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A Carta de intenções de Deus

Seis Perguntas que revelam o que Deus quis


transmitir em um texto
• O que se segue se apoia em três pressuposições:

1. As Escrituras têm dois autores, um divino e, pelo menos, um


humano.
2. Deus pretende algo por meio do que diz. Ele sempre fala com um
propósito.
3. Pela graça de Deus e a iluminação do Espírito Santo, podemos
discernir o suficiente do que Deus pretende dizer e fazer em
qualquer passagem das Escrituras por meio da oração e da atenção
cuidadosa e submissa às palavras que os autores humanos usam,
em seus respectivos contextos literários, canônicos, culturais e
teológicos.
• Se alguma dessas pressuposições for falsa, o pregador está trilhando
um caminhos inútil. Ele não tem nenhuma mensagem autorizada e
diferenciada vinda de Deus.
• Nossa tarefa como pregadores não é dizer tudo o que vier à mente
quando estudamos a Bíblia, mas discernir o que Deus tinha em
mente, o que ele pretendia ao inspirar o autor humano a escrevê-la e
mostrar como essa intenção é relevante para os nossos ouvintes.
• O significado que um texto tem para nós hoje precisa ser derivado do
significado que tinha para os ouvintes originários e estar em
harmonia com ele.
• Vejamos as perguntas:
1. O que o texto é funcionalmente
• Com base no seu conteúdo e estrutura, o que a passagem da
pregação parece querer fazer? É um lembrete, uma explicação, um
apelo (convite), uma repreensão, uma ordem ou uma descrição.
• Descobrimos a resposta por meio de leitura submissa e em oração e
da observação cuidadosa de coisas como as palavras, suas relações
gramaticais e sintáticas, o gênero literário do trecho (se é narrativa,
poesia, carta, etc) e seu contexto. Aqui temos pistas relativas ao que a
passagem está querendo alcançar.
• Imperativos apontam para ordem ou exortação;
• A presença de consequências negativas sugere uma advertência;
• Resultados positivos podem sinalizar uma promessa.
• Orações com propósito e resultado despertam o ouvinte para um
raciocínio, uma explicação ou alguma relação de causa e efeito.
2. Qual é o tópico do texto?
• Qual é o assunto do texto? É sobre oração, fé, esperança,
julgamento...
• O Sermão deve expor o assunto do texto.
3. O que esse texto está dizendo sobre o
tópico?
• Se nós discernirmos o tópico do texto da pregação corretamente,
todo o resto de que o texto trata estará associando ao tópico de
algum modo diferenciado. Agora lemos o texto para deixa-lo dizer o
que vai dizer sobre o tópico. Se o tópico é oração, a resposta a essa
terceira pergunta pode ser que a oração é essencial ou muito
negligenciada.
4.Para que resposta esse texto chama?
• Um texto que é uma exortação relativa à indispensabilidade da
oração sem dúvida dita a resposta que um sermão a partir desse
texto deve buscar: ore! – aplicação sugere ação. O texto pode
convidar para mais de uma resposta. Ex. Apc. 2.
5. Como esse texto evoca essa resposta?
• Essa pergunta ajuda a explicar o texto em oposição a uma mera
referência a ele. Aqui olhamos mais de perto para os traços da
passagem da pregação, não agora como o pregador desenvolve o
assunto, mas para como direciona o ouvinte à resposta que o autor
tinha em mente. Quando pregada como Palavra de Deus, a Bíblia
funciona naqueles que a recebem como ela é (1 Ts. 2.13).
• Essa pergunta busca maneiras em que esse texto transforma a vida do
cristão ao renovar sua mente (Rm 12.1-2) e como ele o santifica.
• O sermão pode usar meios legítimos adicionais para levar as pessoas
a respostas válidas, mas negligenciar os meios do próprio texto é
permitir que nos seja roubada a autoridade para pregar. Mais
importante, a intenção do autor inclui levar uma resposta fiel e
obediente de maneiras apropriadas.
• Ex. 1 Coríntios 15.58:
6. Como esse texto contribui para a trama
maior da redenção?
• Cada passagem de pregação é uma parte integral do livro bíblico em
que é encontrada, mas também contribui para a história da redenção
e de algum modo diferenciado aponta para Cristo.
• Ex. Salmo 110 é aplicado a Cristo – Mt 22.41-45; Atos 2.34-36; Hb.
1.13; 5.6; 7.17,21).
• Gênesis 15.6 (“isso lhe foi creditado como justiça”) não foram escritas
apenas por causa de Abraão, mas por nossa causa, os cristãos (Rm
4.22-25). E sabemos, por meio de 1 Coríntios 10.6-11 que os vários
eventos na história de Israel foram escritos como exemplos para
nossa instrução.
• Tudo deve ser submetido ao uso do Novo Testamento e permitir que
esse uso inspirado funcione como lentes pelas quais ganhamos uma
avaliação melhor do texto antigo e de como ele encontra seu
cumprimento no Novo Testamento.

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