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SEXUALIDADE

PROFª.: GABRIELLE J. ELLER

DISCIPLINA:
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM FRENTE AO
SOFRIMENTO MENTAL

ALUNAS:
A N A PA U L A
MÁRCIA
N AYA R A
PAT R Í C I A
ROSE
VA N I A
CONCEITO DE SEXUALIDADE

Para a maioria das pessoas, falar de


sexualidade, imediatamente remete ao ato
sexual em si e à reprodução, mas a
sexualidade é muito mais abrangente. Pode
ser definida como uma forma de expressão
de afetos, uma maneira de cada indivíduo
se descobrir e descobrir os outros.
Conceito de sexualidade

 A sexualidade engloba a identidade sexual


(masculina e feminina), os afetos, a auto-
estima, as alterações físicas e psicológicas do
decorrer da vida, o conhecimento anatômico e
fisiológico de cada um, a higiene sexual, a
gravidez, a maternidade, a paternidade, os
métodos anticoncepcionais, as doenças
sexualmente transmissíveis, os transtornos
sexuais, entre outros...
Conceito de sexualidade

De acordo com o conceito contemporâneo, a


sexualidade é uma experiência individual
regida por diferentes desejos e condutas que a
tornam absolutamente pessoal e natural.
A forma como cada indivíduo se percebe
como um ser sexual é essencial e natural à sua
natureza e não pode ser modificada por
fatores externos como a moral, a religião e a
imposição de papéis sexuais, pois uma
conduta modificada por fatores externos
resultará em grande sofrimento e angústia.
Conceito de sexualidade

A organização mundial de saúde, diz que:


“A sexualidade humana forma parte
integral da personalidade de cada um”. É
uma necessidade fisiológica humana
básica e um aspecto do ser humano que
não pode ser separado de outros aspectos
da vida.
Sexualidade normal

Sabemos que em nossa sociedade, a


heterossexualidade é a sexualidade
considerada normal. Os discursos religiosos,
médicos e psicológicos são apenas alguns dos
que funcionam, em sua maioria, em favor
dessa idéia. Considerando a importância que
esses discursos ocupam no campo da
educação a afirmação recorrente é de que a
heterossexualidade é uma condição natural.
Sexualidade Normal

Para atingir tal objetivo, apresenta-se a


história do surgimento do conceito de
normalidade. Visto que é a partir de tal
concepção em que a sexualidade normal se
estabelece, ocorre que não sendo a
heterossexualidade uma condição natural, é
necessário que ela seja reiterada
constantemente para conservá-la como a
sexualidade normativa.
Sexualidade do Homem

ANATOMIA

O aparelho genital masculino é constituído


pelo pênis, testículos, próstata, vesículas
seminais, ductos que transportam os
espermatozóides e líquidos que auxiliam na
condução do esperma para fora do
organismo.
Sexualidade do Homem

PUBERDADE

Geralmente, compreende o período


entre 10 e 13 anos marcado por
alterações hormonais e corporais,
porém, esse período pode variar de
indivíduo para indivíduo e cultura
para cultura.
Sexualidade do Homem

ADOLESCÊNCIA

É marcada também por conflitos de


identidade sexual, relacionados à
definição de gênero. Neste período, os
papéis sexuais, social e psicologicamente
determinados exercem grande influência
em homens e mulheres.
Sexualidade do Homem

ADOLESCÊNCIA

Biologicamente nessa fase da início o


interesse pela atividade sexual. Sonhos
eróticos ocorrem com freqüência, começa a
prática da masturbação e os meninos têm
ereções voluntárias e involuntárias. Perto
dos 13 anos muitos meninos já estão
sexualmente maduros e são capazes de obter
orgasmo.
Sexualidade do Homem

ADOLESCÊNCIA

 Aos 15 anos alguns têm vários orgasmos por semana,


geralmente obtidos pela masturbação. A ejaculação
também acontece espontaneamente durante o sono e
é denominada polução noturna.

 Entre os 16 e 17 anos o pênis atinge o tamanho


definitivo. Grande fonte de preocupação masculina,
o tamanho do pênis em ereção varia entre 11 e 16
cm, mas na grande maioria dos homens é de 14 cm.
Sexualidade do Homem

INICIAÇÃO SEXUAL

Entre 14 e 18 anos, em média, o


homem tem as primeiras
experiências sexuais com parceiras
(ou com meninos) mas estas
experiências nem sempre resultam
em penetração.
Sexualidade do Homem

MATURIDADE

A maturidade sexual chega quando as


alterações da puberdade se completam e o
adolescente torna-se capaz de ejacular
espermatozóides saudáveis.
No homem, a maturidade biológica acontece
muito antes que a psíquica e emocional. O
início e o fim da maturidade sexual não tem
um período definido.
Sexualidade do Homem

ANDROPAUSA

Entre os 50 e 60 anos, surgem os primeiros


sinais de envelhecimento e aumento das
queixas quanto a diminuição do desejo e da
qualidade da ereção. É a andropausa,
período da vida sexual masculina marcado
por alterações hormonais, que resulta,
normalmente, na diminuição da atividade
física e sexual.
Sexualidade do Homem

DISFUNÇÕES

Fatores Orgânicos

• Malformações Genéticas e Congênitas

• Doenças nos Órgãos Genitais

• Doenças Sistêmicas

• Cirurgias
Sexualidade do Homem

Fatores Orgânicos

• Fraturas

• Irradiação

• Medicamentos

• Agentes Tóxicos
Sexualidade do Homem

DISFUNÇÕES

Fatores Não-Orgânicos

Socioculturais

Emocionais

Experiências na Vida

Fatores Situacionais
Sexualidade da Mulher

ANATOMIA

A estrutura da genitália feminina divide-se em


órgãos genitais internos e externos.
Sexualidade da Mulher

PUBERDADE E
ADOLESCÊNCIA

A entrada na puberdade é marcada pela


primeira ovulação quando a garota adquire a
capacidade de reprodução. Este período se
prolonga por 3 ou 4 anos até a garota adquirir
a conformação adulta. Geralmente entre os 11
e 15 anos a garota tem a menarca, nome
designado à primeira menstruação .
Sexualidade da Mulher

INICIAÇÃO SEXUAL

A maioria das mulheres tem sua primeira


experiência sexual com um parceiro ou
parceira entre os 15 e 19 anos. Antes da
relação, é comum a garota exercer sua
sexualidade na descoberta do próprio
corpo, na manipulação dos órgãos genitais,
na masturbação, na observação e toque em
amigas e na evolução de carícias íntimas
com garotos, sejam amigos ou namorados.
Sexualidade da Mulher

MATURIDADE

No final da adolescência uma garota torna-se


sexualmente madura. Normalmente o ciclo
menstrual está plenamente regularizado, o
corpo adquiriu as características sexuais
definitivas e está adaptado para eventual
gestação. O período fértil se estenderá até a
menopausa, quando cessarão os ciclos
menstruais.
Sexualidade da Mulher

Climatério e Menopausa

As alterações hormonais da menopausa,


no que se refere à sexualidade,
restringem-se à diminuição da
lubrificação vaginal e às alterações na
plasticidade da mucosa vaginal. Não há,
obrigatoriamente, alterações fisiológicas
no orgasmo e desejo sexual.
Sexualidade da Mulher

Disfunções Sexuais

Na mulher, as disfunções sexuais


classificam-se em: disfunções de
desejo, de excitação e de orgasmo, e
as dores sexuais (dispareunia e
vaginismo).
Sexualidade da Mulher

Condição Global de Saúde

Doenças vasculares associadas com diabetes


podem resultar na diminuição da excitação sexual;
doenças do coração e pulmões podem dificultar a
atividade sexual devido à falta de ar e falta de
lubrificação vaginal; incontinência urinária pode
levar a desconforto e vergonha diminuindo a
atividade sexual. Tratamentos adequados das
doenças crônicas podem levar a uma melhora
clínica, facilitando a atividade sexual.
Sexualidade da Mulher

USO DE DROGAS

Drogas ilícitas, tabaco e álcool são


responsáveis por distúrbios sexuais.
Há medicamentos que também
interferem na libido como os
antidepressivos, ansiolíticos, lítio,
digoxina, alguns anti-hipertensivos,
contraceptivos orais, anti-alérgicos,
etc.
Sexualidade da Mulher

PROBLEMASGENITO-URINÁRIOS

Doenças e lesões nos órgãos genitais,


cistite, câncer de mama e outras
malignidades. As mudanças
ginecológicas durante a vida de uma
mulher também podem modificar o
exercício de sua sexualidade:
puberdade, gravidez, período pós-
parto e climatério.
Sexualidade da Mulher

Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo

Este transtorno é conhecido por frigidez.


Trata-se da falta ou diminuição acentuada do
desejo sexual espontâneo. Suas principais
causas são: dificuldades no relacionamento
conjugal, falta de intimidade, problemas de
comunicação entre os parceiros, tabus sobre a
própria sexualidade, monotonia sexual,
inibições originárias de traumas (abuso
sexual, estupro) e uso de drogas.
Sexualidade da Mulher

Transtorno da Excitação Sexual

É uma incapacidade persistente ou recorrente de


atingir e ou manter uma resposta adequada de
excitação sexual, causando angústia na mulher. Pode
manifestar-se como falta de excitação subjetiva ou
genital (falta de lubrificação) ou outra resposta
somática. Causas emocionais e comportamentais são
comuns nesta disfunção, tais como dificuldades de
relacionamento com a parceria sexual, conceitos
conservadores sobre sexualidade e ausência de carícias
sensuais que ajudam a aumentar a lubrificação
vaginal. Dentre as principais causas orgânicas estão as
doenças na pelve que provoquem dor, atrofia do genital
no climatério e problemas vasculares na região genital.
Sexualidade da Mulher

Anorgasmia

É a ausência de orgasmo em uma atividade


sexual recorrente. Há mulheres que nunca
tiveram orgasmo, outras que já o tiveram,
mas a partir de uma etapa de suas vidas não o
têm mais ou o conseguem pela masturbação.
A anorgasmia pode ser absoluta (quando
ocorre com freqüência) ou situacional (ocorre
em situações específicas). A mulher que
apresenta essa disfunção tem desejo sexual, se
excita, mas o orgasmo é bloqueado por algum
motivo.
Sexualidade da Mulher

Vaginismo

Espasmo involuntário recorrente da musculatura


da vagina quando a mulher está em ato sexual ou
imaginando fantasias. A introdução do pênis é
impedida e se for tentada causará muita dor. Há
casos em que homem e mulher não conseguem
ter relação sexual com penetração, pois o
vaginismo atua como defesa inconsciente contra
o coito. As causas mais freqüentes são: mitos
sexuais originários de educação rígida e
preconceituosa, violência sexual (estupro, abuso
sexual) ou experiências anteriores que tenham
provocado sofrimento físico.
Sexualidade da Mulher

Dispareunia

Dor genital que ocorre repetidamente antes,


durante ou após o coito. Doenças
ginecológicas são a causa mais comum de dor,
que aumenta de intensidade durante a
penetração ou manipulação. Dentre as
afecções que causam dor, as mais freqüentes
são: infecções da vulva e da vagina, tumores
da vulva e da vagina, endometriose, tumores
pélvicos, traumatismos, cistites, alteração
estrogênica, psoríase, herpes genital e DSTs.
DISTURBIOS DASEXUALIDADE

Exibicionismo

Sadismo

Masoquismo

Voyerismo

Don Juanismo

Ninfomania

Bestialidade

Necrofilia
Distúrbios da Sexualidade

HOMOSSEXUALISMO
Orientação sexual de indivíduos que possuem
atração física e/ ou afetiva e/ ou erótica por pessoas
do mesmo gênero sexual . O termo deriva do grego
homos (= o mesmo ) e do latim sexus (= sexo ); o
sufixo dade, em português , designa "o modo de ser
". Embora ainda seja empregado o termo "
homossexualismo ", este não é correto , pois o sufixo
"ismo" reporta ao passado, quando o indivíduo
homoafetivo ou homoerótico era considerado doente
pela Medicina e pela Psicologia, socialmente
indesejável por regimes políticos e tradições
Distúrbios da Sexualidade

Ninguém escolhe ser hetero, homo ou


bissexual . Não há fatores sociais ,
psicológicos ou orgânicos que
determinem por si só a orientação sexual
do indivíduo . No entanto , o
comportamento sexual possui variações
em todas as orientações sexuais, como
explicaremos mais adiante.
Distúrbios da Sexualidade

BISSEXUALISMO

A bissexualidade é a orientação
sexual de indivíduos que possuem
atração física e/ou conseguem
satisfação sexual e afetiva tanto com
mulheres, homens e transgêneros.
Distúrbios da Sexualidade

O transexualismo é um transtorno de
identidade de gênero , também
conhecido como disforia de gênero, que
causa profunda insatisfação sexual e
grande sofrimento nas pessoas que não
buscam acompanhamento médico e
psicológico.
Violência Sexual

Violência sexual pode ser


definida como qualquer tipo
de atividade de natureza
erótica ou sexual que
desrespeita o direito de escolha
de um dos envolvidos.
Violência Sexual

Abuso sexual

O abuso é uma das formas de


violência sexual, caracterizada por
ter como objeto crianças e
adolescentes, ou seja, sujeitos de
direitos, imaturos sexualmente que
necessitam de proteção especial por
parte da sociedade.
Violência Sexual

Pode envolver práticas diversas do


contato genital, tais como carícias,
beijos, exposição à pornografia ou a
situações sexualizadas.
A incidência apresenta distribuição
homogenia por gênero, raça, classe
social e idade.
Violência Sexual

O abuso sexual é uma transgressão secreta,


que viola os limites da intimidade pessoal. É
um processo dinâmico que não se resume a
seus participantes diretos, mas a todo o núcleo
familiar, e é permeado por sensações de culpa,
vergonha e inadequação para a maioria dos
envolvidos. A revelação é um processo
complexo, carregado de ambigüidades e
contradições.
O Papel da Enfermagem
Frente à Sexualidade

O ser humano não pode ser entendido nem


pode funcionar, exceto como uma totalidade,
ou seja, com qualidades físicas, mentais,
emocionais, sociais e espirituais.
Entre as necessidades psicobiológicas está a
sexualidade. A enfermagem deve estar
orientado quanto o que é sexualidade e seus
distúrbios, para poder fazer uma abordagem
coerente e sabendo qual o melhor momento
para essa abordagem, pois o assunto
sexualidade ainda causa muito
constrangimento para muitas pessoas.
O Papel da Enfermagem
Frente à Sexualidade

Ao evitar lidar com problemas relativos a


sexualidade, seja por conhecimento, por
constrangimento ou por qualquer outra razão que se
apresente, a enfermagem nega o a lei do HOLISMO
fundamental na assistência de enfermagem.
A sexualidade abrange diversas áreas, uma delas é a
violência sexual, que é um grave problema de saúde
publica, pelos altos índices de morbidade e
mortalidade feminina. A pessoa violentada
sexualmente precisa de uma assistência em que se
tenha interação com o profissional da saúde, porém
lidar com esse tipo de situação exige muita delicadeza.
Atendimento da Enfermagem
frente ao Abuso Sexual

Um estudo feito, mostra que os profissionais


se sentem impotentes diante de certas
situações, por não saber como resolve-las. Isso
causa uma tensão perceptível nos
profissionais, seguidas de tristeza e angustia.
Lidar com o atendimento a mulheres
violentadas requer uma assistência de
qualidade, pois o compartilhamento de
vivencias e experiências dos pacientes acaba
se tornando rotineiro.
Atendimento da Enfermagem
frente ao Abuso Sexual

Nas entrevistas, foram diversas as reações dos


enfermeiros, que se emocionaram ou se
incomodaram por falar no assunto, ou não
queria se mostrar sensíveis aos fatos.
A analise sobre o que pensam foi a seguinte:
em unanimidade relataram, que o
acolhimento é o fator fundamental para a
assistência, e primordial o estabelecimento de
vínculo e empatia com o cliente, como
também mostrar solidariedade com a sua dor
e sofrimento.
Atendimento da Enfermagem
frente ao Abuso Sexual

Ao falar sobre o que sentiam, disseram que era


complicado, pois nem sempre estavam com vontade,
ou não tinham vontade de atender, por saber que era
um caso de violência, porem, o sentimento de se fazer
solidário e humano, fazia com que o atendimento
fosse realizado.

Alguns diziam que não gostavam de atender e que


não tinha prazer em fazer, porém que o fazia e dava
toda assistência que fosse preciso. E também o fato
de não estarem preparados para dar essa assistência,
e que o medo se torna evidente diante dessas
situações.
Atendimento da Enfermagem
frente ao Abuso Sexual

Sobre como agiam, os profissionais identificaram a


necessidade de estarem capacitados para o
atendimento, sendo essa falta de capacitação uma
interferência na qualidade do atendimento. A forma
como os profissionais reagiam frente ao atendimento
dessas clientes, era com medo, uns tiveram
mudanças na vida pessoal, outros se acostumaram
com a situação, já outros ficaram com medo das
situações do dia a dia. Os primeiros anos de
experiência, eram acompanhados de angustia e dor,
e era muito difícil de atender.
Referências Bibliográficas

Abdo, CHN (org) - Sexualidade Humana e seus


Transtornos. São Paulo, Ed. Lemos, 2000, 2ª ed.

http://www.portaldasexualidade.com.br/

http://www.museudosexo.com.br/

Rev. Acta Paul Enf., São Paulo, Vol. 06, Nº ¼ Pg.


39-42 Autora: GARCIA, TELMA RIBEIRO
Sexualidade Humana: Conhecimento necessário à
formação do enfermeiro
Referências Bibliográficas

ATKINSON, Rita L. et al. Motivação e emoção:


Motivos básicos. In: ATKINSON, Rita L. et al.
Introdução à psicologia. 11. ed. Porto Alegre:
Artmed, 1995. p. 320-321. (Biblioteca Artmed).

http://www.anped.org.br/reunioes/27/ge23/t2311.pdf

Kinsey, A.C.; Pomeroy, W.B.; Martin, C.E. – Sexual


Behavior in the Human Male. Philadelphia, W. B.
Saunders, 1948.
OBRIGADA!

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