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Patologia Radiológica

Fraturas
Professor: Cleocir Seixas dos Santos Junior
Técnico em Radiologia
CRTR: 0944T
O QUE É FRATURA?
 A fratura é a ruptura dos ossos, ou seja, quando acontece uma

perda da continuidade óssea. Após um traumatismo, o osso se


divide em dois ou mais fragmentos.
QUAIS OS TIPOS DE FRATURAS?
 Há vários tipos de fratura, as que melhoram antes de serem

diagnosticada;

 As que precisam de emergência médica.

 A fratura exposta é a mais perigosa. Quando a fratura exposta não é

bem tratada pode provocar uma infecção.


CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS

 As fraturas podem ser classificadas de acordo com vários


critérios:
SEGUNDO A CAUSA

 As fraturas traumáticas correspondem à grande

maioria das fraturas, e resulta da aplicação de


uma força sobre o osso que seja maior que a
resistência deste.
SEGUNDO A CAUSA

Pode ocorrer no local de um impacto (fratura


direta), num local afastado da zona de impacto
(por exemplo, fratura da clavícula após queda
sobre a mão - fratura indireta), ou por
contracção muscular violenta (fratura por
tração muscular).
SEGUNDO A CAUSA

 As fraturas de sobrecarga ou de stress são

devidas à aplicação repetida e frequente


de pequenas forças sobre um osso, que
leva a uma fadiga que condiciona a fratura.
SEGUNDO A CAUSA

 Fraturas patológicas ocorrem num osso

previamente fragilizado, por exemplo por


osteoporose ou um tumor ósseo.
Geralmente não há evidência de
traumatismo que justifique a fratura.
SEGUNDO A LESÃO ENVOLVENTE
• Nas fraturas simples não há perfuração da

pele, ao contrário do que acontece nas


fraturas expostas, onde pode ocorrer uma
infecção bacteriana, havendo por vezes a
necessidade de suturar a ferida.
SEGUNDO A LESÃO ENVOLVENTE

 Nas fraturas complicadas há atingimento de vasos

sanguíneos ou nervos. Uma diminuição ou ausência


dos pulsos, assim como palidez ou perda de
consciência, podem indicar lesão de um vaso
sanguíneo (mesmo que não haja hemorragia
evidente), sendo importante nestes casos a prestação
rápida de cuidados de saúde adequados.
SEGUNDO A LESÃO ENVOLVENTE

 Outro exemplo de fratura complicada, são as

fraturas abertas ou conhecidas como expostas.


Nessas fraturas o osso se quebra e atravessa a pele
causando uma enorme ferida que se estende desde
o osso fraturada, ate a superficie da pele deixando
com isso a fratura em evidencia.
SEGUNDO A CONTINUIDADE OSSEA

Fratura Transversa:

É quando o traço de fratura atravessa o


osso numa linha mais ou menos reta.
SEGUNDO A CONTINUIDADE OSSEA

Fratura em Fissura:

São aquelas em que as bordas ósseas ainda


estão muito próximas, como se fosse uma
rachadura ou fenda.
SEGUNDO A CONTINUIDADE OSSEA

Fratura em GalhoVerde
É a fratura incompleta que atravessa apenas uma
parte do osso. São fraturas geralmente com
pequeno desvio e que não exigem redução;
quando exigem, é feita com o alinhamento do
eixo dos ossos. Sua ocorrência mais comum é em
crianças e nos antebraços (punho).
SEGUNDO A CONTINUIDADE OSSEA

Fratura Cominutiva
É a fratura que ocorre com a quebra do
osso em três ou mais fragmentos.
SEGUNDO A CONTINUIDADE OSSEA

Fratura Espiral
É quando o traço de fratura encontra-se ao
redor e através do osso. Estas fraturas são
decorrentes de lesões que ocorrem com
uma torção.
SEGUNDO A CONTINUIDADE OSSEA

Fratura Oblíqua
É quando o traço de fratura lesa o osso

diagonalmente.
SEGUNDO A CONTINUIDADE OSSEA

Fratura Impactada
É quando as partes quebradas do osso
permanecem comprimidas entre si,
interpenetrando-se.
SINAIS E SINTOMAS
• Suspeite imediatamente da presença de fratura,

quando a vitima apresentar:

• Dor ou sensibilidade anormal (a vítima pode

segurar o local afetado, tentando proteger-se da


dor).

• Inchaço no local.

• Deformidade no local.
SINAIS E SINTOMAS

• Presença de áreas arroxeadas.

• Ausência de movimentos ou enorme


dificuldade para movimentar-se.

• Presença de pontas de ossos atravessados na

pele.

• Sensação de ossos quebrados sob a pele

(crepitação).
TORÇÕES OU LUXAÇÕES
 Além das fraturas, existem ainda outros 2 tipos

de ferimentos nos ossos também considerados


importantes. São eles:

 Torções ou entorses: que são provocadas pela

movimentação de uma circulação além dos


seus limites (capacidade) fisiológicos.
TORÇÕES OU LUXAÇÕES

 Luxações: que se caracterizam pela perda de

congruência articular. Essa situação pode ser


traduzida como "um osso que sai do seu encaixe
normal".
Consolidação Óssea
O Tecido ósseo é o único que no final de sua cicatrização
originará tecido ósseo verdadeiro e não fibrose como os
demais tecidos.
Consolidação Óssea

Complicações:
- Consolidação viciosa
- Retardo de consolidação
- Não consolidação – Pseudo artrose
- Encurtamento
Consolidação Óssea

Princípios de cicatrização das feridas e consolidação das fraturas:

- Suprimento sanguíneo
- Aposição dos bordos
- Proteção (repouso – imobilização)
Consolidação Óssea

Fatores que interferem na cicatrização:

- Idade do paciente
- Intensidade do trauma (grau de necrose)
- Doenças (desnutrição – infecção – doenças metabólicas, tumorais,
etc).
Consolidação Óssea

Tipos de cicatrização:

1ª Intenção (cicatrização per prima)


Limpa – coaptada – vascularizada

2ª Intenção (falta um dos princípios)


Consolidação Óssea

Diferença entre cicatrização das feridas e consolidação óssea:


O tecido fibroso é transformado em tecido ósseo.

Princípios fundamentais para consolidação:


- Vascularização endóstio – perióstio
- Coaptação dos bordos
- Imobilização
Consolidação Óssea
Formação Calo Ósseo
- Hematoma
- Organização do hematoma – 12 horas
- Proliferação celular – 16 horas
- Osteoblastos
- Osteoclastos
- Revascularização óssea – 72 horas
- Tecido de granulação (fibrose) – 21 dias
- Calo mole – 06 a 12 semanas
- Calo duro – 12 a 20 semanas
Consolidação Óssea
Fatores que influenciam na consolidação:
- Idade
- Estado nutricional
- Doenças
- Infecções
- Mobilidade
- Vascularização
- Interposição de partes moles
Consolidação Óssea

Complicações:

- Retardo de consolidação
- Pseudo artrose
- Hipertrófica
- Hipotrófica ou atrófica
- Normotrófica
Processo de Consolidação da Fratura: Fase Inflamatória

 Estágios Precoces Fase Inflamatória:

No Hematoma Fraturário início do processo


de reparação óssea a partir das partes moles
proliferação das células osteogênicas que se
diferenciam das células mesenquimatosas das
partes moles adjacentes. Neste estágio
ocorrerá uma explosão populacional de células
osteogênicas que formará rapidamente o calo
da fratura que inicialmente consiste de uma
massa espessa envolvente de tecido
osteogênico .
Processo de Consolidação da Fratura: Fase Inflamatória

Este Período ocorre nas 1ª semanas ( em 2


Semanas) neste momento se forma o calo ósseo
inicial ou seja o calo ósseo mole de consistência
fluida que progressivamente se torna mais
firme (como uma cola de endurecimento
lento), viscoso e determina menor mobilidade
no foco de fratura.
Processo de Consolidação da Fratura: Fase do Calo Ósseo Mole

Será observado no Tecido Osteogênico a Neoformação Óssea,


originando o Osso Primitivo, por diferenciação das células
osteogênicas em osteoblastos (fora do foco de fratura) e
condroblastos (próximo ao foco de fratura: formando
inicialmente tecido cartilaginoso). Este processo ocorre
primeiramente fora do foco de fratura (periósteo mais
vascularizado e menor mobilidade da fratura).
Processo de Consolidação da Fratura: Fase do Calo Ósseo Mole

Neste momento forma-se o Calo Ósseo


Provisório (Externo e Interno) que é uma
Mistura de Osso Primitivo e Cartilagem,
envolvendo o foco de fratura formando uma Cola
Biológica que se Endurece Gradualmente e os
componentes cartilaginosos são substituídos por
Osso através do Processo de Ossificação
Endocondral.
Processo de Consolidação da Fratura: Fase do Calo Ósseo Duro

 Formação do Calo Ósseo Duro

Neste Estágio da Consolidação da Fratura já se


Observa a Formação do Calo Ósseo Duro e firme o
suficiente para evitar a mobilidade no foco de
Fratura. Ao Examinar a Fratura não se detecta mais
mobilidade no foco de fratura. Entretanto o Osso
ainda não recuperou sua Resistência Original é um
Osso Primitivo. No Raio X observa-se ainda o traço
de fratura com evidência de Osso no Calo Ósseo. O
Tempo da Consolidação Clínica do Fratura vai
Depender deVários Fatores.
Processo de Consolidação da Fratura: Fase de Remodelação Óssea

 Durante o Consolidação da Fratura haverá o

Amadurecimento do Calo Ósseo Provisório


(Calo Ósseo Duro) com a Substituição
Gradual do Osso Primitivo por Osso
Lamelar Maduro (Osso Cortical) ou Osso
Esponjoso Maduro (Osso Trabecular). Em
Alguns Meses esta substituição dará origem à
um excesso de Osso Maduro sendo
observado no Raio X um Calo Ósseo
Exuberante determinando uma União Óssea
Segura e formado por Osso Maduro com sua
Resistência Original.
Processo de Consolidação da Fratura: Fase de Remodelação Óssea

Haverá o Surgimento da Canal Medular Através


da Fratura Consolidada caracterizando a
Consolidação Radiológica da Fratura. Fase Final
da Consolidação da Fratura: Remodelação Óssea
No Final da Consolidação Óssea Todo o Osso em
Excesso será Reabsorvido originando um osso
com sua Espessura quase normal com Tecido
Ósseo Normal e Formação do Canal Medular.

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