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EMPREGABILIDADE

É o destaque e prestígio reconhecidos pelo


mercado de trabalho em relação a sua
capacidade de saber lidar com pessoas, agir
eficazmente, ter iniciativa e determinação para
fazer as coisas acontecerem.

É A CAPACIDADE DE OFERECER AQUILO QUE AS


EMPRESAS NECESSITAM!

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EMPREGABILIDADE

Empregabilidade assenta em 6 pilares.


 Adequação da profissão à vocação.
 Competências: Preparo técnico; Capacidade de liderar pessoas; Habilidade
política; Habilidade de comunicação oral e escrita em pelo menos dois idiomas;
Habilidade em marketing; Habilidade de vendas; Capacidade de utilização dos
recursos tecnológicos
 Idoneidade – confiança de parte a parte
 Saúde Física e mental - praticar exercício físico, evitar o consumo de álcool e
tabaco e manter a auto estima em dia.
 Reserva Financeira – fontes de renda alternativa, poupanças, educação financeira.
 Relacionamentos.
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FATORES ESSENCIAIS À EMPREGABILIDADE

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PROCURAR SEMPRE

ATUALIZAÇÃO

Disposição para se reciclar e


aumentar continuamente os
conhecimentos, por meio de
leitura, cursos, palestras,
participação em projetos, etc.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Comportamentais: capacidade de relacionar-se com as outras


pessoas; atitudes no trabalho.

Técnicas: conhecimentos e habilidades especificas; experiência


profissional.

Gerenciais: liderança e capacidade de comandar pessoas e obter


resultados.

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C.H.A.
Conhecimento + Habilidades + Atitudes
(Saber) (Saber Fazer) (Querer fazer)

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C.H.A.V.E

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COMO CONTINUAR EMPREGÁVEL

Mais importante do que


ter um emprego é ter
empregabilidade.

Procure no seu trabalho


Aproveite todas as
ter uma visão do seu
oportunidades que lhe
todo. Estar sempre
são oferecidas para
atualizado.
adquirir conhecimento.

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DESENVOLVENDO A EMPREGABILIDADE

Aprendizagem contínua.

O profissional deve ser empreendedor, aprender a


identificar oportunidades, a valorizar-se, procurar
soluções.

O profissional deve ser empreendedor, aprender a


identificar oportunidades, a valorizar-se, procurar
soluções.

O profissional deve ser empreendedor, aprender a


identificar oportunidades, a valorizar-se, procurar
soluções.
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Para conseguir um resultado diferente da
maioria, você precisa ser diferente da maioria
dos profissionais.

Se fizer igual a todos os outros, irá obter os


mesmos resultados, portanto para ser um
profissional diferenciado, deve-se fugir do
senso comum.

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1. O Sistema de Formação Profissional

A formação tem sido a intervenção


eleita para aperfeiçoar o desempenho
dos trabalhadores, pois mostra algumas
especialidades que atraem os
responsáveis.

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1. O Sistema de Formação Profissional

Em primeiro lugar, se pretendemos que um trabalhador realize melhor a sua tarefa,


é perfeitamente lógico que necessite de melhores conhecimentos e competências
para o fazer.

Em segundo lugar, a formação como solução de desempenho tem sido fortificada


pela experiencia dos diretores/chefes.

Por último, a formação é muito vantajosa, uma vez que as organizações têm,
geralmente, uma unidade de formação, pelo que o diretor pode nela delegar a
identificação e implementação das soluções de formação.

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1. O Sistema de Formação Profissional

A história

A formação profissional principia-se


apenas no século XIX, altura em que, em
resultado da Revolução Industrial e da
crescente responsabilidade do Estado na
Educação Pública, aumentou a
preocupação com o ensino científico e
técnico.

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1. O Sistema de Formação Profissional

A história

Assim, em 1836, foram criados por Passos


Manuel, dois conservatórios de artes e ofícios,
um em Lisboa e outro no Porto.

Estes espaços reuniam diversas maquinarias,


pertencente a fábricas e oficinas, que ilustravam
a evolução das técnicas e onde as máquinas
estavam disponíveis para serem utilizadas pelo
público, constituindo uma escola viva.
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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

A instabilidade política verificada no período


imediatamente a seguir não possibilitou a
ampliação e a sobrevivência destas
iniciativas acabando por acabar.

Mais tarde, em 1852 foi criada a primeira


escola industrial, no Porto, por iniciativa da
Associação Industrial Portuense.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

No entanto, dois anos depois, esta escola passou para a responsabilidade do


Estado, passando a chamar-se Instituto Industrial e Comercial do Porto.
Desde então, o ensino industrial e comercial foi-se ampliando, sofrendo
sucessivas reformas, sobretudo nos anos de 1864, 1884, 1886, 1891, 1893 e
1898. No ano de 1891, eram já 28 as «escolas técnicas», cuja ação se tem
vindo a alargar até ao presente.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

No final da década de 1920,


houve uma reformulação e organização
destas escolas, fixando-se uma rede
escolar de 19 escolas industriais, 7 escolas
comerciais e 20 escolas industriais e
comerciais.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Já sob o regime do Estado Novo, em


1947/1948, teve lugar uma nova reforma
cuja configuração perdurou até ao final da
década de 1970.

Nessa configuração, o ensino secundário


técnico passou a constituir um ramo de
ensino paralelo ao ensino regular, mas
sem facultar o acesso direto a outros
níveis de ensino.
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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

O ensino técnico era realizado nesse tempo, nas designadas escolas industriais e
comerciais.
De um leque de aproximadamente 80 cursos, os que foram mais frequentados foram
nas áreas da metalomecânica, eletricidade, comércio e formação feminina.

O ensino técnico iniciava-se logo após os 4 anos de ensino primário e era constituído
por um ciclo preparatório com características de orientação profissional (com a
duração de dois anos), e por um «curso de formação» cuja duração podia variar entre
3 e 4 anos.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

A aprovação nos cursos técnicos dava acesso aos cursos preparatórios, com a duração
de 1 ou 2 anos. Após a realização dos mesmos, os alunos podiam candidatar-se aos
Institutos Industriais e Comerciais e às escolas de Belas-Artes, mas não lhes era
conferido um acesso direto à universidade.

Esta situação marcava uma diferenciação social na sociedade portuguesa da época,


gerando disparidades profundamente marcantes no acesso às profissões mais
qualificadas e prestigiadas.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

A reforma de 1948 contemplava ainda algumas modalidades recentes de


formação orientada para ativos:

 Os «cursos de aperfeiçoamento» em regime noturno;


 Os cursos «complementares de aprendizagem» de frequência simultânea
com a «iniciação profissional»;
 Os cursos de «mestrança» que visavam a formação de chefias diretas da
produção.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1960

Na década de 1960, surgem novas condições económicas e sociais que


tornaram visível a insuficiência quantitativa da formação profissional criada no
sistema educativo, nomeadamente:

 A emergência de uma maior procura


de mão-de-obra pela indústria;

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

 o aumento do emigração rural;

 O aumento da emigração de
destino europeu;

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

 Os problemas causados pela


mobilização militar para a guerra
das colónias.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

 Os problemas causados pela


mobilização militar para a guerra
das colónias.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Como consequência de tudo isto, foi desenvolvida uma nova intervenção.

Em 1962, foi criado o Fundo de Desenvolvimento de Mão-de-Obra (FDMO),

financiado pelas comparticipações do Fundo de Desemprego e das Empresas,


constituindo o suporte financeiro específico do novo sistema.
Nesse mesmo ano, também foi criado o Instituto de Formação Profissional
Acelerada (IFPA) responsável pela «ascensão do nível profissional dos
trabalhadores».

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Em 1964, foi criado , no âmbito do FDMO, a Divisão de Formação


Profissional e,
em 1965, foi criado o Centro Nacional de Formação de Monitores (CNFM)
com o objetivo, de preparação do pessoal ao serviço dos centros.

No fim da década, a rede de centros de formação, entretanto criada,


estabilizou em cerca de 13 unidades.
Metodologicamente, estes centros valiam-se da «formação
profissional acelerada» utilizada em organismos iguais europeus.
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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Para proceder à «coordenação e centralização» dos diversos serviços de


formação profissional,
em 1968, foi criado, o Serviço de Formação Profissional (SFP),
funcionando na dependência do FDMO e integrando o IFPA, o CNFM e a
Divisão de Formação Profissional.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1970

Na reforma educativa do início dos anos de 1970, as duas vias do secundário


foram aproximadas pela criação de cursos gerais do ensino técnico
(equivalentes ao 5.º ano do liceu).
Foram criados cursos gerais técnicos nas áreas da:

 Agricultura;

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1970

 Mecânica;  Eletricidade;

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1.OOSistema
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FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1970

 Química;  Construção Civil;

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FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1970

 Têxtil;  Administração e comércio;

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1970

 Formação feminina e artes visuais;

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Os cursos gerais davam acesso a cursos complementares da respetiva área


profissional, com duração de dois anos, e a sua conclusão permitia o ingresso
no ensino superior.

De 1974 a 1976 a democratização do país refletiu-se na educação.

A intenção de reformar o ensino secundário técnico, aproximando-o dos


conteúdos do ensino geral, conduziu à efetiva perda dos cursos técnicos.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1980 à atualidade

Em 1980, foi feita uma primeira iniciativa de restabelecimento do ensino


profissionalizante, com a criação do 12.º ano do ensino secundário,
oferecendo 31 cursos de formação pré-profissional.

Em 1983 surgiu uma nova tentativa de relançamento do ensino técnico,


através de um projeto denominado «ensino técnico-profissional», o qual
diversificava a oferta formativa a partir da escolaridade obrigatória.

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1980 à atualidade

Este processo foi desenvolvido conjuntamente pelo Ministério da Educação e pelo


Ministério do Trabalho.
Neste âmbito, foram criados dois tipos de cursos que tinham como requisito de
ingresso a aprovação no 9.º ano de escolaridade.
Este processo integrava cursos técnico-profissionais com a duração de três anos e
cursos profissionais com a duração de um ano acrescido de um estágio profissional de
seis meses. Estes últimos cursos foram sendo extintos progressivamente, quer pelas
dificuldades de organização dos estágios, quer por falta de inscrições de alunos.
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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

Década de 1980 à atualidade

Em 1993 e em 1998, foi necessário proceder-se a uma revisão do enquadramento


legal das escolas profissionais. No âmbito do Ministério da Educação, iniciou-se a
transição dos cursos técnico-profissionais para cursos tecnológicos, em 1992, tendo-
se generalizado a sua implementação nos anos seguintes.
Os novos cursos passavam a ter uma duração de 3 anos, sendo constituídos por
uma componente de formação geral, uma componente específica e uma
componente técnica. Tal como os cursos das escolas profissionais, passavam a
conferir diploma do ensino secundário e a permitir o acesso ao ensino superior.
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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

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1.OOSistema
Sistemade
deFormação
FormaçãoProfissional
Profissional

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1. O Sistema de Formação Profissional

Um Modelo Tradicional de Formação

O modelo tradicional de formação é marcado por


uma lógica racional e economicista, onde o aspeto
humano é encarado especialmente como um
recurso, assim como o capital e os recursos
materiais.
Trata-se de formar para postos de trabalho, ensinar
um “saber-fazer” muitas vezes distanciado.

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1. O Sistema de Formação Profissional

Um Modelo Tradicional de Formação

Este modelo de formação pode ser expresso da seguinte forma:

 A formação profissional é feita numa fase posterior à formação

escolar, complementar à educação formal;

 Não faz menção aos níveis mínimos de formação, fundamentais à

eficiência da formação profissional.

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1. O Sistema de Formação Profissional

Um Modelo Tradicional de Formação

A prática da formação tinha um papel de diminuir as diferenças

existentes entre as qualificações tidas pelos trabalhadores e as

qualificações exigidas pelas funções dos novos postos de trabalho.

Existia a preferência do investimento material sobre a formação do pessoal.

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1. O Sistema de Formação Profissional

Um Modelo Tradicional de Formação

As escolhas técnicas não eram decididas em função das capacidades dos

trabalhadores em dominar o equipamento, mas em função de uma lógica de

rentabilidade financeira.

A formação é percebida como uma consequência e

não como um fator fundamental de escolha.


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1. O Sistema de Formação Profissional

A necessidade de um Novo Modelo de Formação

Atualmente o Mercado de trabalho procura qualidade e flexibilidade e, para tal, é


necessário novas competências e novos conhecimentos que se tornam amplos, no
sentido de envolverem agora um maior número de saberes antes isolados pela divisão
de tarefas.

O progresso tecnológico e os novos métodos requerem


diferentes competências, que não estão instantaneamente
disponíveis a partir do sistema de ensino, devido à sua
demorada adaptação às exigências das empresas.

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1. O Sistema de Formação Profissional

A necessidade de um Novo Modelo de Formação

À formação cabe o papel de fornecer às organizações as competências

necessárias à sua atividade, quando estas não são obtidas no recrutamento.

O “fator humano” passa a ser cada vez mais encarado como um meio

essencial e imprescindível à competitividade das empresas.

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1. O Sistema de Formação Profissional

A necessidade de um Novo Modelo de Formação

Um dos objetivos principais da formação deverá ser a composição de um reforço

estratégico de qualificações, ao contrário dos modelos de formação tradicionais,

essencialmente reativos.

Deve-se agora apostar num modelo proativo orientado

em função do mercado, e das necessidades e ambições

dos trabalhadores.
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1. O Sistema de Formação Profissional

Etapas de um Plano Formativo

O processo formativo, que se traduz na constituição de um plano de formação,


assenta em quatro fases imprescindíveis para a sua concretização:

1. levantamento e diagnóstico das necessidades formativas,

2. planeamento da formação,

3. implementação do programa de formação, e

4. avaliação do programa de formação.

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1. O Sistema de Formação Profissional

Etapas de um Plano Formativo

Os sub-processos, ou, neste caso, etapas da


formação apresentam-se no seguinte fluxograma:

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1. O Sistema de Formação Profissional

Etapas de um Plano Formativo

A primeira etapa: levantamento e diagnóstico das necessidades formativas

É a fase mais fundamental para a execução do plano de toda a ação formativa.


Nesta fase, põe-se em prática uma ação com vista a detetar carências, a nível
individual e coletivo, presentes na sociedade, que sejam referentes a
conhecimentos, capacidades e comportamentos, e que podem ser eliminadas
através da formação, ou seja, uma das funções primordiais desta fase de análise é a
identificação das áreas que têm possibilidade de evolução por via da formação.

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1. O Sistema de Formação Profissional

Etapas de um Plano Formativo

A segunda fase: o planeamento da formação

Tem como suporte as conclusões conseguidas do diagnóstico de necessidades


formativas, bem como as metas que se pretende alcançar.
Apoiando-se nestes pressupostos, os responsáveis pelos planos formativos estabelecem
as instruções para o seguimento e afirmação dos objetivos da formação, bem como as
medidas necessárias à sua execução.

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1. O Sistema de Formação Profissional

Etapas de um Plano Formativo

A segunda fase: o planeamento da formação

dá-se então início ao processo de composição das matérias pedagógicas, a identificação


e estruturação de conteúdos, ponderando o público-alvo a quem se destina mais
especificamente a formação em termos de competências, os objetivos que se
pretendem alcançar com essa ação e ainda os instrumentos técnicos necessários e
devida calendarização.

Torna-se também aqui importante assegurar a adaptação do teor formativo às


necessidades individuais e relativas às funções de trabalho dos formandos
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1. O Sistema de Formação Profissional

Etapas de um Plano Formativo

A terceira fase: implementação do plano de formação

Nesta etapa, dá-se a execução do projeto planeado na etapa anterior. É o


momento da aplicação, que se segue à programação das ações, dos meios e
dos balanços.

Posto isto, é neste momento que a formação acontece realmente.


É, ainda, de salientar que a eficácia da implementação de um plano
formativo depende em muito do poder das atitudes e medidas
tomadas anteriormente, nas duas primeiras etapas.
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1. O Sistema de Formação Profissional

Etapas de um Plano Formativo

A quarta fase: avaliação do programa de formação

O objetivo desta fase é colher informações sobre as consequências da ação formativa


para decidir a sua eficiência.
Os responsáveis fixam mecanismos de avaliação para decidir se as ações de formação
impulsionaram transformações positivas para a sociedade. Procura-se com isto, verificar
se o plano de formação acatou às exigências para as quais foi projetado. Fazem-no por
via de uma avaliação de reações, que consiste na averiguação do grau de satisfação dos
formandos em relação à formação que frequentaram e às condições em que a mesma foi
acontecendo.
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2. Definição de Formação

De acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo Português (Lei n.º

46/86, de 14 de Outubro), a formação profissional complementa a

preparação dos indivíduos para a vida ativa, facilitando uma integração

dinâmica no mundo de trabalho, através da aquisição de conhecimentos

e competências profissionais, de forma a responder às necessidades de

desenvolvimento e evolução tecnológica do país.

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2. Definição de Formação

Como refere Arménio Rego (2015), o conceito de formação sempre esteve

presente ao longo da história da Humanidade, não só pelo facto dos mais

velhos ensinarem os mais novos, como também “ (...) num regime em

que o mestre orienta o aprendiz na arte e no ofício.”

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2. Definição de Formação

O conceito de formação, segundo Cabrera (2006) é o “O conjunto de


experiências de aprendizagem planeadas por uma organização, com o
objetivo de induzir uma mudança nas capacidades, conhecimentos,
atitudes e comportamentos dos empregados”.

Bubkley e Caple (2003) defendem que “os conhecimentos, capacidades e


atitudes devem ser segmentados para as funções que os formandos
executam de modo a aumentar a produtividade da organização.”

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2. Definição de Formação

Numa perspetiva mais abrangente, a formação é o processo, seja ele


formal ou informal, planeado ou não, através do qual as pessoas
aprendem novos conhecimentos, capacidades, atitudes e
comportamentos necessários para a realização do seu trabalho.

A formação é cada vez mais vista pelas organizações e pelos


colaboradores como um importante instrumento de criação de
valor. Contribuí para a elevação do nível de produtividade, rentabilidade e
valorização do capital humano das organizações.
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2. Definição de Formação

Com a crise que o país enfrentou ao longo dos tempos, torna-se cada vez

mais necessário apostar em formação ao longo da vida. São cada vez mais

frequentes os jovens e adultos que apostam na sua qualificação no âmbito

da Iniciativa Novas Oportunidades, quer por iniciativa própria, quer por

incentivo da sua entidade patronal.

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2. Definição de Formação

Fatores que reforçam a importância da formação profissional

São cinco os fatores que reforçam a importância da formação profissional:

• Incrementa a produtividade e a rentabilidade – A baixa taxa de qualificação dos


portugueses é um problema do nosso país. Muitas vezes, as empresas acabam por
refletir essa problemática nos níveis baixos de produtividade e de rentabilidade. A
formação profissional contínua é uma das soluções para erguer esses níveis de
produtividade e de rentabilidade;

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2. Definição de Formação

Fatores que reforçam a importância da formação profissional

• Garante a validação de conhecimentos - A formação profissional é a única forma de


muitos cidadãos manterem/renovarem a certificação de alguns dos seus cursos.
Contudo, a formação profissional não deve ser vista como uma obrigação legal, mas
sim, como uma forma de garantia das aptidões dos profissionais e de evolução dos
mesmos;
• Reaviva e atualiza conhecimentos – A formação profissional é importante para fazer
um refresh dos conhecimentos adquiridos. No entanto, também pode manter os
profissionais atualizados sobre as mais recentes tendências, legislação, tecnologias e
exigências práticas para os seus afazeres profissionais;
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2. Definição de Formação

Fatores que reforçam a importância da formação profissional

• Diferencia profissionais – a formação profissional diferencia e valoriza diversos


profissionais, como por exemplo, na altura do recrutamento ou na promoção
profissional/salarial;
• Inserção profissional – A formação profissional aumenta as possibilidades de
inserção no mercado de trabalho, também pode ser aplicável a empregados que
procuram melhorar a sua situação profissional.

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2. Definição de Formação

Como conclusão,

Podemos definir o conceito de Formação Profissional como: “um


conjunto de atividades que visam a aquisição de conhecimentos,
capacidades, atitudes e formas de comportamento exigidos para o
exercício das funções próprias duma profissão ou grupo de
profissões em qualquer ramo de atividade económica.”

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3. O Centro Europeu para o Desenvolvimento
da Formação Profissional (CEDEFOP)

O CEDEFOP é uma agência da UE (União Europeia), fundada em 1975 e sediada


em Salónica, na Grécia, desde 1995 e tem como missão fornecer dados que
servem de base para o desenvolvimento da política de ensino e formação
profissional da UE.
Esta agência reúne responsáveis políticos, organizações patronais e sindicatos,
institutos de formação, professores e formadores, bem como formandos de
todas as idades, isto é, todos os interessados no ensino e formação
profissionais.

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4. Sistema Nacional de Qualificações

Para falarmos do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ) importa


definir o conceito de aprendizagem ao longo da vida, como sendo
“toda a atividade de aprendizagem em qualquer momento da vida,
com o objetivo de melhorar os conhecimentos, as aptidões e
competências, no quadro de uma perspetiva pessoal, cívica, social
e/ou relacionada com o emprego.”

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4. Sistema Nacional de Qualificações

O Quadro Europeu de Qualificações (QEQ) é um quadro europeu de


referência comum que possibilita fazer corresponder os sistemas de
qualificações de vários países, operando como um dispositivo de conversão
com o objetivo de tornar as qualificações mais claras e mais compreensíveis
entre os diferentes países e sistemas na Europa.

São dois os objetivos principais do QEQ:


o Promover a mobilidade dos cidadãos entre países;
o Facilitar a sua aprendizagem ao longo da vida.
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