MBA finanças corporat ivas e valor das organizações
GOVERNANÇA CORPORATIVA – Um salto para a
perpetuidade? Estudo sobre a ótica de gestão de uma empresa familiar no ramo da vitivinicultura
Aluna: Caroline Messer
São Leopoldo 2010
Unidade-caso A empresa ao qual se trata o presente estudo está situada na cidade de Farroupilha no Rio Grande do Sul e atua no ramo da vitivinicultura. A Família ao qual pertence a empresa tem sua história original, ou seja, fundação da vinícola em meados de 1940 – passando de geração para geração. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Para o presente estudo de caso, questiona- se:
Qual o papel da governança corporativa,
como fator decisivo, na perpetuidade dos
negócios de uma empresa de gestão familiar, no ramo de vitivinicultura? OBJETIVOS
Geral: Analisar até onde, e se a prática de
gestão e controle familiar permite a perpetuidade dos negócios de uma empresa e quando se faz necessário a inserção de uma administração profissional como a governança corporativa. OBJETIVOS
Específicos:
Mapear o modelo de gestão atual da empresa, com base
no controle familiar, apontando seus objetivos e possíveis
resultados;
Identificar os pontos positivos e negativos da empresa
manter uma administração familiar comparando-os a uma
administração profissional independente; MÉTODO O método utilizado nesta pesquisa é o de estudo de caso que é
caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objetos de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Para Yin (2005) o estudo de caso é a estratégia escolhida ao se analisarem acontecimentos contemporâneos, mas quando não se pode manipular comportamentos relevantes.
Quanto a abordagem, trata-se de uma pesquisa de natureza
qualitativa devido as características interpretativas dos resultados do
estudo.
No que se refere as perspectivas da pesquisa, é possível dizer que se
trata de uma pesquisa descritiva, na qual o pesquisador observa,
registra, analisa e correlaciona os fatos ou fenômenos, descrevendo as características de determinada população e estabelecendo relações entre variáveis. CONSIDERAÇÕES Segundo o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa),
“Conceitualmente, a Governança Corporativa surgiu para superar o
"conflito de agência", decorrente da separação entre a propriedade e
a gestão empresarial. A preocupação da Governança Corporativa é criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.”
CONSIDERAÇÕES Com base em Cam pos (2003), ent endesse:
D ESAFIOS D AS EM PRESAS D E CON TROLE
FAM ILI AR Profissionalizar a família e a
propriedade na velocidade da profissionalização da empresa.
At rair e ret er t alent os Coesão, unidade e com prom isso
com pet ent es e das fam ílias propriet árias. m ot ivados. Sucessão. Desenvolver as novas lideranças. Criar congruência cult ural apropriada e sent ido de equidade. Adm inist rar os conflit os ent re as necessidades de dinheiro da Diferenciar – tratar o seu negócio como fam ília vs. da empresa. negócio e a sua família como família. CONSIDERAÇÕES Segundo Campos (2003): “um dos pilares fundamentais da economia
moderna é empresa familiar. Mas não só seus gestores, como também
as famílias têm de ser preparados para enfrentar os novos desafios do ambiente corporativo dinâmico.”
Com base nessas premissa, após inúmeras visitas a empresa,
conversas informais e entrevistas com acionistas e profissionais que administram a empresa, foi possível entender que a mesma passa por dificuldades financeiras e de administração, onde não se tem um “horizonte” ou uma meta a seguir, pois é possível perceber que a família (sócios) entendem do negócio primordial da empresa, que é a vinicultura, mas em termos de estratégia administração/ finanças os mesmos não possuem entendimento e administração seu bem empresarial com fortes indícios culturais, pesando muitas vezes os interesses da família e não da instituição como entidade corporativa. CONSIDERAÇÕES Para Gallo e Bernhoeft (2003), cada geração deve se capacitar para agregar
valor ao que herdou ao mesmo tempo que desenvolve posturas, condutas e
uma ética que a torne reconhecida e diferenciada no universo em que está presente, e do qual extrai seus ganhos e a riqueza que acumula. Lamentavelmente, este é um grande desafio para o qual muitos empreendedores não destinam a devida importância, o que torna boa parte dos herdeiros despreparados para administrar dinheiro, poder e o próprio sentido de suas vidas.
Sobre este tema os autores afirmam ainda que estruturar um adequado
sistema de governança que permita compatibilizar os interesses coletivos e os individuais de todos os componentes do universo das famílias controladoras e suas representações. Para tanto, não basta criar um Conselho de Administração. Na empresa familiar a governança deve ser vista e praticada numa perspectiva mais ampla. A prática do Conselho de Administração nos seus amplos e relevantes aspectos. PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS FLICK, Uwe. Uma introdução a pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman, 2004. YIN, Robert. Estudo de caso: Planejamento e métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. www.ibgc.org.br – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa www.fbn-br.org.br - Family Business Network CAMPOS, Elismar Álvares da Silva (org.). Governando a Empresa Familiar . Belo Horizonte: Qualitymark - Fundação Dom Cabral, 2003. GALLO, Miguel Angel. BERNHOEFT, Renato. Governança na Empresa Familiar: Gestão. Poder e sucessão. Rio de Janeiro: Campus, 2003.