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 Enunciada nos princípios de oitocentos por Marc-Antoine
Jullien, a Educação Comparada só começou a ganhar
dignidade académica no século XX. Todavia a expansão da
Educação Comparada não ocorre sob o signo da uniformidade
das abordagens.

 Segundo Rosselló ³« Os comparatistas mais eminentes


reuniram-se várias vezes, mas não chegaram, todavia, a pôr-
se de acordo para formular uma definição.´
 6 ue é certo é ue desde o início até hoje, esteve sempre
vocacionada para compreender a dinâmica dos sistemas
educacionais, ou aspectos com eles relacionados através da
comparação. A comparação em educação, gera uma dinâmica
de raciocínio ue obriga a identificar semelhanças e diferenças
entre dois ou mais fenómenos ou processos educativos e a
interpretá-las tendo em conta a relação destes com o contexto
social, político, económico, cultural«
V        

£ §chneider,

£ Bereday,

£ Vexliard,

£ Noha e Eckstein.
Segundo áriedrich §chneider, a Educação
Comparada divide-se em dois períodos:

 Vedagogia do estrangeiro- Abrange fundamentalmente o


século XIX, é caracterizado pelo resultado das viagens de
estudo feitas ao estrangeiro por pedagogos e políticos, onde
observavam a organização educativa desses países,
comparando-as com a do seu país de origem.

 Vedagogia comparada propriamente dita- Desenvolve-se ao


longo do século XX, caracteriza-se pela aplicação do método
comparativo numa tentativa de explicação do ue determina
ou configura os factos pedagógicos.
Vara ºeorge Bereday este percurso da Educação
Comparada divide-se em três períodos:

 Veríodo de empréstimo- 6corre no século XIX, pretende


traduzir a insistência na apresentação de dados descritivos ue
pudessem favorecer a comparação, com vista a chegar às
melhores práticas educativas, fazendo-as chegar a outros
países.
 Veríodo de predição- Compreende a primeira metade do
século XX e tem início com Michael Sadler. Vara o autor o
sistema educativo não se separa facilmente da sua sociedade -
base, pretende-se então antecipar-lhe um provável sucesso
com base em experiências idênticas feitas noutros países.

 Veríodo de análise- Vretende acentuar o esforço posto na


classificação dos factos educativos e sociais ue lhe estão
associados. Neste caso, interessa prioritariamente desenvolver
técnicas e métodos para uma formulação clara das etapas dos
processos e dos mecanismos comparativos, com o objectivo de
facilitar uma análise menos baseada em valores éticos e
emocionais.
Na óptica de wlexandre Vexliard, existem uatro
períodos para o trajecto da Educação Comparada

 Veríodo estrutural- ‰ representado essencialmente pela obra


de Jullian, ue pretendia ue se trabalhasse comparativamente
os dados para ue se pudesse deduzir princípios e regras
capazes de tornar a educação uma ³ciência´. 6 interesse no
estudo de sistemas educativos estrangeiros era fundamental
para a construção de sistemas escolares, ue por sua vez eram
a chave do desenvolvimento.
 Veríodo dos inquiridores- Decorre entre os anos 1830 a 1914.
Nesta época várias pessoas a mando dos seus governos
percorriam a Europa e os EUA com o objectivo de estudarem
os sistemas educativos em vigor nesses países.

 Veríodo das sistematizações teóricas- situa-se entre as duas


grandes guerras e é marcado pela publicação dos trabalhos de
Schneider, Hans, Kandel, entre outros.

 Veríodo prospectivo- A partir da 2ª Guerra Mundial, os


estudos comparados em educação deixaram de ter uma
preocupação essencialmente histórica e passou a organizar-se
em função do futuro.
Vor último, Noah e Eckstein, a periodização destes autores foi a
ue mereceu mais aceitação. Segundo os mesmos a educação
comparada pode ser subdividida em cinco períodos, baseada
também num tipo de trabalho comparativo.

 Veríodo dos viajantes- Caracteriza-se por trabalhos


assistemáticos, motivados pela curiosidade e marcado por
interpretações subjectivas.
 Veríodo dos inquiridores- Durante grande parte do século
XIX, alguns observadores deslocavam-se a países estrangeiros
à procura de recolher informação ue poderia melhorar o
sistema educativo do seu próprio país.

 Veríodo de colaboração internacional- Este período é visto


como favorável ao intercâmbio de culturas entre os povos, em
ue a educação tinha um papel muito importante na harmonia
e entendimento entre os povos.
 Veríodo de forças e factores- As duas grandes guerras são o
seu marco cronológico. 6s estudos nesta altura salientam a
dinâmica das relações entre educação e cultura e procuram
explicação para os vários fenómenos educativos de cada país.

 Veríodo da ³explicação pelas ciências sociais´- Este período


caracteriza-se fundamentalmente pela procura da explicação
através das ciências sociais. 6s trabalhos, recorrem
fundamentalmente aos métodos empírico ± uantitativos
uando tentam esclarecer cientificamente as relações entre
educação e a sociedade.

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