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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

DAS PROVAS
CONCEITO
 Na redação do art. 389 do CPC, “Há confissão, judicial ou
extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.”
Elementares da Confissão:
 Elemento Subjetivo: parte ou sujeito declarante;
 Elemento Intencional: reflete o caráter volitivo ou a vontade
para declarar o fato;
 Elemento Objetivo: fato declarado e contrário aos interesses
do confitente .

LEIDIANE FERRAZ leidinha.ferraz@hotmail.com


NATUREZA JURÍDICA

 A confissão tem sua natureza jurídica como meio de prova;


 A confissão não pode ser confundida com o reconhecimento
jurídico do pedido .
Art. 487. “Haverá resolução de mérito quando o juiz:
III – homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido
formulado na ação ou na reconvenção.

LEIDIANE FERRAZ leidinha.ferraz@hotmail.com


ESPÉCIES

LEIDIANE FERRAZ leidinha.ferraz@hotmail.com


REQUISITOS
 o confitente deve ter capacidade plena (art. 213, caput, do
CC), não podendo confessar os incapazes (art. 392, § 1º, do
Novo CPC) ou seus representantes legais(art. 392,§ 2º, do
novo CPC)
 inexigibilidade de forma especial para a validade do ato
jurídico confessado
 disponibilidade do direito relacionado ao fato confessado(art.
392, caput, do Novo CPC)

GUILHERME HENRIQUE guihenque@hotmail.com


REQUISITOS
 Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente,
não prejudicando, todavia, os litisconsortes.
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis
ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um
cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o
regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

 Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente,


só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal.

GUILHERME HENRIQUE guihenque@hotmail.com


IRREVOGABILIDADE E NULIDADE
 No atual CPC-2015, não se fala em “revogar”, pois a confissão não possui
caráter negocial, mas, há a possibilidade de ser anulada em hipótese de erro
de fato ou coação.
Art. 393 caput. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada
se decorreu de erro de fato ou de coação.
 Caso haja trânsito em julgado da decisão, é necessário ajuizar uma ação
rescisória;
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser
rescindida quando:
III- resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da
parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes
afim de fraudar a lei;
VI- for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em
processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação
rescisória.

YARA CAVALCANTI yara_2007cf@hotmail.com


IRREVOGABILIDADE E NULIDADE
 A legitimidade para propor a propor anulação da confissão
é do confitente.
Art. 393, paragrafo único. A legitimidade para ação
prevista no caput é exclusiva do confitente e pode ser
transferida a seus herdeiros se ele falecer após a
propositura.
 Erro de fato X Erro de direito
O Código civil italiano artigo 2.732, afirma que “ só é
possível invalidar-se confissão se houver erro de fato.’’

YARA CAVALCANTI yara_2007cf@hotmail.com


INDIVISIBILIDADE
 A confissão é indivisível, assim dispõe o art. 395 do CPC:
“A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte, que a
quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e
rejeitá-la no que lhe for desfavorável”.
 Regra: Princípio da indivisibilidade
 EXCEÇÃO: Pode haver a cisão da confissão, quando o confitente
apresentar fatos novos (modificativos, impeditivos ou extintivos)
que constituam defesa de direito material ou reconvenção;
 A questão da indivisibilidade da confissão não pode ser examinada
sem se atentar para as regras do ônus da prova.
 Indivisibilidade da confissão absoluta x relativa

PRISCILA TORRES priscilartcs@gmail.com


Este material é fruto de uma compilação da
matéria sob o enfoque de diversos autores, dentre
eles: Alexandre Freitas Câmara, Daniel Amorim
Assumpção Neves, Fredie Didier Junior e
Humeberto Theodoro Junior.

Material utilizado para fins acadêmicos e


não lucrativos.

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