário, que é o extremo


oposto do crença do paciente.
Metáfora

 Uma história pode ajudar o paciente a mudar a as


crença, pensando em uma situação diferente, porém
com conexões com sua experiência.
 Histórias possuem uma componente emocional que
ajudam na mudança
Testes Históricos

 Rever a história do paciente em busca dos primeiros


episódios que geraram a criação crença, em seguida
outros episódios que a tenham fortalecido
 Depois é importante buscar por evidências que
refutem a crença
 O paciente deve já estar familiarizado com a minuta
da CC
Reestruturando Memórias Antigas

 Utiliza-se a técnica de role-play ou imaginação para o


para ajudar a reviver um evento traumática de sua
história, em seguida o terapeuta investe na
ressignificação do evento
Cartões de Enfrentamento

 Cria-se cartões que o paciente pode levar na carteira


ou na bolsa com frases de enfrentamento construídas
em sessão para que o paciente possa lidar melhor com
as cognições distorcidas.
Experimento comportamental

 O paciente decidi junto com o paciente algum teste


comportamental para avaliar a validade de sua
crença
Role-play Racional-Emocional

 Essa técnica é útil quando o paciente afirma que pode


entender intelectualmente que sua crença é falsa, mas
emocionalmente “senti” que ela é verdadeira. O
terapeuta e o paciente interpretam então as partes
emocional e racional cada um por vez, expressando
seus argumentos. É indicado que o terapeuta inicie
sendo a parte racional, pois tem melhor habilidade
para lidar com afirmações desadaptativas da parte
emocional. Depois é invertido os papéis para onsolidar
a aprendizagem do paciente como parte racional.
Atenção, são respostas racionais e emocionais, e não
um diálogo socrático.
Examinando Vantagens e
Desvantagens da Crença
 Paciente e terapeuta examinam juntos a consequências
positivas e negativas das crenças do paciente,
salientando que apesar de ajudar a lidar com o
sofrimento em certa medida, muitas vezes elas
colaboram para sua manutenção.

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