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as cidades
Processos geológicos, o meio ambiente
e o homem
Cinco fatores que podem contribuir para o sucesso ou
fracasso de uma sociedade organizada (Diamond, 2005):
Seca 14%
Epidemia 3%
Temperaturas
extremas 6%
Inundação 58%
Deslizamentos
11%
Vendavais 8%
Principais desastres naturais no Brasil entre 2000 e 2007
Desastres naturais
em Minas Gerais
Municípios que decretaram situação de Emergência 32
Municípios que comunicaram problemas com chuvas 52
Total de municípios afetados 84
AG – Ambiente geológico
I1 – intervenções que levam
a degradação
I2 AT1- Ambiente
AG I1 Tecnogênico 1 (decaído)
At2
I2 – intervenções que
At1 conduzem à reabilitação
AT2 – Ambiente
Tecnogênico 2 ( reabilitado)
Atributos a serem avaliados para o
planejamento do uso do espaço e
previsão de desastres
• Fatores Climáticos
• Solos
• Rochas
• Rochas
• Bacia hidrográfica ( águas superficiais e
subterrâneas)
• Condições geomorfológicas (relevo, declividade,
processos comuns)
• Formas de ocupação (vegetação natural, agrícola,
urbanização, etc..)
• Ação antrópica
Bacia hidrográfica
• Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem é
uma área da superfície terrestre que drena
água, sedimentos e materiais dissolvidos para
uma saída comum, num determinado ponto de
um canal fluvial(exutório). O limite de um bacia
hidrográfica é conhecido como divisor de
drenagem ou divisor de águas.
• Os divisores topográficos ou divisores de água
são as cristas das elevações do terreno que
separam a drenagem da precipitação entre duas
bacias adjacentes.
700
695 700
695
700
690 690
695
685
690 680
700
675 685
680 675
680
685 670
680 665
685
Divisor de Águas
655 670
Exutório 660 665
A rede de drenagem de uma bacia
hidrográfica é formada pelo rio principal e
pelos seus tributários, constituindo-se em
um sistema de transporte de água e
sedimentos, enquanto a sua área de
drenagem é dada pela superfície da
projeção vertical da linha fechada dos
divisores de água sobre um plano
horizontal, sendo geralmente expressa
em hectares (ha) ou quilômetros
quadrados (km2).
Uma bacia hidrográfica é um sistema que integra as
conformações de relevo e drenagem. A parcela da
chuva que se abate sobre a área da bacia e que irá
transformar-se em escoamento superficial, chamada
precipitação efetiva, escoa a partir das maiores
elevações do terreno, formando enxurradas em
direção aos vales.
C
A
Tempo t
Fonte: Naghettini, 2007
• As vazões de uma bacia dependem de fatores
climáticos e geomorfológicos.
• A intensidade, a duração, a distribuição espaço-
temporal da precipitação sobre uma bacia, bem
como a evapotranspiração, estão entre os
principais fatores climáticos.
• Por outro lado, um hidrograma sintetiza a forma
pela qual uma bacia hidrográfica atua como um
reservatório, distribuindo a precipitação efetiva
ao longo do tempo.
• O hidrograma possui vazões e tempos
característicos, os quais são atributos típicos,
resultantes das propriedades geomorfológicas
da bacia em questão.
Essas podem ser sintetizadas pela:
• extensão da bacia:
• forma,
• distribuição de relevo,
• declividade,
• comprimento do rio principal,
• densidade de drenagem,
• cobertura vegetal,
• tipo e uso do solo,
• entre outras.
• Área, forma e densidade de drenagem
Solos
Solos Tolerância de perda de solos (t ha-1)
Amplitudes observadas Média ponderada
em relação á
profundidade
LS = 0,00984 L
Onde
0 , 63
S 1,18
LS = fator topográfico
L = comprimento da rampa em metros
S = grau de declive, em porcentagem
L S são índices utilizados na equação universal de perda de solo por erosão laminar:
A=RKLSCP
Onde
A = índice que representa a perda de solo por unidade de área
R = índice de erosividade da chuva
K = índice de erodibilidade
C = índice relativo ao fator uso e manejo do solo
P = índice relativo à pratica conservacionista adotada
(formulações empíricas)
Tipos de erosão
• Erosão laminar, ou em lençol, causada pelo
escoamento difuso das águas das chuvas,
resultando na remoção progressiva e uniforme dos
horizontes superficiais do solo
• Erosão linear ou concentrada, causada
c pela
concentração das linhas de fluxo das águas de
escoamento superficial, resultando em pequenas
incisões na superfície do terreno, em forma de
sulcos, que pode evoluir, por aprofundamento, para
ravinas e voçorocas.
Conseqüências gerais da erosão
Áreas rurais Áreas urbanas
-perda do solo agricultável principalmente -aumento do risco de acidentes em moradias
pela erosão laminar e diminuição do próximas às margens de voçorocas.
potencial produtivo das terras. -Destruição de ruas e equipamentos públicos
-As voçorocas e ravinas tornam-se como tubulações e redes de drenagem.
verdadeiras armadilhas para a queda de -As ravinas e voçorocas tornam-se áreas de
animais. despejo de lixo, às vezes até como tentativa
-Destruição de estradas, caminhos desastrosa de contenção.
-Assoreamento de rios e outros -O lixo e os lançamentos de esgotos
mananciais e reservatórios de água. transformam as erosões em focos de
proliferação de vetores.
-Assoreamento dos cursos d’água e
reservatórios, dentro da área urbana ou nas
suas periferias, e a destruição ou
entupimento da rede de galerias, agravam
ainda mais os problemas causados pela
erosão, pela promoção de enchentes,
concentração de poluentes e perda de
capacidade de armazenamento d’água dos
reservatórios de abastecimento público.
ASSOREAMENTO
Acumulação de partículas sólidas (sedimentos) em meio
aquoso ou aéreo, quando a força do agente
transportador é sobrepujada pela gravidade, ou quando
a supersaturação das águas causa a deposição de
partículas.
escorregamento de solo
escorregamento de rocha
rastejo ou “creep”
queda de blocos
TIPOS DE PROCESSOS: desplacamento rochoso
rolamento de matacões
corridas de terra
corridas de lama
corridas de blocos
Movimentos de Massa
• Os movimentos de massa são
condicionados pela superposição
destes principais fatores: regime
pluviométrico, características e
natureza dos terrenos, características
geomorfológicas e intervenção
antrópica.
MOVIMENTOS DE MASSA
CARACTERÍSTICAS DO
PROCESSOS
MOVIMENTO/MATERIAL/GEOMETRIA
• vários planos de deslocamento (internos)
• velocidades muito baixas a baixas (cms/ano) e
decrescentes c/ a profundidade
RASTEJO (CREEP) • movimentos constantes, sazonais ou intermitentes
• solo, depósitos, rocha alterada/fraturada
• geometria indefinida
poucos planos de deslocamento (externos)
velocidades médias (m/h) a altas (m/s)
pequenos a grandes volumes de material
geometria e materiais variáveis:
ESCORREGAMENTOS PLANARES: solos poucos espessos, solos e rochas
(SLIDES) com um plano de fraqueza
CIRCULARES: solos espessos homogêneos e rochas muito
fraturadas
EM CUNHA: solos e rochas com dois planos de fraqueza
• sem planos de deslocamento
• mov. tipo queda livre ou em plano inclinado
• velocidades muito altas (vários m/s)
• material rochoso
QUEDAS (FALLS) • pequenos a médios volumes
• geometria variável: lascas, placas, blocos, etc.
ROLAMENTO DE MATACÃO
TOMBAMENTO
• muitas superfícies de deslocamento (internas e externas à
massa em movimentação)
• movimento semelhante ao de um líquido viscoso
• desenvolvimento ao longo das drenagens
CORRIDAS (FLOWS) • velocidades médias a altas
• mobilização de solo, rocha, detritos e água
• grandes volumes de material
• extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas
ESCORREGAMENTOS
CONDICIONANTES NATURAIS:
características dos solos e rochas
relevo (declividade/inclinação)
vegetação
clima
nível d’água
CONDICIONANTES ANTRÓPICOS:
cortes e aterros
desmatamento
lançamento de água servida em superfície
fossas sanitárias
lixo e entulho
cultivo inadequado
SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS
L ix o
T e rra d e sc a rta d a
Á g u a s e rv id a
c o n s tr u íd a s o b r e d e p ó s ito s in c o n s o lid a d o s
C o rte s ín g re m e s
A te rro s m a l c o m p a c ta d o s