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FA-573 LABORATÓRIO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

TRATORES AGRÍCOLAS

M.Sc. Eng. Agric. Daniel Albiero


INTRODUÇÃO
Na agricultura mundial os tratores são importantes atores.
O ser humana consegue fornecer potência contínua de
até 0.1 kW (0.13 cv).
Embora os tratores tenham mais de um século de
existência, eles tiveram um primeiro ímpeto na
primeira guerra mundial, mas somente na segunda
grande guerra realmente avançaram devido a enorme
demanda de alimentos e fibras.
A agricultura somente teve ganho de escala
representativo quando os tratores começaram a atuar
de forma significativa.
A palavra TRATOR apareceu pela primeira vez em 1856,
como corruptela das palavras TRAction moTOR
HISTÓRICO
1858-Primeiro motor a vapor aplicada em uma
máquina de arar solo.
1878-Primeiro trator a vapor aplicada em uma
máquina de tração com esteiras.
1889-Primeiro trator movido a um motor de
combustão interna.
1915-Introdução da TDP.
1930-Primeiro trator movido a um motor diesel.
1937-Terceiro ponto foi introduzido.
1950-A potência dos tratores aumentou
rapidamente.
1970-Ênfase na segurança e conforto do operador.
1978-Turbo alimentadores e intercoolers são
adicionados.
1985-Popularização de tratores com eletrônica embarcada e
sistemas de controles computadorizados.
1990-Automação dos sistemas.
TIPOS DE TRATORES

Motocultores (1 a 20 cv)
TIPOS DE TRATORES

Microtratores
Tratores de Jardim (1 a 10 cv)

JD2000
TIPOS DE TRATORES

Microtratores
Tratores agrícolas pequenos (15 a 35 cv)

JD990
TIPOS DE TRATORES
Tratores convencionais de rodas
Tratores convencionais de 2 rodas de tração (2WD) (35 a 75 cv,
mas podem chegar a 100 cv)

JD 5403
TIPOS DE TRATORES
Tratores convencionais de rodas
Tratores convencionais com tração dianteira assistida (MFWD)
(15 a 500 cv)
TIPOS DE TRATORES
Tratores convencionais de rodas
Tratores convencionais de 4 rodas de tração (4WD) (200 a 600 cv)

JD 9520
TIPOS DE TRATORES

Trator de esteiras (200 a 600 cv ou mais)

JD9620
TIPOS DE TRATORES

Trator estreitos (50 a 100 cv )

JD5325
TIPOS DE TRATORES

Trator altos (80 a 100 cv)

JD5525
TIPOS DE TRATORES

Trator de baixo perfil (50 a 100 cv)

JD6020
TIPOS DE TRATORES

Tratores convencionais de rodas


Tratores florestais
Trator transportador auto carregável(Forwarder)

JD1110
TIPOS DE TRATORES

Tratores convencionais de rodas


Tratores florestais
Trator com guincho de arraste (Skidder)

JD748
TIPOS DE TRATORES

Tratores convencionais de rodas


Tratores florestais
Trator abatedor (Feller buncher)

JD643
TIPOS DE TRATORES

Tratores convencionais de rodas


Tratores florestais
Trator abatedor arrastador (Feller buncher skidder)

JD435
TIPOS DE TRATORES
Tratores convencionais de rodas
Tratores florestais
Trator florestal colhedor (Harvester)

JD1270

JD1490
TIPOS DE TRATORES

Tratores anfíbios

Valtra Série C
ADEQUAÇÃO TRATOR /
IMPLEMENTO
ADEQUAÇÃO DOS ELEMENTOS

O gestor de sistema mecanizados deve sempre


procurar o ponto ótimo de adequação entre seus
elementos mecanizados e as interações entre as
operações. Neste contexto será feita a adequação
trator/implemento, seguindo as recomendações
técnicas especificadas por duas metodologias
definidas, uma de forma gráfica, ( MACIEL,
2002), e outra através da Norma da ASAE
D497.3. ( STANDARDS, 1997).
ADEQUAÇÃO DOS ELEMENTOS

No caso da adequação de tratores existem 3


principais processos que podem ser otimizados:

1- Adequação do trator com o equipamento


utilizado
2- Adequação do regime de operação do motor
do trator
3- Adequação da marcha do trator com a
operação realizada
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

OPERAÇÃO: aração com arado de Aivecas, para tal


será escolhido um implemento do mercado nacional, e
um trator que se adeqüe as características deste
implemento.
Implemento:
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
Segundo a norma ASAE D497.3, a resistência a tração oferecida por implemento é dada pela
fórmula:

D= Fi*[A+B(S)+C(S)2]*W*T (1)

Onde: D é a resistência a tração, N;


Fi é um adimensional de textura do solo (ASAE D497.3);
i é 1, para solo fino, 2 para solo médio, e 3 para solo grosso;
A, B e C são parâmetros da máquina, valores tabelados (ASAE D497.3);
S é a velocidade de campo, Km/h;
W é a largura de corte, m;
T é a profundidade de corte, cm.

Para este exemplo:


F1 = 1;
A=652, B=0, C = 5.1
S=7 Km/h;
W =1.8 m;
T=30 cm.

D= 48703 N
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

MÉTODO GRÁFICO
Caracteriza-se pela utilização do conjunto integrado de 4 gráficos:

Eficiência de Pneu EP=KWB/KWE,


Onde KWB é a potência horizontal da barra;
KWE é a potência no eixo de tração.

Coeficiente de tração CT=KWB/PET,


Onde KWB é a potência horizontal da barra;
PET é o peso estático traseiro.

Gráfico solo/equipamento Linhas de velocidade real


constante.

Relação Peso/PotênciaEP=PET/KWE,
Onde PET é o peso estático traseiro;
KWE é a potência no eixo de tração.
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
EP

Solo solto
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
CT
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Gráfico Solo/Equipamento
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Relação Peso/Potência
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Ábaco de adequação
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Ábaco de adequação
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Para tratores com massas iguais tem-se:
Em tratores 4WD a eficiência de pneu (EP) é maior do que
tratores 2WD, sendo de 10 a 15% maior.
A tração horizontal na barra (THB) nos 4WD é 15 % maior do
que nos 2WD .
Nos MFWD a tração horizontal na barra (THB) fornecida pelo
trator é cerca de 15 % maior do que nos 2WD.
A eficiência de pneu dos MFWD tem valores superiores ao 2WD,
mas inferiores ao 4WD.
Portanto para se utilizar o ábaco de adequação para tratores
4WD e MFWD devem ser feitas estas correções.
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Multiplicando a resistência a tração, também conhecida por Tração
Horizontal na Barra (THB) pela velocidade de operação (velocidade
com carga), encontra-se a potência horizontal necessária de ser
disponibilizada na barra de tração (KWB).

KWB= 48702.6*(7/3.6)=94699.5 W ~ 94700 W

MACIEL (2002), a eficiência de pneu (EP) é dada por:

EP=KWB/KWE (2)
Onde: KWE é a potência disponibilizado no eixo .

Considerações operacionais: 1- Neste trabalho será considerado que antes da aração foi realizada uma gradagem
para destruir restos culturais, de tal forma que o solo se encontra em condição preparada. 2- O equipamento
escolhido é de categoria montado sobre 3 pontos; 4- Pretende-se escolher um trator MFWD .
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Pela Gráfico, é possível obter valores ótimos para a patinagem, de tal forma que sejam otimizados
todos os parâmetros operacionais, considerando a condição de solo preparado, a faixa de máxima
eficiência de pneu, pelo gráfico é de 0.61 até 0.64 com valor ótimo em 0.64, considerando que um
trator MFWD tem uma EP maior que o 2WD e menor que o MFWD, tem-se um fator amplificador
entre 0.64 e ((0.1*0.64+0.64)=0.7), escolhendo um valor intermediário como a média tem-se
EP=0.67, o que representa patinagens da ordem de 8 até 15%, com valor ótimo de 11 %.
Considerando 11% de patinagem pela equação 2, é obtido o valor para a faixa de potência
necessária

0.67=94700/KWE

KWE=141343.28.7 W ~ 141343 W
Segundo MACIEL (2002), capacidade de tração (CT) é dada por:
CT=THB/PET (3)
Pelo gráfico, tomando o valor de patinagem de 11%, e cruzando com a curva combinada
Equipamento Montado (M), e Solo Preparado, encontra-se um valor de 0.4 para a Capacidade de
Tração (THB/PET), considerando que a capacidade de tração, ou coeficiente de tração é diretamente
proporcional a THB, e que nos tratores MFWD o CT é 15% maior do que nos 2WD, tem-se um CT
de (0.4+0.4*0.15=0.46), pela equação 3, tem-se o valor do Peso Estático Traseiro:

0.46=48703/PET
PET= 128760.06 N

PET~ 12800 kg
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

MÉTODO GRÁFICO
Tomando a relação: PET/KWE (4)

Encontra-se um valor aproximado de 749


Pelo gráfico de combinação de equipamento montado, preparo de solo e velocidade constante, é encontrado
o ponto de intersecção: patinagem 11%, com equipamento montado e solo preparado, deste ponto, encontra-
se a posição nas abcissas via as retas perpendiculares (velocidade sem carga), para velocidade com carga
usa-se as retas oblíquas de velocidade constante, e faz-se um prolongamento vertical, até o gráfico de
velocidade em relação ao valor encontrado pela relação (4) e se encontra a velocidade de deslocamento sem
carga no campo.
Vsemcarga=7.8 Km/h
Vcomcarga=6 Kmh

Pelo padrão ASAE 496.2, encontra-se as eficiências mecânicas do eixo para a transmissão e da transmissão
para o motor, que são 0.89 e 0.98 respectivamente, assim pela fórmula:
KWM=KWE/Ef (5)
PADRÃO ASAE 496.2

POTÊNCIA LÍQUIDA NO MOTOR

0,96 a 0,98
0,75 a 0,81
TRANSMISSÃO

0,85 a 0,89
0,87 a 0,90 0,90 a 0,92

EIXO
0,94 a 0,96
0,92 a 0,93
T.D.P.
BARRA DE TRAÇÃO
0,86 a 0,89
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

KWM=KWE/Ef (5)
Onde: KWM é a potência do motor, kW.
Ef é o produto da eficiências envolvidas.

KWM= 141343 /(0.89*0.98)


KWM=162053 W
KWM=217 HP
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
MÉTODO GRÁFICO
Resumo das características para seleção de um trator:
KWM=217 HP
PET= 10588 kg
De posse destes valores foi selecionado o trator John Deere 8420, com sistema de tração MFWD
(Mechanical Forward Whells Driver), e cabinado, e características de seleção:
Potência Nominal=235 HP (segundo norma OECD)
Seguiu-se a recomendação da John Deere para combinação de rodados, onde tem-se como parâmetro que o
rodado traseiro tem que ser 5 grupos maior que o rodado dianteiro, .
Peso total, sem lastro=11273 kg, com rodados: frontal 600/70R30 (Grupo 43), e traseiro duplo
800/70R38 (Grupo 48)
Distribuição dinâmica de peso: 38 % eixo frontal (4284 kg) e 63% (6989 kg) eixo traseiro.
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO

LASTRAGEM
Para suprir a diferença entre o PET exigido (10588 kg), e o peso dinâmico no eixo traseiro
( 6989 kg), serão adicionados lastros líquidos e sólidos .
Lastro Líquido:
Foram seguidas os recomendações da John Deere para lastragem líquida, mostradas na
carta de lastragem, contida do Apêndice 3. Os valores de lastro líquido selecionados
foram:
Pneu Traseiro, 75% preenchido=1325 kg
Lastro total traseiro=2650 kg
Pneu Dianteiro, 75 % preenchido= 611 kg
Lastro total dianteiro= 1222 kg

Lastro Sólido:
Os pesos traseiros sólidos adicionados, são circulares e concêntricos à roda,
portanto a atuação destes pesos não é distribuída dinamicamente, como no caso do
lastro líquido, assim sendo são considerados como forças pontuais no eixo traseiro.
OBS: Não devem ser usados pesos dianteiros, pois no equilíbrio estático e dinâmico
da máquina, os mesmos aliviam o peso no eixo traseiro, o que não é desejável neste
exercício.
Roda traseira = 2 pesos de ferro fundido em cada roda, John Deere R167151 de 645
kg.
Lastro sólido Eixo Traseiro= 2580 kg
1- ADEQUAÇÃO DO TRATOR COM O EQUIPAMENTO UTILIZADO
LASTRAGEM
Lastragem Total
Pesos distribuídos dinâmicamente:
Ptrator sem lastro=11273 kg
PLlíquido= 3872 kg
Peso Dinâmico do Eixo Traseiro
PDET= 0.63*15145
PDET=9541 kg
Peso dos lastros sólidos no eixo traseiro:
Ps=2580 kg
Peso total do eixo traseiro=PS+PDET
PTET=12121 kg
OBS: Considerando-se um operador de 80 kg, pode-se considerar que o PET exigido foi
alcançado.

Pressão dos Pneus


Foi seguida a recomendação da John Deere para a pressão dos pneus.
Para carga no eixo traseiro de 12260 kg:
Pressão = 10 psi (70 kPa)
Para carga no eixo dianteiro de 5718 kg:
Pressão = 17 psi (120 kPa)
2- Adequação do regime de operação do motor do trator

Curvas de
Desempenho
2- Adequação do regime de operação do motor do trator

Curvas de Desempenho
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Desempenho
Para se obter as curvas de desempenho de um
motor deve-se medir a variação da rotação,
consumo de combustível e torque do motor
durante a aplicação de cargas controladas.

A partir destas medidas é possível calcular o


consumo horário de combustível, o consumo
específico de combustível, o torque relativo ao
torque a rotação nominal e a rotação relativa a
rotação nominal ambos em porcentagem, além
da potência fornecida pelo motor.
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Desempenho
Segundo a norma OECD para se obter as curvas de
desempenho de um motor deve-se acelerar o motor na
posição de débito máximo e medir os parâmetros
conforme se aplica cargas frenantes crescentes ao motor.
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Desempenho
Potência Máxima=A

Torque Máximo

85% de A=B

75% de B

50% de B
25% de B

Reserva de Torque
Torque à Potência
Máxima
0% de B

Rotação Nominal

Rotação para TDP


a Rotação
Nominal=540 RPM
Rotação Máxima Livre
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo
Segundo a norma OECD para se obter as curvas de
isoconsumo é preciso obter-se os consumos específicos
do motor para 7 faixas de rotação: rotação com bomba a
débito máximo; rotação a 95% da rotação nominal;
rotação a 85% da rotação nominal; rotação a 75% da
rotação nominal; rotação a 65% da rotação nominal;
rotação a 55% da rotação nominal; e rotação a 45% da
rotação nominal.
Com essas faixas de isoconsumo são feitos gráficos onde
tem-se como abscissa o torque relativo ao torque à
rotação nominal (em porcentagem) e na ordenada tem-se
o consumo específico. Nestes gráficos devem ser
interpolados os valores de consumo específico
normalizados: 450 g/kWh; 350 g/kWh; 300 g/kWh; 275
g/kWh; 250 g/kWh; 240 g/kWh; 230 g/kWh; 225 g/kWh;
220 g/kWh.
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo

450
350

240
220
275

300

250 230

225
2- Adequação do regime de operação do motor do trator

Curvas de Isoconsumo

A partir dos valores encontrados, deve-se fazer o


gráfico de isoconsumo interligando os pontos de
mesmo isoconsumo em função do torque relativo
em relação a rotação relativa (%).
2- Adequação do regime de operação do motor do trator
Curvas de Isoconsumo

230 g/kWh a
Rotação de
95% RN
230 g/kWh a
230 g/kWh a Rotação de
230 g/kWh a Rotação de 85% RN
230 g/kWh a 230 g/kWh a Rotação de
Rotação de Rotação de 75% RN 240 g/kWh a
65% RN Rotação de
45% RN 55% RN
95% RN

275 g/kWh a
Rotação de
95% RN
250 g/kWh a
Rotação de
95% RN

300 g/kWh a 350 g/kWh a


Rotação de Rotação de
95% RN 95% RN

450 g/kWh a
Rotação de
95% RN
3- Adequação da marcha do trator com a operação realizada
Considerando-se que o trator foi adequadamente
selecionado para a operação e para o equipamento
utilizado.
Considerando que foi obtido a faixa de rotação ótima
para operação do motor, que possibilitará o melhor
rendimento em termos de potência e torque, e o
consumo de combustível mais eficiente.
É necessário selecionar a melhor marcha para a
operação, que depende das condições de solicitação.
No exemplo dado é necessário grande torque devido à
operação de aração ser “muito pesada”. Assim deve-se
dar preferência para marchas de grande relação de
transmissão, e ao mesmo tempo que possibilitem o
melhor aproveitamento da reserva de torque do motor,
tendo maior “fôlego”, assim como a marcha de maior
velocidade operacional possível.
3- Adequação da marcha do trator com a operação realizada
3- Adequação da marcha do trator com a operação realizada
3- Adequação da marcha do trator com a operação realizada
SELEÇÃO DA MARCHA
A velocidade típica para esta operação vai de 6 a 7 Km/h , e
considerando que a velocidade sem carga foi determinada como 7.8
Km/h, escolheu-se a Marcha 8, segundo a carta de velocidades, que
desenvolve uma velocidade de 9.9 Km/h em pista de concreto, a
justificativa para a seleção desta marcha é que o operação está
utilizando 92% da potência máxima desenvolvida pelo JD 8420, de tal
forma que sua possível curva de isoconsumo mínimo para esta
requisição de potência encontra-se a uma rotação menor do que a
nominal ( 2200 RPM). Desta forma com a rotação nominal a
velocidade indicada é de 9.9 Km/h, então deduz-se que é possível se
adequar a velocidade desejada (7 Km/h), numa rotação menor,
entrando na faixa de isoconsumo mínimo.
Pelas especificações, tem-se que a rotação de potência máxima da
TDP, é de 2000 RPM, e que o torque máximo da TDP, ocorre a 1200
RPM, portanto uma rotação entre estes dois valores tem grande
probabilidade de atingir o consumo específico mínimo, esta hipótese se
reforça, quando se nota que o consumo específico a 75% de carga com
motor reduzido ocorre a 1696 RPM.
MÉTODO ASAE
Considerando ainda uma Tração Horizontal na Barra (THB) de:
THB=48702.6 W
Considerando a Potência Horizontal da Barra como:
KWB=THB*(7/3.6) (6)
KWB=94699 W

Considerando também a fórmula


KWM=KWB/Ef (7)

Onde: KWM é a potência do motor, kW.


Ef é o produto da eficiências envolvidas, no caso as definida por este padrão.
KWM=94699/(0.73*0.92*0.99*0.92)

KWM=115630 W
KWM=155 HP

Como o padrão somente faz considerações a respeito do tipo de


textura do solo, e nenhuma consideração operacional tem-se um grande coeficiente de
variação, para este tipo de operação, que o padrão determina como de 40%, portanto:
KWM=155 ± 62 HP
Considerando-se a pior situação, tem-se:
KWM=217 HP
MÉTODO ASAE

Considerando a fórmula do padrão:


NT=W[0.88*(1-e-0.1*Bn)*(1-e-7.5*s) - (1/Bn) - (0.5*s/(Bn)1/2)] (8)

Onde: NT é a tração líquida necessária, N;


W é o peso dinâmico do eixo, N;
Bn é uma razão adimensional, dependente da condição do solo;
S é a patinagem, em decimais.

Considerando uma condição de solo preparado, Bn=40, com um índice


de patinagem de 11%, e Tração líquida igual a tração horizontal na barra (THB) tem-se:

48703=0.45*W

W=108229 N

W=10823 kg

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