Pedra Preta, junho de 2010. Base Legal LEI COMPLEMENTAR N° 112, DE 1º DE JULHO DE 2002 D.O. 1º.07.02. POLÍTICA DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional – Lei 9394 de 20 de Dezembro de 1996 PCNs LOPEB - Lei Orgânica dos Profissionais da Educação Básica PORTARIA Nº 327/2009/GS/09/SUGP/SEDUC/MT. Dispõe sobre registro de Assiduidade dos Profissionais da Educação Básica. "Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino". ( Paulo Freire ) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996
Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Dos Profissionais da Educação Art. 61º. A formação de profissionais (LDB) da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: I -a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II -aproveitamento da formação e experiências
anteriores em instituições de ensino e outras atividades. PORTARIA Nº 327/2009/GS/09/SUGP/SEDUC/MT. Dispõe sobre registro de Assiduidade dos Profissionais da Educação Básica. Art. 2º O servidor deverá cumprir integralmente a carga horária do respectivo cargo e/ou da contratação. § 1º O controle do cumprimento da jornada de trabalho do servidor ficará sob a responsabilidade da Equipe Gestora da Unidade e supervisionada pelo Assessor Pedagógico. § 3º O Professor em efetivo exercício da docência deverá cumprir as horas atividades no âmbito da unidade escolar, nos termos do artigo 38, da LC 50/98. § 4º O Professor efetivo que se ausentar das atividades do cargo, da docência ou das horas atividades, sem justificativa legal será considerada falta injustificada. Art. 3º Para efeito de jornada de trabalho/carga horária do professor será considerado:
Regime/Jornada de Trabalho Em sala de aula Em hora atividade
30 horas 20 horas 10 horas
20 horas Se 13 horas Igual a 7 horas
20 horas Se 14 horas Igual a 6 horas
LEI COMPLEMENTAR Nº 50, DE 1º DE OUTUBRO DE 1998 - D.O. 1°.10.98. Art. 38 Fica assegurado a todos os professores o correspondente a 33,33% (trinta e três vírgula trinta e três por cento) de sua jornada semanal para atividades relacionadas ao processo didático-pedagógico. § 1° Entende-se por hora-atividade aquela destinada à preparação e avaliação do trabalho didático, à colaboração com a administração da escola, às reuniões pedagógicas, à articulação com a comunidade e ao aperfeiçoamento profissional, de acordo com a proposta pedagógica da escola. § 2° Dentro de um percentual de até 10% (dez por cento) do quadro de professores, poderá a unidade escolar, nos termos de regulamentação específica, destinar percentual superior ao previsto no caput deste artigo COMPETÊNCIAS NA FORMAÇÃO CONTINUADA Uma iniciativa do Ministério da Educação voltada para a realidade nacional, elegeram algumas macrocompetências ou, como Perrenoud denomina, "família de competências", segundo um recorte capaz de abarcar as necessidades básicas para um professor desenvolver-se profissionalmente. São, portanto, competências consideradas como "condições" para que o professor possa ser um sujeito ativo no seu desenvolvimento profissional, que tenha instrumentos para pensar sobre a sua atuação, para tomar decisões e investir na sua própria formação. São elas: 1. Tematizar a prática;
2. Utilizar a leitura e a escrita para o seu
desenvolvimento profissional;
3. Trabalhar em equipe;
4. Gerenciar sua própria formação.
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2001/cfc/cfc0.htm POLÍTICA DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SISTEMA PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO
Assim, a formação dos profissionais da
educação, especificamente dos professores, deverá enfatizar a escola enquanto unidade básica de mudança e formação (MARCELO, 1999) e o desenvolvimento profissional como um conjunto de processos que possibilitará a inter-relação de diferentes contextos formativos e de diferentes dimensões: pessoais, profissionais, institucionais e organizacionais que constituem a profissionalidade docente (ARRUDA-MONTEIRO, 2003). Desta forma, as propostas de formação desencadeadas pela SUFP deverão problematizar a prática dos profissionais da educação, o que significa submeter as discussões da formação à ação pedagógica, associada aos domínios da didática, das metodologias e das teorias do conhecimento No entanto, não basta discutir a prática, ausente do contexto em que esta se dá. A necessidade de se tomar a escola como espaço de relações, contradições e construção de saberes consiste em outro importante pressuposto que permeia a política de formação. A escola é entendida também como contexto de mudança e formação, uma vez que o desafio consiste em conceber a formação como um processo permanente, integrado no dia-a-dia dos professores (Nóvoa, 1997, p.29). Nesse sentido, Por autonomia entende-se o exercício de cooperação e criatividade, práticas de intervenção e transformação com base na realidade social, implica poder, conhecimento, sensibilidade, desejo e responsabilidade exercida no e com um coletivo (Laranjeira, et alli, 1999, p.22-23). O CEFAPRO
Com o intuito de assumir a
responsabilidade, de modo mais direto, pela formação de seus profissionais, a Seduc criou, em 1998, o projeto dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica - Cefapros. Desde esse período, a Seduc tem se apoiado nos Cefapros para desenvolver a maioria das ações de formação dos profissionais da educação básica. Na realidade, os Cefapros assumem, com a Seduc, a responsabilidade pelo desenvolvimento de determinadas propostas de formação inicial e de outras tantas de formação continuada dos profissionais da educação, estabelecendo parâmetros para a adequação destas à realidade do Estado de Mato Grosso, dadas suas especificidades regionais. Ao desenvolver essas propostas, os Cefapros gozam de autonomia, liberdade de análise e reflexão, em vista da adequação da proposta ao pólo onde atua. Tal procedimento reafirma a autonomia dos Cefapros e descaracteriza sua imagem de meros executores das políticas da Seduc. Os Cefapros assumem a função de executar a Política de Formação dos Profissionais da Educação Básica e subsidiar a Unidades Escolares na elaboração de planejamento de Formação, para a melhoria da ação educativa. Os Cefapros viabilizam a formação continuada de professores de forma descentralizada, situando-se mais próximos dos locais de trabalho destes, além de ser o organizador e promotor de ações desta formação continuada no interior das escolas. O PROJETO “SALA DE PROFESSOR” O Projeto “Sala de Professor” constitui-se em um trabalho voltado à formação continuada, que tem como objetivos: fortalecer a Escola enquanto espaço de formação por meio da organização de grupos de estudos para a construção de um comprometimento coletivo com o processo de ensino e aprendizagem; e contribuir para a superação do déficit da qualidade do ensino público. Dessa forma, fortalecer a escola como locus de formação significa proporcionar ao professor um espaço e tempo para sua formação de maneira contínua, a um só tempo, individual e coletiva. Os grupos de estudos possibilitam aos professores vivenciarem momentos de reflexão e abertura para trocas de experiências e debates, tematizando sua prática e buscando soluções de forma articulada a uma metodologia investigativa voltada para a pesquisa colaborativa da ciência e da realidade sociocultural e econômica do grupo social na qual a escola está inserida. Nesse contexto, a Seduc, através da Superintendência de Formação dos Profissionais da Educação Básica - SUFP, atende às expectativas da Comunidade Escolar, garantindo, não só aos professores a oportunidade de se inserir em um grupo de estudo permanente em seu ambiente de trabalho, mas também, aos que vêm participando dele, a certeza da superação de descontinuidade das ações que têm marcado comumente as trocas de governo e, ao mesmo tempo, oportunidade de planejar e/ou repensar a proposta de formação continuada a partir das necessidades levantadas pelo coletivo da escola. Do exposto, observar-se que a formação de professores é um dos pilares da política Seduc e envolve as ações da várias superintendências, assim como os Centros de Formação e Atualização do Professor e a unidades escolares da rede pública de ensino, na tentativa de somar esforços, razão pela qual tem investido em uma política sistemática de formação profissional. Diretrizes O projeto de formação continuada visa à formação dos Profissionais da Educação através da Formação Inicial, Continuada e Profissionalização técnica, conforme expressos a seguir. Fortalecer e ampliar os Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica do Estado de Mato Grosso. Implementar a formação continuada voltada para desenvolver a capacidade de aprendizagem permanente, domínio das ciências, da convivência democrática, dos valores éticos, políticos, sociais e humanísticos Implementar a política de formação continuada através dos Cefapros. Fortalecer o processo de estudo e reflexões contínuas no âmbito da escola. Construção democrática da formação continuada da escola. Formação continuada voltada para a Educação Básica, suas modalidades e especificidades. Conceber a escola como espaço de relações, contradições e construção de saberes. Trabalho articulado com as superintendências afins no âmbito interno da Seduc. Avaliação dos processos de formação, objetivando desencadear um repensar da prática docente. Assessoramento sistêmico na implementação dos projetos de formação. Estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento e execução de projetos pedagógicos de investigação com vistas a melhorar a qualidade de ensino-aprendizagem. Fortalecer o debate com as instituições de ensino superior sobre a política de formação de professores. Autonomia do grego, autos, por si só, mais nomós que pode ser duas coisas, lei, e ao mesmo tempo, território. (...) Em Ciência política, é a qualidade de um território ou organização de estabelecer com liberdade suas próprias leis ou normas. O conceito difere da Soberania, uma vez que um Estado soberano tem plenos poderes sobre si próprio, em termos de representação diplomática internacional, enquanto na autonomia os poderes não são plenos. Filosoficamente, o conceito de autonomia confunde-se com o de liberdade, consistindo na qualidade de um indivíduo de tomar suas próprias decisões, com base em sua razão individual.